sábado, 13 de outubro de 2007

Alcaraz Gomes migra programa de rádio para Pampa (RS)

Ainda sem uma definição no processo que move contra a Rádio Guaíba, de Porto Alegre, o comunicador gaúcho Flávio Alcaraz Gomes já está atuando em casa nova. Na última segunda-feira (1°/10), o apresentador passou a comandar seu programa Guerrilheiros da Notícia na rádio Pampa, emissora que já transmitia a versão televisiva da atração. A próxima audiência, agendada na terceira vara do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, está marcada para 09/10.

O contrato do radialista com a Guaíba foi rescindido em agosto, após não ter sido feito qualquer acordo entre o reclamante e a emissora, comprada pela Record em março deste ano. No processo, Alcaraz Gomes solicita vínculo empregatício a partir do ano de 1998 junto à rede, onde trabalhou por aproximadamente 60 anos. A solicitação judicial foi feita em agosto do ano passado, pelo advogado porto-alegrense Marco Antonio Birnfeld.



Texto completo no Comunique-se.

Deputados com concessões não querem transparência, diz pesquisador

O pesquisador Venício Lima, da Universidade de Brasília (UnB), declarou que o Congresso Nacional não tem interesse em revisar os critérios de concessão e renovação de emissoras porque muitos parlamentares são donos ou sócios de empresas de rádio e TV. Em 2004, Lima publicou um estudo que indicava que 16 integrantes da subcomissão da Câmara dos Deputados, responsável por conceder e renovar concessões, constavam como sócios ou diretores de 37 emissoras.

“As concessões de radiodifusão, a partir da primeira concessão, são quase todas automaticamente transformadas em propriedade”, explicou o pesquisador, que ressalta não haver meios legais de interromper o processo. "A área não tem sido regulada nas últimas décadas".



Texto completo no Comunique-se.

Público desliga a TV

Audiência perdida pela Globo não migra

Cristina Padiglione - O Estado de São Paulo

Entre o fim de Paraíso Tropical e o início de Duas Caras, a Globo perdeu audiência, mas muita gente não mudou de canal: só desligou a TV. Entre a terça-feira da semana passada e a última terça, 7 pontos porcentuais foram perdidos no índice total de aparelhos ligados na Grande São Paulo no horário da novela das 9. São 380 mil lares a menos.

O segundo capítulo do novo folhetim da Globo, anteontem, amargou média de 35 pontos de audiência na Grande São Paulo. Para um produto que começou nos 40, a baixa, fruto da ressaca entre o fim de um enredo e início de outro, não era exatamente inesperada. Mas pede alerta laranja da direção da casa para resgate urgente.

Mesmo na terça-feira anterior, com a trama de Gilberto Braga bombando de suspense, a média do capítulo ficou em 47 pontos de média, índice abaixo do que a emissora costuma alcançar em reta final de novela das 9. O total de aparelhos ligados na Grande São Paulo registrava então 71% -anteontem, durante Duas Caras, o total de ligados somava 64%.

A Record, que tinha esperança de abocanhar parte da platéia perdida pela Globo, não mostrou progresso significativo no horário.


Via Leituras e Opiniões.

Doutor Jegue e os Biocombustíveis

A idéia deste post veio de uma descoberta do meu amigo Alexandre Freitas - economista, conspirador emérito, cinéfilo. Alexandre revelou que o verdadeiro pai do programa brasileiro de biocombustíveis é o doutor Jegue, o protagonista do filme "O Incrível Monstro Trapalhão". Nesse épico injustamente esquecido, o dr. Jegue, interpretado por Renato Aragão, inventa um combustível revolucionário a partir da rapadura e o utiliza para construir uma equipe nacional de Fórmula 1, em parceria com Dedé, Mussum e Zacarias, mecânicos que tocam o projeto com competência digna da TAM e da GOL.

O quarteto enfrenta a cobiça estrangeira, com direito até a conflitos geopolíticos com o mundo árabe. Quero dizer, é o quadro ideológico do nacionalismo dos anos 70, do desenvolvimento por substituição de importações etc. Hoje em dia eles seriam acusados pelo Reinaldo Azevedo de afugentar o investimento externo e difundir o anti-americanismo, Ali Kamel bradaria em defesa das nossas crianças, submetidas à doutrinação de livros didáticos comunistas e à pregação anti-capitalista de Didi Mocó e a Veja faria edição especial sobre a farsa dos Trapalhões, com direito a artigo do Diogo Mainardi dizendo que a culpa é do cinema brasileiro. A base governista no Congresso talvez se identificasse com as trapalhadas do quarteto, no entanto o mais provável é que disputassem a marca em plenário, tão logo o Renan libere o parlamento.

