Do Diário Gauche
Jorge Gerdau Johannpeter no ministério de Lula, no segundo mandato. É o que informa o jornalista Kennedy Alencar da Folha, repercutindo especulações de Brasília. Gerdau é um grande empresário do ramo da siderurgia – um setor que já não é mais “de ponta” há muitas décadas, pois teve o seu auge na segunda revolução industrial, no final do século 19. A siderurgia e os produtos de aciaria tem como concorrentes o plástico e o alumínio. O Brasil participa em apenas 3% do comercial mundial de produtos siderúrgicos, tendo 11 empresas no setor e empregando menos de 400 mil pessoas, direta e indiretamente envolvidos. É muito pouco. No plano internacional dos grandes business o setor siderúrgico simplesmente não existe. É considerado um setor atrasado e que exige muito protecionismo estatal, objeto de tensões comerciais no mundo todo. Sua última grande evolução tecnológica foi na década de 50, quando o setor adotou o conversor a oxigênio e o lingotamento contínuo.Gerdau teve um grande impulso patrimonial e nos negócios a partir do processo de privatizações do governo FHC, quando o grupo Gerdau assumiu a estatal Aços Finos Piratini. Estudiosos do setor apontam as privatizações, das décadas de 80 e 90, como um grande salto positivo para o negócio de metalurgia no Brasil e no mundo. Os EUA optam por oferecer forte protecionismo ao setor para torná-lo competitivo no comércio internacional. Esses elementos todos mostram o quanto o setor é dependente do Estado para continuar competindo com as novíssimas tecnologias, muitas delas auto-sustentáveis – o que não é o caso da siderurgia. Gerdau é um surfista dessa onda, capitão de um setor atrasado mas com métodos gerenciais modernos, tem conseguido no Rio Grande do Sul projetar uma imagem de modernidade e dinamismo, mesmo que seja de pura aparência. Politicamente é um emulador entusiasmado da direita no RS, estando permanentemente por trás dos grandes projetos de domínio do aparelho estatal gaúcho, desde Britto, Rigotto e agora com Yeda Crusius. A sua ascensão para o governo federal, caso se confirme, será uma vitória dos setores mais dependentes e predatórios do Estado, seja no âmbito regional, seja no nacional, bem como um golpe abaixo da linha da cintura no PT do Rio Grande do Sul. Lula pensa que está comprando uma Ferrari, mas a entrega revelará que trata-se de um Ford Bigode.
Jorge Gerdau Johannpeter no ministério de Lula, no segundo mandato. É o que informa o jornalista Kennedy Alencar da Folha, repercutindo especulações de Brasília. Gerdau é um grande empresário do ramo da siderurgia – um setor que já não é mais “de ponta” há muitas décadas, pois teve o seu auge na segunda revolução industrial, no final do século 19. A siderurgia e os produtos de aciaria tem como concorrentes o plástico e o alumínio. O Brasil participa em apenas 3% do comercial mundial de produtos siderúrgicos, tendo 11 empresas no setor e empregando menos de 400 mil pessoas, direta e indiretamente envolvidos. É muito pouco. No plano internacional dos grandes business o setor siderúrgico simplesmente não existe. É considerado um setor atrasado e que exige muito protecionismo estatal, objeto de tensões comerciais no mundo todo. Sua última grande evolução tecnológica foi na década de 50, quando o setor adotou o conversor a oxigênio e o lingotamento contínuo.Gerdau teve um grande impulso patrimonial e nos negócios a partir do processo de privatizações do governo FHC, quando o grupo Gerdau assumiu a estatal Aços Finos Piratini. Estudiosos do setor apontam as privatizações, das décadas de 80 e 90, como um grande salto positivo para o negócio de metalurgia no Brasil e no mundo. Os EUA optam por oferecer forte protecionismo ao setor para torná-lo competitivo no comércio internacional. Esses elementos todos mostram o quanto o setor é dependente do Estado para continuar competindo com as novíssimas tecnologias, muitas delas auto-sustentáveis – o que não é o caso da siderurgia. Gerdau é um surfista dessa onda, capitão de um setor atrasado mas com métodos gerenciais modernos, tem conseguido no Rio Grande do Sul projetar uma imagem de modernidade e dinamismo, mesmo que seja de pura aparência. Politicamente é um emulador entusiasmado da direita no RS, estando permanentemente por trás dos grandes projetos de domínio do aparelho estatal gaúcho, desde Britto, Rigotto e agora com Yeda Crusius. A sua ascensão para o governo federal, caso se confirme, será uma vitória dos setores mais dependentes e predatórios do Estado, seja no âmbito regional, seja no nacional, bem como um golpe abaixo da linha da cintura no PT do Rio Grande do Sul. Lula pensa que está comprando uma Ferrari, mas a entrega revelará que trata-se de um Ford Bigode.