sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Cartão corporativo, sim

Luis Nassif:

É uma bobagem essa história de que cartão do governo federal é corporativo e do governo de São Paulo não é. É evidente que existe cartão corporativo em São Paulo. A não ser que se acredite que a conta da Secretaria de Segurança em uma churrascaria – mencionada na reportagem da “Folha” – tenha sido com cartão para gastos com abastecimento de veículos.

Cartão corporativo é instrumento válido. Aliás, Ministros, Secretários de Estado, têm que dispor de verba de representação. Inclusive para comprar roupas apresentáveis, pagar contas de convidados especiais e tudo mais. São despesas inerentes ao cargo.

Como o nome cartão corporativo virou palavrão, vem-se, agora, com essa bobagem de que um tipo de cartão é corporativo outro não.

Provavelmente os gastos da Secretaria de Segurança nem devem ser gastos ilegítimos. Mas essa mediocridade do “jornalismo tapioca” criou isso, de mudar o nome do cartão, para separar alhos de bugalhos – sendo que tudo é a mesma coisa.

"TAPIOCA" DO SERRA TEM COCADA

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 925


. O presidente eleito José Serra diz que não tem uma “tapioca”, mas "um sistema eletrônico para realização de despesas do dia-a-dia".

. O Secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, diz que 90% dos gastos da “tapioca” do Serra foram em "vale transporte".

. Uma análise PRELIMINAR da tapioca do Serra revela, porém:

. Gasto de R$ 111,20 no Bom Baiano, uma loja de doces. Deve ser em cocada...

. R$ 269 no Mundo das Cozinhas.

. R$ 85 no Flash Audio Games.

. R$ 90 no Bia Games (em que será que o Governo Serra joga tanto ? Será o "Counter Strike" ?

. R$ 219 na Tapeçaria Dois Irmãos. (Deve ser a reforma do Palácio Bandeirantes.)

. R$ 460,52 na Billar & Billar. (Êpa ! O que será isso ?)

. Tem R$ 147 na Recanto do Fazendeiro.

. Uma funcionária da Secretaria da Saúde gastou R$ 5.910 no aluguel de um carro no dia 18/05/2007. Num dia ??? Será que ela foi a Zurich ? Será que ela alugou uma daquelas ambulâncias do Serra ?

. E o MAIS GRAVE: outra funcionaria da Secretaria de Saúde fez ONZE SAQUES ACIMA DE 200 MIL REAIS E UM SAQUE ACIMA DE 190 MIL REAIS !!!

. Será que é em "Vale Transporte" ?????

. Isso não merece uma CPI ?

SEGURANÇA DE FHC COMPROU 67 TAPIOCAS EM GASOLINA NO MESMO DIA

LUIZ CARLOS AZENHA:

Eduardo Maximiano Sacilloto Filho é segurança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente tem direito a usar um cartão corporativo do governo. Vou começar implicando com o próprio Portal da Transparência. Eu não acho que o nome de um funcionário de um ex-presidente do Brasil deveria ser divulgado na internet.

Explico o motivo: segurança pessoal e nacional. Um governante tem muitos inimigos em potencial. E se o serviço secreto de algum país quiser recrutar um espião? O Brasil vai facilitar assim o trabalho deles? Sei que você deve estar rolando de gargalhar a essa altura. E dou razão a você, leitor. Afinal, FHC ia assinar aquele contrato entregando o controle de um pedaço do Brasil aos Estados Unidos, naquele famoso acordo para alugar a base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão.

Mas já que o governo permite que a gente bisbilhote, o leitor Emílio foi lá bisbilhotar e me deu o caminho das pedras. Há muitas coisas curiosas: o segurança de FHC encheu quatro tanques de gasolina no mesmo dia, no mesmo posto de gasolina, o Auto Posto Higienópolis, bem pertinho da minha casa. Será que a Folha de S. Paulo vai perguntar a FHC o motivo para tamanho consumo de combustível no mesmo dia. Será que foram quatro carros diferentes? Será que o segurança usou o cartão corporativo para encher o tanque do próprio carro? Foram 561 reais no mesmo dia, ou seja, com esse dinheiro dá para comprar 67 tapiocas de R$ 8,30.