Pensei muito no dr. Jegue nos últimos dias, ao ler o discurso do presidente Lula à Assembléia Geral da ONU. Segundo nosso primeiro mandatário, os biocombustíveis preservam o meio ambiente, combatem o aquecimento global, equilibram a balança comercial e geram desenvolvimento sustentável. Não sei se também curam resfriado e dão mais disposição física, ou se isso é exclusivo do Biotônico Fontoura, aliás centro de inolvidável campanha publicitária estrelada pelo mesmo Renato Aragão. O Brasil é o país da piada pronta, natural que os humoristas estejam no centro da agenda pública.
Chupada a metade. O texto completo no Todos os Fogos o Fogo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Governo do RS apresenta PL de Oscips e funcionários da TVE fazem abaixo-assinado

Enquanto o governo gaúcho deve apresentar hoje (10/10) o projeto de lei do marco institucional das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), funcionários da TVE-RS, que pode ser atingida pela nova legislação, pedem assinaturas da sociedade em um documento que condena a possível transformação do status público da emissora. O abaixo-assinado, direcionado à Assembléia gaúcha e lançado no último domingo (07/10) em Porto Alegre, afirma que os servidores da Fundação Cultural Piratini – que engloba a TVE e a FM Cultura – estão preocupados com os desgastes que vêm sofrendo a rede.

“O orçamento vem sendo reduzido a cada ano e os equipamentos não têm manutenção. Por causa disso, a programação foi afetada e o sinal da TV já não chega a boa parte do interior do Estado do RS”, afirma o documento, que já apresenta mais de 900 assinaturas. No texto, os organizadores lembram que, em maio deste ano, foi lançado um manifesto público para denunciar a precarização do serviço no canal e sugerir alternativas econômicas por meio de mudanças no modelo de gestão.

Em 04/10, o presidente da Fundação Piratini, Luiz Fernando Moraes, afirmou ao Comunique-se que ainda não existe qualquer decisão a respeito do futuro da emissora, mas que a necessidade de mudanças na administração era incontestável. “Não podemos garantir audiência engessados em um modelo de gestão pública, pois na comunicação é preciso constante renovação tecnológica e agilidade. Mesmo que não se trate de uma rede comercial, estamos inseridos em um mercado de comunicação e precisamos ter agilidade compatível com essa atividade”, afirmou Moraes na semana passada, quando anunciou a instalação de um novo equipamento transmissor até o final do ano na TVE. Na ocasião, o presidente da Fundação garantiu que os investimentos extras em infra-estrutura – R$ 1,5 milhão no governo passado e R$ 600 mil em 2007, apenas para aquisição e implantação do maquinário – não tinham relação com as eminentes mudanças políticas.

Novos cenários
Paralelamente aos temores por parte dos funcionários, novos cenários e faixas de horário vão sendo definidos na TVE. Entre as atrações atingidas pela reformulação estão TVE Repórter, Jornal da TVE, Frente a Frente, Radar, Cidadania, TVE em Dia, Contra Plano e Produto Independente. Segundo Moraes, trata-se da execução de uma estratégia de melhoria prevista desde o início de sua gestão, que está funcionando graças à mobilização de todos os funcionários. “Trata-se de um esforço conjunto para qualificar o nosso produto final”, afirma.

Leia abaixo parte do texto do abaixo-assinado, disponível no site www.petitiononline.com/TVE_FM:

"A TVE (canal 7) e a Rádio FM Cultura (107.7), emissoras da Fundação Piratini, vêm sofrendo um período de desgastes que pode culminar na sua extinção. O orçamento vem sendo reduzido a cada ano e os equipamentos não têm manutenção. Por causa disso, a programação foi afetada e o sinal da TV já não chega a boa parte do interior do Estado do RS. Para piorar, há falta de pessoal: não foram chamados todos os aprovados no último concurso, que sequer foi renovado. Devido às más condições de trabalho, muitos profissionais de alta qualificação se demitiram. Preocupados com essa situação, os funcionários lançaram um Manifesto denunciando a precarização do serviço e, principalmente, sugerindo alternativas para viabilizá-las economicamente, propondo uma mudança radical no modelo de gestão em maio de 2007 (...).



