sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O Xadrez da batalha do impeachment

Nos próximos meses, recrudescerá a tentativa de impeachment da presidente da República. As cartas já estão na mesa. Aliás, estão desde o julgamento da AP 470.
Em regimes democráticos, golpes não são meramente uma quartelada planejada por meia dúzia de conspiradores. Há a necessidade de, inicialmente, criar-se a mobilização da opinião pública e, depois, se cumprir rituais, formalismos, dando aparência de legalidade ao golpe, que seja convalidado por um dos dois poderes da República – o STF (Supremo Tribunal Federal) ou o Congresso.
O modelo é conhecido, do suicídio de Getúlio, à queda de Jango e de Collor.
Na América Latina pós-ditaduras, todos os golpes – de André Peres e Fernando Collor a presidentes de esquerda – começaram  com uma campanha midiática, que, exacerbando a opinião pública, convalidou o impeachment via Congresso ou Supremo.

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Gays sofrem pressão para mudar de sexo e escapar da pena de morte no Irã

O Irã é um dos poucos países em que atos homossexuais são punidos com a morte. Clérigos, no entanto, aceitam a ideia de que uma pessoa pode estar presa em um corpo do sexo errado. Gays podem ser forçados a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo - e, para evitar isso, muitos fogem do país.


Confira a reportagem da BBC Brasil, disponível no UOL

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mesmo com porte, Eduardo Bolsonaro violou a Constituição ao levar arma a uma manifestação

“Sou Policial Federal e tenho porte de arma. Ñ caiam na desinformação por parte da esquerda p/ manchar as manifestações”.
Assim o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro respondeu a quem se interessou em saber como e por que ele carregava uma pistola na cintura durante protesto na Paulista.
Bolsonaro pode ter autorização, mas e daí? Ele precisa ler o que diz a Constituição.
“Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.
Como lembra um jurista ouvido pelo DCM: “A Constituição Federal de 1988 é o livro que está hierarquicamente acima de todos os outros em nível de legislação no Brasil.”
O filho de Jair Bolsonaro, portanto, estava violando uma regra constitucional. Ponto.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A manipulação sutil

Por exemplo, se vamos observar um jornal como a Folha de S.Paulo, que supostamente propõe uma relação mais transparente com o público, não apenas por abrigar opiniões aparentemente díspares, mas principalmente pela instituição do ombudsman, é preciso ir além dessa diversidade formal e descobrir o viés predominante por baixo da suposta liberdade de opinião. A conclusão pode surpreender o leitor que se satisfaz por encontrar, aqui e ali, um texto que parece andar na contramão da corrente predominante na imprensa nacional.
Ainda que o observador procure evitar citações ad nominem no exercício diário de analisar a imprensa, é preciso definir que, no caso da Folha, os dois nomes que cumprem esse papel são Janio de Freitas e Ricardo Melo, sendo que este protagoniza mais explicitamente o confronto com os autores do discurso conservador, que são maioria na rotina do jornal.
O que se está a propor, aqui, é que a presença desses dois articulistas não faz da Folhaum jornal mais diversificado e equilibrado do que os outros. Apenas mostra que a Folha é mais sutil, mas igualmente reacionária, e a instituição do ombudsman serve como um salvo-conduto para a manipulação.

O senador Mário Couto, “amigo próximo” de Aécio, é muso inspirador do impeachment

Antes mesmo daquele velho cantor barbudo e verborrágico, as hordas que pedem o impeachment já tinham um modelo, um homem que fez o que se espera de gente honrada: Mário Couto.
Em abril, o senador pelo PSDB do Pará protocolou um pedido de abertura de processo de impedimento de Dilma Rousseff em razão dos “prejuízos” causados pela compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras.
Afirmava que a presidente cometeu crime de responsabilidade ao autorizar a operação em 2006, quando era presidente do conselho de administração.
É uma figura folclórica. A campanha deste ano teve uma mãozinha de Aécio Neves, que declarou num vídeo que se tratava “dos amigos mais próximos que fiz na política. A sua coragem, ao lado do seu amor ao Pará e a sua gente, serão decisivos para que nós possamos iniciar, no Brasil, rapidamente, um novo ciclo, onde a decência e a eficiência possam caminhar juntas. Eleger Mário Couto é eleger o lado bom da política brasileira.”
O protomuso do impeachment — que chamou, certa vez, os colegas de “ladrões” — tem uma carreira, para usar um eufemismo, controvertida. Apesar de Aécio usar o termo “decência” para se referir ao chegança, Couto está envolvido em diversos escândalos.

É MEU DEVER DIZER AOS JOVENS O QUE É UM GOLPE DE ESTADO

**Há cheiro de 1964 no ar. Não apenas no Brasil, mas também nas vizinhanças. Acho então que é chegada a hora de dar o meu depoimento.
Dizer a vocês, jovens de 20, 30, 40 anos de meu Brasil, o que é de fato uma ditadura.
Se a Ditadura Militar tivesse sido contada na escola, como são a Inconfidência Mineira e outros episódios pontuais de usurpação da liberdade em nosso país, eu não estaria me vendo hoje obrigada a passar sal em minhas tão raladas feridas, que jamais pararam de sangrar.
Fazer as feridas sangrarem é obrigação de cada um dos que sofreram naquele período e ainda têm voz para falar.
Alguns já se calaram para sempre. Outros, agora se calam por vontade própria. Terceiros, por cansaço. Muitos, por desânimo. O coração tem razões…

domingo, 2 de novembro de 2014

Em São Paulo sem água, um bando de terroristas pede sangue




Passeata em Sampa. Imaginei que  para reclamar a falta de água. 

E coisa rara, sem pancadaria da polícia e sem infiltrados e espionagem. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Andradetalis)