Eu também recebi a comparação dos gastos em cartões corporativos entre o governo Serra e o governo Lula.

Espero que desta polêmica resultem regras de transparência que sejam aplicáveis em todos os poderes da República, com o devido sigilo para proteger o atual e ex-presidentes da República.

Passei o dia de hoje esperando que a Folha de S. Paulo entrasse no assunto. Os dados estão à disposição de qualquer um. Porém, a farra dos cartões, pelo jeito, só tem alcance federal. Nao existe farra estadual. Nem municipal.

Quatro tanques de gasolina em um dia só? Será que a Folha vai pedir explicação a FHC? Duvido. Esta é uma crise federal com data de validade, ou seja, só conta a partir do dia em que FHC voltou a ser meu vizinho.

Olhem só a capa da FolhaOnline neste momento: a crise é só do Lula. Não é implicância, nem tentativa de defender o governo. É aquilo de que falo aqui quase todo dia: dois pesos, duas medidas. Tratamento desigual para iguais. Ou propaganda política disfarçada de Jornalismo.

Lembrem-se das crises de 2006: primeiro saia na capa da Veja, depois o Jornal Nacional aplicava uma dose de esteróide na matéria da Veja, na noite de sábado. E a bola rolava a semana toda, até a próxima capa da Veja.

São Paulo gasta R$ 108 mi com cartões corporativos

Carmen Munari

Os gastos com cartões de débito do governo do Estado de São Paulo, no ano passado, somaram mais da metade das despesas totais com cartões corporativos e cheques efetuadas pelo governo federal. Totalizaram R$ 108,3 milhões em São Paulo frente a R$ 177,5 milhões na União.

Do volume de desembolsos do governo paulista, os saques em dinheiro ¿os de mais difícil fiscalização ¿ atingiram R$ 48,3 milhões, o que significa 44% das despesas com cartão no Estado. O levantamento sobre as despesas com cartão no primeiro ano do governo José Serra (PSDB) foi realizado pela liderança do PT na Assembléia Legislativa por meio do Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo).

"Além do alto volume de despesas pagas com cartão, os saques diretos também são suspeitos. Pagar com o próprio cartão é melhor, o controle é maior", disse o líder do PT, Simão Pedro. O deputado também critica o número de servidores autorizados a utilizar os cartões: 42 mil.

Os cartões corporativos utilizados pelo governo Lula estão no foco de denúncias que apontam uso irregular por ministros e seguranças que atendem familiares do presidente. As acusações derrubaram a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, na semana passada, e o Planalto anunciou medidas para coibir o mau uso. Agora as denúncias atingem o governo Serra.

Saúde
Os dados da liderança petista indicam que a secretaria da Saúde paulista liderou os gastos com cartão no ano passado, atingindo R$ 32 milhões. A secretaria também foi a que mais efetuou saques em dinheiro (R$ 17,3 milhões). Na sequência vêm as secretarias da Educação, com gastos totais de R$ 30,4 milhões, e da Segurança Pública, com R$ 24,4 milhões. Nesta secretaria, os saques somaram R$ 14 milhões.

A Assembléia Legislativa gastou R$ 118 mil, um dos menores valores da pesquisa. E mesmo em secretarias com gasto baixo, como é o caso da Casa Civil (R$ 619 mil), grande parte foi realizada por saques (R$ 408 mil).

De 2006 para 2007, as despesas totais com cartões em São Paulo subiram 5,82%. No ano anterior, o crescimento havia sido de 23%. Simão Pedro disse que agora a liderança está passando um "pente fino" nos números para identificar o detalhamento das despesas, mas apenas um funcionário da liderança tem senha e treinamento para acessar o programa.

O Sigeo é de difícil operação, o que praticamente impede o acesso aos cidadãos paulistas. Também não traz especificações que possam dar detalhes das despesas. No caso do governo federal, um site que descreve os gastos com cartões, inclusive estabelecimentos comerciais, tem livre acesso na Internet (www.portaltransparencia.gov.br).