Veja o restante do texto no Comunique-se.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Huck, Ferréz, Mônica e o que importa no Brasil

A soma dos dois episódios revela que há algo meio doentio em uma sociedade que valoriza a exposição pública de atos moralmente duvidosos. Huck perdeu a chance de ficar quieto e chorar seu Rolex ao seu amigo José Serra; Ferréz fez uma defesa simpática porém demagógica do assaltante. E de Mônica Veloso pode-se dizer que, no Brasil, toda nudez será premiada. Não é pouca coisa...

Este é o final do texto. Veja o início no Blog Entrelinhas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

A Guerra Latino-Americana no Iraque

Nas últimas semanas, a ação das empresas de segurança privada no Iraque ganhou enorme destaque na imprensa internacional depois de um massacre de civis em Bagdá cometido por mercenários. O que poucos sabem é que há muitos latino-americanos envolvidos no negócio, como analisa o ótimo artigo de Kristina Mani para a revista americana Foreign Policy. Segundo ela, 1/3 dos soldados privados no Iraque vêm do nosso continente.

O que explica o altíssimo índice de participação? Várias razões. Mão-de-obra qualificada – militares e policiais, muitos deles com experiência de combate no conflito colombiano ou nas guerras sujas do Cone Sul e da América Central. Desemprego e pobreza, que tornam atraente a possibilidade de um tour bem pago no Oriente Médio. Proximidade ideológica com os Estados Unidos. Por essas e outras, as grandes empresas do ramo, como Blackwater e Triple Canopy, recrutam extensamente no Chile, Peru, Colômbia, Nicarágua, Honduras e El Salvador.
Continue lendo no Todos os Fogos o Fogo.

A nova comunicação

Em artigo publicado no Observatório da Imprensa, o jornalista Nelson Hoineff aborda o declínio da TV aberta e chama a atenção para o avanço das telefônicas sobre um mercado em franca transformação.

Vejam o que ele diz:

A Telefônica, a BrT, a Oi, todas as teles, enfim, estão lançando suas grades de IPTV, ainda timidamente, mas que em pouco tempo darão acesso à programação de TV a todos que tiverem uma linha telefônica. O tempo em que 80% da sociedade brasileira estava consumindo a mesma informação ao mesmo tempo é parte da história. Não voltará jamais. As crianças que estão nascendo agora demorarão para acreditar que isso um dia aconteceu.

O texto completo pode ser lido aqui.

Agora, aqui pra nós: é ingenuidade pensar que a informação será diversificada, pois imagino que haverá apenas mudanças de nomes entre os "donos" da comunicação. Certamente veremos um aumento substancial no volume de conteúdo televisivo, mas os controladores do capital investido no novo negócio, assim como sempre fizeram os barões da velha comunicação, vão ditar as linhas gerais do que será distribuído.
Do blog do Lenoir.

Paulo Renato, o ingênuo, consulta banqueiro


A matéria abaixo, do Terra Magazine, merece ser lida para uma melhor compreensão de como funciona o parlamento brasileiro. Segundo um gaiato que soube do fato, quando o deputado Paulo Renato (PSDB) decidir escrever sobre futebol, vai "consultar" seu amigo Ricado Teixeira; se o assunto for música, "consultará" o eclético Caetano Veloso. Afinal vale o ditado: amigos, amigos, negócios à parte...

Paulo Renato Souza: "não tenho ghostwriter"

Raphael Prado

Um erro da secretária e um grande mal-estar criado. O deputado federal Paulo Renato Souza (PSDB-SP), ex-ministro da Educação do governo Fernando Henrique Cardoso e uma das maiores expressões do partido, foi convidado a escrever um artigo para a Folha de S.Paulo.
No texto, segundo o jornal - o conteúdo ainda não foi publicado - "o deputado critica a intenção do governo federal de passar o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) para o controle do Banco do Brasil". Mas ao encaminhar o artigo, por e-mail, a secretária não apagou o cabeçalho de uma mensagem anterior: Paulo Renato havia consultado Márcio Cypriano, presidente do Bradesco, sobre o artigo: "Por favor, veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação", escreveu ao banqueiro.

- Eu não submeti à aprovação, eu pedi a opinião dele - disse o parlamentar em entrevista a Terra Magazine.


Mais no Blog Entrelinhas.

Paulo Renato ou Cypriano?

PAULO RENATO OU CYPRIANO ?

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 686

. A Folha desta 4ª. feira, dia 10, publica um texto (clique aqui para ler “Paulo Renato submete artigo a banco”) sobre o deputado federal tucano Paulo Renato de Souza, ministro da Educação do Governo do Farol de Alexandria.