Sobre a chance de uma CPI, o deputado disse que não vê indício de crime ou fraude, e afirmou que há chances mínimas de emplacar uma comissão de investigação em São Paulo uma vez que Serra tem maioria na Assembléia. Setenta dos 94 deputados apóiam o governo estadual, nas contas do líder.

Enquanto isso, há dois pedidos de CPI para investigação dos cartões federais tramitando no Congresso, um deles apoiado pelo próprio governo e outro de autoria de um deputado tucano.

São Paulo não explica valores
O governo de São Paulo prestou esclarecimentos sobre o mecanismo de utilização dos cartões, mas não deu informações sobre o volume de gastos e nem sobre seu crescimento. Esclareceu em nota que não trabalha com cartões de crédito e sim de débito.

"Os cartões de despesa são na modalidade débito, portanto, atrelados ao limite de despesa fixado pelos órgãos. Cada cartão é emitido para apenas um tipo de despesa. O cartão utilizado para compra de combustíveis, por exemplo, não pode ser usado para envio de correspondência. O sistema não aceita a transação", afirma o governo paulista.

Alerta ainda que secretários não possuem cartões e que os servidores não os utilizam para gastos pessoais. Informa que o sistema realiza despesas "do dia-a-dia, como compra de combustíveis, peças para automóveis e suprimentos de informática, conforme legislação de 1968 e decreto de 2000".

Diz ainda que as secretarias com maior gasto (Saúde, Educação e Segurança Pública) são "justamente as que se destacam na prestação de serviços diretos ao cidadão e precisam manter as maiores estruturas". Em todos os casos é obrigatória a apresentação de notas fiscais.

Reuters

Propriedade Social

Ao se acrescentar ainda a ausência da regulação do tempo de trabalho (48 horas semanais, férias, descanso semanal, feriados) e de medidas de aposentadoria e pensão, o tempo de trabalho podia equivaler a mais de 5.500 horas de trabalho por ano. Com o desenvolvimento urbano e industrial protagonizado desde a década de 1930, parte dos ganhos de produtividade foi carreada para a nova propriedade social. Em conseqüência da difusão da titularidade dos novos proprietários, tornou-se possível reduzir o peso do trabalho heterônomo (realizado em troca de uma remuneração pela sobrevivência) para um quinto do tempo de vida. Isso porque o ingresso no mercado de trabalho foi postergado para os 15 anos de idade, após o acesso ao ensino básico, enquanto a saída para a inatividade se deu a partir da contribuição por 35 anos ao fundo previdenciário. Contando com a duplicação da longevidade da vida ao longo do século 20 (de 35 para 70 anos), percebe-se que o desenvolvimento nacional permitiu à propriedade social alargar o tempo de vida, bem como direcioná-lo à sociabilidade moderna, com mais educação, saúde, consumo e investimento humano. No limiar do século 21, com a perspectiva de elevação da longevidade de vida para acima dos cem anos de idade e a profunda ampliação da produtividade do trabalho, especialmente do trabalho imaterial, abrem-se oportunidades inéditas de o desenvolvimento fortalecer ainda mais a nova propriedade social. Seus detentores possuem cada vez maior influência sobre as decisões públicas e privadas nacionais, como no caso dos fundos de aposentadoria e pensão, FGTS, FAT, entre outros. Tudo isso motiva preparar, em novas bases, as ações estratégicas para o desenvolvimento brasileiro de longo prazo. Para quem vai viver cem anos, com a intensificação da produtividade, ampliam-se as possibilidades de ingresso no mercado de trabalho após os 25 anos de idade -conforme já ocorre para os filhos dos ricos no país-, assim como o tempo de trabalho em menor escala, contando com o seu exercício em diversas modalidades e cada vez mais distante do local de trabalho tradicional. Se, tecnicamente, já é possível, por que não convergir para as condições estruturais necessárias para que isso realmente venha a ocorrer? Somente com a promoção do desenvolvimento nacional os brasileiros universalizarão as possibilidades de acesso à nova propriedade social.

O que está acima é parte de texto de Márcio Pochmann, publicado na Folha de São Paulo (para assinantes), e reproduzido, vejam só, no Depósito do Maia. É. Aquele Maia mesmo...
O texto completo, então, no Depósito do Maia.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Cocaína cresce no mundo

Alguns números a respeito da cocaína no mundo. Os EUA eram o maior consumidor per capita da droga: 2,3% da população a consome. Hoje, é a Espanha: 3% da população. Em Madri, o quilo de cocaína sai por 43.900 dólares. Em Nova York, por 26.000; em Los Angeles, por 14.600.

Na Itália, em 2005, 1,1% da população consumia pó; hoje, 2,1%. O consumo triplicou na França entre 2000 e 2005, está hoje em 0,6% da população. Entre 1998 e 2006, dobrou no Reino Unido. Cheiram 2,4% dos adultos. (Sim, o Reino Unido também ultrapassou a marca norte-americana.)

O motivo é a valorização do euro. Partindo da América Latina, narcotraficantes começaram a investir pesadamente no mercado europeu, que paga mais caro. Estão, literalmente, criando mercado onde não havia.

O resultado da cocaína é que está nascendo um processo para lavagem de euros que não havia. O país em que mais notas de 500 euros circulam, não à toa, é a Espanha. São notas raras, até por se tratar de uma soma que se paga, normalmente, com cartão de crédito, cheque ou transferência bancária. Quem precisa andar com grandes quantidades de dinheiro vivo, no entanto, dá preferência a elas. Naturalmente.

Os euros em dinheiro são trazidos de volta para o continente sul-americano e, em geral, trocados por casas de câmbio. Países envolvidos? Colômbia, Peru, Chile e Brasil.
Do Weblog do Pedro Dória.

Os burocratas do horror

A cena foi “uma das mais duras e vergonhosas vistas em Israel na história recente”, no dizer de um editorial do jornal Haaretz.

Os meninos palestinos Ahmed Samut, de dois anos, e Sausan Jaafari, de nove, foram com os pais ao posto de fronteira de Erez, na última terça-feira. As duas famílias de Gaza precisavam entrar em Israel porque os meninos, que sofrem de gravíssimos problemas cardíacos, tinham cirurgia marcada num hospital israelense – que oferecera a operação de graça para eles. Numa decisão absolutamente desumana, as autoridades no posto impediram que os pais das crianças entrassem em Israel, por serem jovens demais – perfil característico dos terroristas palestinos, segundo os critérios israelenses. Apenas Sausan e Ahmed tiveram permissão para passar.

Os meninos foram tirados dos braços de seus pais e tiveram de cruzar sozinhos o posto de fronteira, situação que causou estupor em Israel. O Haaretz chamou essas normas de “decreto do mal”, por razões que a história acima deixa mais do que óbvias. “A imagem das crianças andando sozinhas em seu caminho para a apavorante cirurgia deve reverberar de uma ponta do país à outra. Deve perturbar todos os israelenses, não importa sua coloração política. Todos os pais de Israel devem se colocar no lugar desses desafortunados pais”, disse o jornal.

Além disso, o fato de um hospital israelense oferecer a cirurgia para os meninos palestinos não deveria ser motivo de “orgulho desmedido” por parte de Israel, afirma o editorial. “No atual estágio do cerco imposto a Gaza, Israel tem enorme responsabilidade moral pelo bem-estar e a saúde dos sitiados.”

E o texto do jornal faz uma crítica categórica ao principal argumento de Israel quando se trata de medidas duras contra os palestinos: a segurança. “Israel está tomando o nome da segurança em vão. Nenhuma consideração dessa natureza desculpa o fechamento de fronteiras para os pais de crianças doentes, que não são suspeitos de nada e que não têm permissão para entrar simplesmente porque são jovens. A administração tem instrumentos suficientes para abrir exceções (...). Os pais de Sausan e Ahmed têm o direito humano básico de acompanhar seus filhos no mais difícil momento deles.”

Esse episódio pode levar a perturbadoras conclusões. A principal delas é que a burocracia israelense, no que diz respeito aos palestinos, está tomada daquilo que Hannah Arendt qualificou de “banalidade do mal”, isto é, quando os valores morais estão de tal maneira invertidos que fazer o mal torna-se a norma a ser seguida, e não a exceção a ser combatida. Os burocratas israelenses que determinaram o absurdo da situação de Sausan e Ahmed provavelmente não acreditam ter feito nada de mais, uma vez que humilhar os palestinos se tornou a lei, e não humilhá-los significaria ir contra a lei. Diante desse contexto, é preciso dizer com todas as letras: a conciliação entre israelenses e palestinos depende da renúncia dos palestinos ao terror, mas passa, também, por uma revisão moral por parte de Israel, cada vez mais isolado em seu imenso castelo de certezas.