. Paulo Renato vai publicar um artigo na Folha sobre a compra do Banco estadual de Santa Catarina pelo Banco do Brasil.

. E, por engano, Paulo Renato mandou para a Folha uma copia do e-mail que tinha enviado ao presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, com o artigo.

. Paulo Renato pergunta a Cypriano: “... veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação”.

. O Conversa Afiada encaminhou à editora executiva da Folha, Eleonora de Lucena, a seguinte pergunta: “Você vai publicar o artigo do deputado Paulo Renato de Souza com a assinatura do Paulo Renato ?”

Do Conversa Afiada.

Geraldo Alckmin e Nossa Caixa: Une histoire d'amour

Folha de São Paulo informa que "Nossa Caixa", o banco controlado pelo governo do PSDB em São Paulo, driblava a lei para contratar uma turma amiga evitando fazer licitação.

A coisa funciona mais o menos assim: Nossa Caixa (o banco que o PSDB deve considerar "coisa nossa") contratou uma entidade, Asbace, para executar um trabalho por R$ 671 milhões sem licitação, alegando que ela é de boa reputação e sem fins lucrativos o que, pela lei estadual, dispensa licitação.

A Asbace que não tem nenhuma estrutura para fazer o serviço contrata outra empresa que pode ser escolhida "a dedo". A lei é burlada e pimba, no caixa.

Dito nas palavras da Folha de São Paulo: "Após fechar contrato com a Nossa Caixa, a Asbace, que não tem fins lucrativos, subcontratou a ATP Tecnologia e Produtos, que tem fins lucrativos e pertence à própria associação. A ATP, por sua vez, subcontratou a ONG Caminhar, cujos funcionários relataram à polícia terem prestado serviços fictícios à Nossa Caixa."

Continue lendo no Leituras e Opiniões.

Fedor



Charge do Edgar Vasques, no Tinta China. Monopólio, vejam só...

Câncer ataca soldados da Itália após missão externa

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2007

Roma - O ministro italiano da Defesa, Arturo Parisi, disse ontem que 255 soldados desenvolveram câncer após missões nos Bálcãs, Afeganistão, Iraque e Líbano, realizadas entre 1996 e 2006. Parisi depôs em uma comissão de investigação do Senado sobre urânio empobrecido. Dos soldados doentes, 37 já morreram, disse o ministro. 'Estabelecer as causas das graves doenças que podem afetar nossos soldados é uma prioridade absoluta.'

As renovaçoes das concessoes da TV estao no Planalto, informa a Monica

Nota da Monica Bergamo hoje na Folha diz que o Ministério das Comunicaçoes mandou para o Palácio do Planalto os processos de renovaçao das concessoes de várias emissoras, vencidas na 6a feira, notas na lista abaixo. Entre outras, estao as da Globo e SBT. Falta ainda seguir a renovaçao da Record. Segundo Monica, o Ministerio explicou que a Anatel ainda nao tinha encerrado um laudo da vistoria da emissora, entao o atraso. A coluna diz que agora os processos de renovaçao estao no gabinete de Dilma Roussef, da Casa Civil.

NOTÍCIA DO BLUE BUS.

Banco do Sul é vitória de Chávez frente ao Brasil, diz 'El País'

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, conseguiu no Rio de Janeiro, onde foi assinada na terça-feira a proposta de criação do Banco do Sul, “uma vitória na batalha que livra para ganhar influência na América do Sul frente ao seu arqui-rival, os Estados Unidos, e inclusive frente a um aliado regional como o Brasil”, afirma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo diário espanhol El País.

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terça-feira, 9 de outubro de 2007

QUE SUPREMO É ESSE ?

QUE SUPREMO É ESSE ?

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 684


. Segundo reportagem de Eliane Cantanhêde, na Folha de hoje, terça-feira, dia 09 (clique aqui para ler), o Ministro do Supremo Gilmar Mendes “deu uma palavrinha” de elogios a “senadores tucanos sobre o economista Luiz Antonio Pagot, que enfrentou meses de resistência ... no Senado até ser aprovado para a direção geral do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes).”

. O Conversa Afiada enviou e-mail a Isabel Cristina (secretária) e a Marisa Alonso (chefe de gabinete), do gabinete do Ministro Mendes no Supremo, para confirmar a informação. E ainda não recebeu resposta.

. Segundo a reportagem, Mendes teria dito aos senadores tucanos Tasso Jereissati e Arthur Virgílio que Pagot é “competente” e “benquisto no Estado” de Mato Grosso, onde Mendes e Pagot nasceram.

. Em resumo: um Ministro do Supremo teria – TERIA – pedido a senadores para votarem a indicação de um conterrâneo.

. Que Supremo é esse?

. Que ministro é esse

. Bom, a resposta à segunda pergunta é mais fácil: o Ministro Mendes é aquele que diz que a Polícia Federal, quando age (ou agia) como Republicana, é “uma Gestapo”.

Do Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim. Assim, 1 + 1 = 2.

Má idéia

Um senador do PSDB recebeu telefonema de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O doutor pedia sua ajuda para aprovar no plenário o nome de Luiz Antonio Pagot para a direção-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.
O senador quase duvidou. Convenceu-se quando um colega relatou-lhe ter recebido o mesmo tipo de pedido, do mesmo ministro.
Pagot foi aceito pelo Senado por 42 x 24.
Se um juiz da Corte Suprema dos Estados Unidos tiver que escolher entre o suicídio e uma gestão dessas, enforca-se no gabinete.

Da coluna do Elio Gaspari, no Correio do Povo (para assinantes), domingo passado, dia 7.

Tunga na saúde

A má gestão na rede pública compromete a aplicação dos recursos destinados à saúde.

Não há dúvidas. Mas atribuir exclusivamente a esse fator o mau desempenho do país no setor é camuflar a realidade. O fato é que ainda gastamos pouco diante da magnitude dos problemas que enfrentamos. De acordo com o Banco Mundial (Bird), em termos de qualidade dos serviços, o sistema de saúde brasileiro ocupa o distante 128olugar no mundo, numa lista de 191 países, e o 28ona América Latina e no Caribe, onde 30 nações são pesquisadas.

O Brasil destina hoje cerca de 45% de seus gastos públicos à saúde, contra 75% da Itália, 85,7% do Reino Unido e 86% de Cuba, para citar alguns exemplos. Contudo, enfrenta, no setor, desafios muito maiores que esses países — devido ao déficit em serviços de saúde acumulado ao longo de décadas e também a uma população bem maior.

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O Rio Grande do Sul é bonito

O Rio Grande do Sul só tem duas coisas horrorosas: o Litoral e a sua classe dirigente. Ambos se equivalem. A natureza pobre, traiçoeira, plana, agreste, desprovida de adornos e refratária à vida do nosso Litoral é uma metáfora perfeita da elite política no poder. Ambos se merecem.

LEIA O TEXTO E VEJA AS FOTOS CLICANDO NO TÍTULO DESTA.

Protestos tentam acelerar distribuição de renda no Chile

Apesar de uma transição para a democracia e do rápido crescimento econômico, os chilenos queixaram-se muito ao longo dos últimos 20 anos - mas discretamente. Muitos sentiram-se decepcionados pelos termos segundo os quais o general Augusto Pinochet deixou o poder, em 1990: o ditador permaneceu no comando do Exército por oito anos; mas as queixas foram emudecidas pelo alívio com a volta da democracia. Muitos também ficaram desapontados com o fato de a coalizão de centro-esquerda, chamada Concertación, que está no poder desde 1990, ter mantido as políticas de livre mercado da ditadura; mas esse desapontamento foi moderado pela prosperidade e melhorias nos serviços resultantes dessas políticas.

As queixas contidas, começaram, de repente, a ser verbalizadas ruidosamente. No ano passado, animados pela promessa de Michelle Bachelet, presidente do Chile desde março de 2006, de praticar um governo democrático mais "participativo", alunos de escolas secundárias foram às ruas para exigir melhor ensino, no maior dos protestos desde a década de 80. Com o preço do cobre - principal produto exportado pelo país - em níveis recordes, e a economia crescendo 6% neste ano, também os trabalhadores estão protestando.

O texto é original da The Economist, foi publicado no Valor, e aqui, veio do Leituras e Opiniões. O texto completo está no Leituras e Opiniões.
Quem disse que o Chile é o melhor lugar da América Latina? Bem, para alguns capitalistas talvez...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Na alegria e na tristeza

I

Pois bem: o STF definiu a fidelidade partidária, definiu que o mandato pertence ao Partido, não ao parlamentar.

II
Todo mundo vibrou, é o início da moralidade, e por aí afora. Aliás, a cada semana vibramos pelo início da moralidade. Somos uma país vibrante, sem dúvida.