Do Marcos Guterman, no Estadão Online, via Weblog do Pedro Dória.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Formas aparentemente cômicas, e bizarras de maltratar uma mulher...

Um alemão obeso de 50 anos foi condenado a cinco anos de prisão no país por sentar sobre sua mulher e matá-la por esmagamento.

A audiência de Hildesheim, ao sudoeste da Alemanha, considerou o homem, cuja identidade não foi divulgada, culpado de graves lesões físicas com conseqüência de morte.

O acusado, que no momento do crime pesava 128 quilos, reconheceu durante o processo que tinha tido uma forte discussão com sua esposa e que se sentou em cima dela quando ela estava caída no solo, embora tenha negado qualquer intenção homicida.

A mulher fraturou 18 costelas ao ser esmagada por seu marido e morreu em decorrência dos graves ferimentos internos sofridos poucas semanas depois, após uma dolorosa agonia, afirmaram os peritos que estudaram o caso.


Notícia completa no Yahoo!


PIG governa o Governo Lula

(...)

. O Estadão, por exemplo, nas páginas de hoje, 05 de fevereiro, DEFENDE OS INTERESSES NACIONAIS AMERICANOS CONTRA OS INTERESSES NACIONAIS BRASILEIROS.

. O que já é um hábito – a elite branca do Estadão sempre preferiu a Metrópole.

. Diz o Estadão na primeira página e na capa da Economia: “Produto brasileiro dribla embargo da ONU e chega ao Irã via Dubai”.

. A reportagem é assinada por Jamil Chade, que se especializou em defender interesses não-brasileiros.

. Vender por triangulação a países sob embargo é mais velho do que andar para frente.

. Perguntem à França, à Suíça, Japão, Inglaterra como se faz isso.

. Pergunte a empresas americanas como é que se faz isso.

. Como faziam no Iraque, no tempo de Saddam Hussein ...

. E a China ?

. Será que a China não vende nenhum relógio “suíço” ao Irã ?

. E a Rússia ?

. Que só falta vender bomba atômica ao Irã ...

. O Brasil vende a Dubai carne a açúcar e o comércio bilateral é de US$ 2 bi, diz o Estadão.

. O que o Estadão quer ?

. O Estadão dá razão à Irlanda, o país que liderou o boicote à carne brasileira na União Européia.

(Clique aqui para ler “Pecuária brasileira vai arrasar a européia”)

. Dizem o Estadão e o mesmo colonista: “Na Irlanda, total rejeição à carne do Brasil”.

. E o subtítulo: “Falta de reação do Governo brasileiro ao embargo fortaleceu imagem ruim do produto”.

. Imagem ruim do produto ?

. Quer dizer que a carne brasileira não presta ?

. Isso é uma revelação muito importante.

. Suspeita-se que todas as churrascarias do Brasil serão contaminadas pela “imagem ruim” do produto e agora, aos domingos, os brasileiros tomarão cerveja com BRIOCHE !

. Enquanto isso, o Governo Lula pensa que está numa democracia e deixa o PIG, um partido político, governar o Brasil.

O texto completo sobre PIG e o governo Lula, você pode conferir no Conversa Afiada.

Super-terça, enquanto ninguém está olhando...

Em 2006, o USA Today mostrou, em uma matéria que fez bastante furor, que a National Security Agency (NSA) norte-americana estava, desde 2001, espionando todas as comunicações telefônicas e de internet nos EUA _ com o auxílio gracioso das companhias de telecomunicações. Ocorre que isso é ilegal, e provavelmente, inconstitucional.

Há previsão legal para coleta de dados telefônicos, como por exemplo o Foreign Intelligence Surveillance Act of 1978, uma legislação que estabelece como a inteligência norte-americana pode coletar informações referentes a governos estrangeiros em território sob controle dos EUA. As coletas são autorizadas por uma Corte, porém esta Corte é secreta, e a única informação pública disponível sobre seu funcionamento diz respeito ao número de coletas autorizadas.