III
E aí o PMDB, que é um partido oficialmente da base do governo, resolve substituir dois dos seus membros na CCJ - Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Retirou lá de lá os Senadores Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos.

LEIA OS DEMAIS PONTOS CLICANDO NO TÍTULO DESTE.

'Reputação dos EUA está em frangalhos'

O grande desafio do próximo presidente americano será determinar quando e como os Estados Unidos devem intervir nas crises internacionais. Com o legado desastroso da invasão do Iraque, a reputação do país está em frangalhos. Mas os Estados Unidos continuam sendo o país mais influente do mundo. “Na realidade, não somos a potência onipotente que parecíamos ser em 2003 nem a potência impotente que parecemos ser hoje”, diz Lee Hamilton, presidente do Woodrow Wilson International Center for Scholars, conceituado centro de estudos com sede em Washington. Hamilton, de 76 anos, foi deputado democrata por 34 anos. No ano passado, foi o co-autor do relatório do Grupo de Estudos do Iraque, com o ex-secretário de Estado James Baker. O relatório, apresentado como a grande esperança de resolução para o conflito iraquiano, foi ignorado pelo presidente Bush. “Fiquei decepcionado, mas não surpreso”, diz Hamilton.

Renovaçao das concessoes de TV e radio, grande midia nao toca no tema

Exceto registros em alguns blogs todos eles comprometidos com opiniao a esquerda, passou absolutamente em branco o dia 5 de outubro, 6a feira, data em que venciam as concessoes dos principais canais de televisao brasileiros. Nada na grande midia, seja de que grupo fosse, e nenhuma palavra tambem sobre os timidos mas pioneiros movimentos de mobilizaçao que levantavam a opiniao do brasileiro sobre a renovaçao pura e simples, sem discussao, das outorgas, processo crônico no país. Ainda assim, o Dia Nacional de Mobilizaçoes pela Democracia e Transparência nas Concessoes de TV e Rádio, que pretendia denunciar ilegalidades no sistema de concessoes públicas de radiodifusao, realizou atos publicos em 15 Estados.

LEIA MAIS E VEJA AS FOTOS DOS ATOS PÚBLICOS CLICANDO NO TÍTULO.

San Ernesto

VALLEGRANDE/LA HIGUERA.- Hay misas, se le reza y nos hace milagros", dice Susana Osinaga mientras camina por las polvorientas calles de Vallegrande, un pueblo que parece suspendido en el tiempo. Pero ella no habla de Jesús ni de algún santo, habla de Ernesto "Che" Guevara, el guerrillero argentino que hace 40 años fue ejecutado a 60 kilómetros de aquí, en La Higuera, por el Ejército de Bolivia, después de su fallida aventura revolucionaria en la selva.

Bajo una inscripción en la que se lee "nadie muere mientras se lo recuerde", Osinaga dice, conmovida: "Era como Cristo". Exactamente cuarenta años atrás, ella fue la enfermera encargada de lavar el cuerpo de Guevara. Hoy, en el mismo lugar donde fue limpiado y expuesto, con los ojos abiertos y la barba tupida en la lavandería del Hospital Nuestro Señor de Malta, ella cuenta con emoción que desde aquel día se ha vuelto devota de "San Ernesto" y le reza en un pequeño altar, entre una imagen de Jesús y otra de la Virgen María, en su humilde casa-quiosco en Vallegrande, la ciudad en la que, desde 1967 hasta hace 30 años, permanecieron enterrados de forma oculta en una fosa común los restos del Che Guevara.

Desde aquel día, el de la muerte, muchos de los lugareños, como Osinaga, han "beatificado" sin necesidad de trámites a este personaje que aquí se ha vuelto sempiterno. Para los pobladores está siempre presente, pero presente de un modo distinto al que se observa en el resto del mundo, en donde ha permanecido o bien como inspiración política, o bien como ícono de consumo en la industria del entretenimiento. Aquí, como en La Higuera, la imaginación popular ha hecho de él presencia santa.



Texto do jornal El País, visto no Leituras e Opiniões. Texto completo no Leituras e Opiniões.

A Lenda de Che: Uma Introdução ao Mito

La conjunción de una derrota sublime, de un craso error táctico y estratégico, y de dos imágenes que se difundieron casi simultáneamente hicieron de Ernesto Guevara un símbolo de desinterés, coraje, absoluto desapego, incluso por el objetivo, y emblema de una victoria metafísica.