O FISA, porém, foi modificado pelo Patriot Act em 2001, de forma a possibilitar a coleta de informações que não digam respeito apenas a governos estrangeiros mas também a organizações terroristas _ bem vagamente definidas. Novas atualizações do FISA ocorreram em 2006 (Terrorist Surveillance Act) e em 2007 (Protect America Act).

(um excelente timeline mostrando como os EUA vão se tornando, paulatinamente, um Estado de Vigilância Nacional pode ser encontrado aqui).

Tudo isso causou uma enorme confusão legal. Em janeiro do ano passado, o Presidente Bush declarou que ia voltar a ser bonzinho e desistir dos poderes que lhe permitem vigiar os telefonemas alheios quando eles expirarem, voltando a pedir autorização à corte do FISA.

Em todo caso, em novembro do ano passado a Câmara dos Deputados norte-americana aprovou o Responsible Electronic Surveillance that is Overseen, Reviewed, and Effective Act of 2007 (RESTORE Act), cujo objetivo declarado é fazer voltar o Estado de Direito à questão da vigilância sobre as telecomunicações nos EUA.



Há mais no Hermenauta.


CIA admite uso de técnica de afogamento em interrogatórios

Em pronunciamento durante uma audiência no Senado americano, Hayden disse que a prática foi adotada há cinco anos e, depois, não foi mais usada.

Na polêmica técnica, o prisioneiro é deitado e um pano é colocado em sua boca ou um pedaço de plástico colocado sobre seu rosto. Os interrogadores jogam então água sobre o rosto do prisioneiro.

Segundo James Coomarasamy, correspondente da BBC em Washington, esta é a primeira vez que uma autoridade do alto escalão do governo americano revela quando e em quem a técnica foi utilizada.



Notícia completa na BBC Brasil.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Gato vira fotógrafo na Alemanha



A foto acima foi tirada pelo gato Fritz. Confira a notícia no G1.

O enigma dos microblogs

Os blogs são a representação máxima da democratização de expressão na internet. Qualquer pessoa, munida de um computador, pode ter o seu.

No início eles eram meros diários, registrando o dia-a-dia de seu autor. Mas de alguns anos para cá os blogs tornaram-se uma ferramenta de comunicação poderosa, capaz de atrair grandes audiências e influenciar o que é publicado na mídia tradicional. Também entraram para a rotina das empresas, que hoje têm nos blogs um canal de comunicação com voz humana para conversar com seus clientes, funcionários e fornecedores. Hoje existem mais de 70 milhões de blogs em atividade, e mais 120 000 são criados a cada dia. Agora, uma versão compacta desse fenômeno da comunicação está ganhando força na web: os microblogs. Em mensagens curtas, de até 140 caracteres, os microblogueiros tentam essencialmente responder à seguinte pergunta: O que você está fazendo? As postagens podem ser enviadas e lidas pela web, por programas de mensagens instantâneas (MSN Messenger) ou pelo telefone celular, e em geral são triviais. Versam sobre o cardápio do almoço ou sobre a demora na sala de embarque do aeroporto. Ninguém sabe muito bem para que servem os microblogs nem se eles um dia darão dinheiro (vários blogueiros vivem de atualizar seus sites). Mas o fenômeno já se espalha pela rede, e até mesmo as empresas estão aderindo a esse novo formato de comunicação.

A principal ferramenta do gênero é o Twitter, criado na Califórnia por um grupo de amigos interessados em compartilhar suas rotinas -- um deles, Evan Williams, foi o criador do Blogger, maior serviço de publicação de blogs do mundo, hoje parte do Google. Os microblogs têm uma característica em comum com as redes sociais, como Orkut e Facebook. No Twitter, cada usuário tem uma rede de amigos, que recebem automaticamente as postagens de seus contatos. Os primeiros a se entusiasmar com o novo sistema de publicação foram os luminares do Vale do Silício, sempre dispostos a tentar a última novidade digital. Depois o Twitter conquistou adolescentes em busca de diversão. Hoje, quase dois anos depois de lançado, o serviço já conta com quase meio milhão de adeptos -- e o número não pára de crescer. Um levantamento recente da empresa de pesquisas Forrester Research indicou que 6% dos internautas americanos adultos acessam o Twitter. "A chave dessa tecnologia é conectar a tela do computador a outra tela, a do celular", diz Peter Kim, analista da Forrester e ele próprio um microblogueiro. "O lado social da computação é uma das chaves do sucesso desse tipo de serviço."



Texto completo no saite da INFO Exame.


Eu tenho medo do Twitter

Nos últimos seis dias, 0 jovial Saskuna dedicou 18 preciosos momentos de sua caminhada neste planeta azul para contar, através de micro-relatos, o que andava aprontado no momento.

Já sei que ele trabalha, tem muito sono (provavelmente porque trabalha) e dores de cabeça. Não deu para inferir mais nada com essas informações, mas com boa vontade até que dá para traçar um perfil, mesmo que fajutíssimo.

Desde que decidi espiar o Twitter , com fins profissionais (é sério, estou fazendo uma matéria sobre isso) e levada, naturalmente, por uma curiosidade besta, confesso que ainda não me encantei com a ferramenta. Mas já que muita gente boa está apostando fichas altas na geringonça, quem sou eu para duvidar...

Há pouco li um artigo ressaltando as possibilidades de uso jornalístico desse misto de rede social, microblogging e (perdoem-me, eu ainda não viciei na coisa) falta do que fazer. O autor se chama Nico Luchsinger e o texto, muito bom, está em inglês.

Este texto continua no blog Jornalismo Cordial.



Internet Segura? - 2

Novo cabo se rompe e deixa países sem web



MUMBAI - Um terceiro cabo submarino se rompeu, disse nesta sexta-feira a operadora indiana Flag Telecom, depois que problemas perto do Egito nesta semana dificultaram o acesso à internet em parte do Oriente Médio e da Ásia.

A Flag, subsidiária da segunda maior operadora de celulares da índia, a Reliance Communications, afirmou em comunicado que seu cabo Falcon foi cortado a 56 quilômetros de Dubai, em um trecho entre os Emirados Árabes Unidos e Omã.

"O navio de reparos foi notificado e espera-se que ele chegue no lugar nos próximos dias", disse a Flag, acrescentando que está trabalhando para restabelecer os circuitos de clientes.

Cabos submarinos de comunicação foram cortados na costa do Egito na quarta-feira, afetando o acesso à Internet na região do Golfo e no sul da Ásia e forçando provedores a redirecionar o tráfego.

Da INFO Exame.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Botando o bloco na rua

O carnaval do Rio de Janeiro é muito mais do que só a Marquês de Sapucaí. A cada esquina você encontra um bloco diferente, com gente bonita, música de qualidade (ok, nem sempre), e muita animação. A coluna desta semana é dedicada àqueles que gostam de um bom carnaval de rua. Sou daqueles que deixa para decidir tudo em cima da hora, por isso sempre acabo escrevendo os meus artigos de dicas sobre datas especiais faltando apenas uma semana pra que elas aconteçam. Foi assim com o post sobre o reveillon no meu blog e assim será com este artigo sobre o carnaval aqui n´O Pensador selvagem.

O que notei pela quantidade de pessoas que acessaram os meus posts sobre o reveillon é que eu não sou o único procrastinador por aqui. Faltando apenas uma semana para a virada, umas 250 pessoas por dia estavam acessando o blog, desesperadas, com medo de ficar em casa, sozinhas, assistindo ao Reveillon do Faustão.

Sempre viajei no carnaval, geralmente para o litoral norte do Rio de Janeiro, mas esse ano não sairei da Cidade Maravilhosa, estarei ocupado organizando a minha mudança de apartamento. Mas não estou reclamando, afinal opções por aqui é que não faltam.

Peço desculpas, mas não vou falar sobre desfiles na Sapucaí. Se você quiser saber sobre isso, entre no site da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba). O tema do meu artigo de hoje são os blocos de carnaval, que lotam as ruas da cidade e fazem a alegria dos turistas e dos cariocas.