La historia debe aún decir mucho sobre las razones que llevaron a Guevara y sus ideales al callejón sin salida de la Quebrada de Churo, en la selva de Ñancahuazú, en el sudeste boliviano. El modo incluso en que el Che cayó en manos del ejército boliviano, herido, andrajoso, con su arma rota, debería ser tan significativo como su cuerpo tendido sobre una angarilla colocada a su vez sobre dos piletones en el lavadero del hospital de Vallegrande.

"No se preocupe, capitán, esto se acabó", dice Gary Prado que le dijo Guevara al entregarse. Prado es hoy general y se mueve en silla de ruedas, baleado por la espalda por error cuando desalojaba, años después, un pozo petrolero tomado por comandos ultraderechistas. Ese "esto se acabó" no significó más que la confesión casi sarcástica de una impotencia que nunca fue explicada. No es la frase que Guevara pronuncia desde el terreno del mito, al que lo enviaron para siempre las dos ráfagas de fusil automático disparadas por el sargento Mario Terán, mientras estaba prisionero en una escuela del poblado de La Higuera. Las palabras que el mito pronuncia son: "Apunte bien y dispare. Va usted a matar a un hombre". Terán se encargó de repetirlas. Ellas resuenan hoy de un modo extraño. Guevara parece estar diciendo: "Va usted a matar a un valiente", pero también: "Va a matar a un hombre, no a su leyenda".

¿Cómo se construyó ese mito ante el que no valían de nada ayer, y valen bien poco hoy, las protestas de equivocación, de pertinaz error, de profunda y quizá definitiva ceguera?

Hoy, los campesinos de esa región de Bolivia han hecho un santuario no del lugar en el que fue fusilado -la escuelita de La Higuera- sino del lavadero de Vallegrande, en el que fue exhibido su cadáver. El campesinado que entonces no se unió a él ni lo apoyó, en parte lo tiene como un santo. Ese es el resto de religiosidad verdadera que aún inspira el Che. El resto es un aluvión de imágenes de las que no es posible establecer el contenido ni el significado. Las llevan sobre sus remeras, sobre su piel o en las lunetas de sus automóviles miles de jóvenes que no habían nacido cuando el Che murió, que no son socialistas ni lo serán y que ignoran casi todo sobre el tipo de revolución que el Che quería.

Este texto veio do Leituras e Opiniões, que por sua vez o pegou do caderno de cultura do Clarín. O texto completo pode ser visto no Leituras e Opiniões.

O Gato Comeu?

O Brasil é o quinto melhor mercado para investir, segundo dirigentes de multinacionais, de acordo com o último levantamento da Unctad, órgão das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento, divulgado na quinta-feira. Fica atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Rússia.

Falar nisso, os investimentos estrangeiros diretos, no mercado brasileiro, estão batendo todos os recordes. De janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, cresceram estonteantes 160%, e chegaram a quase US$ 35 bilhões, nos últimos 12 meses. As projeções do próprio Banco Central são de que, no fim do ano, terão ultrapassado o ponto máximo até hoje registrado, de US$32,8 bilhões, em 2000 – dos quais um quinto por conta de privatizações.

Beleza. Mas, ué, e o risco jurisdicional, a falta de marcos regulatórios e a inexistência de reformas liberalizantes? O gato comeu?



Texto do José Paulo Kupfer.

A tara da discriminação

Sucede que os últimos dados do IBGE, datando de 2005, mostram um contingente de 14,9 milhões de pessoas com 15 anos ou mais analfabetas no país. É muita gente, gente! Quando se verifica o critério da cor aparece de novo a tara da discriminação racial. Cito o relatório do IBGE “a taxa de analfabetismo de pretos (14,6%) e de pardos (15,6%) continua sendo em 2005 mais de o dobro que a de brancos (7,0%)”.
Ora, desde o início, a propaganda do TSE e da mídia tem procurado incitar os jovens de 16 a 18 anos incompletos a se tornarem eleitores. Mas não há notícia de propaganda similar dirigida aos analfabetos em geral, ou de medidas específicas para facilitar-lhes a obtenção do título de eleitor. Lembro-me de uma notícia ouvida no final de 1988 ou começo de 1989, antes da primeira presidencial direta, dizendo mais ou menos isso: “ a jovem Adriana Rezek, de 16 anos, filha do ministro Francisco Rezek (então presidente do TSE), foi uma das primeiras a obter seu título de eleitora, etc...”. (a moça se chamava Adriana, mas não estou seguro se tinha 16 ou 17 anos). Lembro também da reflexão que fiz então no Cebrap, ou escrevi alhures: ‘que tal prevenir dona Maria de Tal, empregada doméstica há 40 anos, negra e analfabeta, que ela também pode ser eleitora e festejar a obtenção de seu título eleitoral’?
Na época, aparecia na TV, na propaganda do TSE, um jovem surfista dizendo algo do gênero: “ e aí garotão, não vai tirar seu título eleitoral?”
Nada mudou de lá para cá. Fala-se sempre dos jovens que podem obter título de eleitor aos 16 anos e jamais dos analfabetos adultos que também têm este mesmo direito. O PT nunca se mexeu para mudar isso. O Movimento Negro nunca se mobilizou para mudar isso. A imprensa e a mídia deram pouca ou nenhuma notícia sobre o assunto, e os tribunais eleitorais continuam insensíveis ao tema.
Não há preconceito de classe? Não há preconceito de raça no Brasil? Então tá!

Texto completo no Seqüências Parisienses.

domingo, 7 de outubro de 2007

El Resultado del Amor

Mabel vivió en una villa, fue violada y tuvo que prostituirse para sobrevivir, al mismo tiempo que animaba fiestas infantiles. Mabel conoció a Martín, un abogado de buena familia que decidió escapar a un destino pleno de comodidades para vivir en una casa rodante. Mabel y Martín se enamoraron, y días después, ella descubrió que tenía VIH y tuberculosis. Todo eso sucede en “El resultado del Amor”, el último film escrito y dirigido por Eliseo Subiela, protagonizado por Sofía Gala Castiglione y Guillermo Pfening.

En el cine argentino existen pocos antecedentes que traten la problemática del VIH/SIDA. Subiela opina que se debe a una cuestión comercial. “En una sociedad hipócrita y suicida como la argentina, cerramos los ojos con la infantil pretensión de que lo que no vemos no existe”, afirma el director. Por eso le pareció que los infortunios que le ocurrían a Mabel eran una buena oportunidad para hablar del tema. Además, explica que siempre le interesó porque en los comienzos de la epidemia perdió a su mejor amigo y a muchos seres queridos.

Texto completo no Leituras e Opiniões.

Eleitorado quer mais Estado e menos mercado

Há muitas evidências do caráter estatizante do eleitorado brasileiro. Quem não se lembra das manifestações de rua, muitas na frente da Bolsa de Valores do Rio, contrárias aos leilões de privatização? Não se tratava, ali, de uma simples minoria, mas sim de uma minoria militante e aguerrida que representava, de certa maneira, uma maioria silenciosa para qual o Estado tem papel fundamental no provimento de bens e serviços.

É assim que 51% dos brasileiros acham que o sistema bancário deva ser estatal. Imaginem-se os maiores bancos brasileiros controlados pelo governo. Meu Deus, algo completamente absurdo! Porém, se essa decisão fosse deixada na mão do eleitorado, em particular do eleitorado de baixa escolaridade, é possível que o nosso sistema bancário fosse bem menos privado e muito mais estatal.

O texto é de Alberto Carlos Almeida, para o jornal Valor. É o mesmo autor de "A Cabeça do Brasileiro", livro que acabou sendo vilipendiado muito mais pelo uso que a revista Veja fez dele, do que pelo conteúdo em si. No texto completo, que veio do Leituras e Opiniões, ele comenta o desejo de haver mais entes estatais por parte do brasileiro médio.

O blogueiro que mexe com os poderosos

Um blog foi o suficiente para colocar a vida política da pequena cidade de Palmas em ebulição. Na capital do Tocantins, com 200 mil habitantes, o “ti-ti-ti” entre vereadores, deputados, prefeito e governador nunca mais foi o mesmo depois que um forasteiro “lá de São Paulo” colocou seu site no ar. Denúncias contra a administração pública e notícias sobre bastidores do poder geraram polêmicas, boicotes e até uma matéria no Jornal Nacional, da Globo.

Por trás do barulho está o jornalista Cleber Toledo, de 37 anos, morador de Palmas há quatro. Ele toca o blog www.clebertoledo.com.br há cerca de dois anos, onde publica notícias sobre política. Nesse meio tempo, instituiu o jornalismo online no Estado, coisa que não existia, comprou briga com o governo local - e sofreu represálias por isso -, além de conquistar cerca de 20 mil leitores diários.


Um comentário: a Web está mexendo com tudo. Texto completo no Leituras e Opiniões.