Carnaval do Rio de Janeiro no Pensador Selvagem.

Carnaval na Alemanha: Aí Despe, Aqui Veste

O carnaval mais famoso da Alemanha é comemorado em Colônia e recebe turistas de muitos países vizinhos como Bélgica, Holanda e Inglaterra.

Começa na quinta, “o dia em que as mulheres teem o poder”. Elas saem de tesoura - é isso mesmo, de tesoura na mão - e cortam um pedaço da gravata dos homens nas ruas e escritórios, como que tirando a “força masculina”. O ato simboliza a emancipação da mulher e, a meu ver, este é um corte “no símbolo fálico”. Homens de negócio na quinta feira já colocam mesmo uma gravata surrada para ser depenada no dia e engravatados turistas têm poucas chances de escaparem ilesos: serão vítimas das tesouras.

Também nesse dia os homens são alvos das mais diversas brincadeiras, como por exemplo nas comemorações internas lá do meu trabalho, quando os homens presentes foram submetidos a “tarefas” determinadas pelo mulheril.

Mais observações sobre este Carnaval alemão, no Pensador Selvagem.

Lactobacilos bêbados

Certo carnaval em Florianópolis: A Ilha da Magia, eu vi um drink chamado “Lactobacilos Bêbados“. Eu já estava bem bêbado, mas parei na barraquinha só para provar.

Eu gostei do drink e achei o nome bem criativo. Então saí a caça da receita mas não achei. Então aí vai a receita q eu lembro + ou - de cabeça:

Lactobacilos Bêbados
1 dose de vodka para dois potinhos de Yakult
canela a gosto
leite condensado (esse ingrediente eu não lembro se fazia parte do drink)

Bata tudo no liquidificador (a mulher da barraquinha fazia um monte de uma vez) e adicione cubos de gelo ao servir

Contribuição do blog Filósofo de Boteco, nesses dias de Carnaval.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Entre as cem maiores economias mundiais, 51 multinacionais, 49 Estados nacionais.

Assim começa o primeiro capítulo de um livro que acaba de ser lançado na Itália pela editora Adelphi, de autoria do jurista Guido Rossi, professor da Universidade de Milão, e intitulado Mercado d’Azzardo, mercado de azar.

A tese central do livro, a desenvolver uma análise bem documentada e profundamente aguda, é de que somente a lei pode salvar o capitalismo. “Não surpreende, nesta altura – escreve Rossi – que a capitalização da Bolsa chinesa tenha ultrapassado o Produto Interno Bruto do país, e que entre as dez sociedades mais capitalizadas do mundo três sejam chinesas.” E logo adiante: “As corporações são os verdadeiros protagonistas da cena econômica contemporânea (...) e sancionam a divisão do mundo entre ricos e pobres: 93% das 200 principais sociedades pertencem a sete países”.
Os grandes grupos internacionais integram um sistema de troca paralela, acima do mercado e da lei. As bolsas são cassinos e o capitalismo financeiro funciona a seu talante com o beneplácito, mais, a submissão da política. Neste quadro, traçado com raro brilho e fluência, teriam de ser encarados desenvolvimentos da situação global que julgamos meramente políticos, na acepção tradicional.

Situações, por exemplo, como a da Itália, a correr o risco do retorno de Silvio Berlusconi e dos seus aliados da direita. Ou da França, entregue a Sarkozy. Quem sabe houvesse condições para repensar no declarado passamento das ideologias, desejado, anunciado e assentado pelos conservadores. Mas deus mercado também significa deus dinheiro, e diante dele a política cai em genuflexão. Quem reage, até a favor da sobrevivência do capitalismo pelos caminhos de uma lei internacional a ser cumprida à risca, milita do lado oposto. Seria esta a idéia de uma nova esquerda? Do blog de Mino Carta.

Gelando a cerveja na porta USB


Em um dos posts de hoje, há um gadget que é um mini microondas. Para combinar com o forninho, que tal esse freezer cuja alimentação de energia é feita pela porta USB? Aí o "serviço de alimentação" no PC fica completo. :-)

Brincadeiras à parte, o mini freezer funciona em PC, Mac, Xbox, PlayStation 2 e no PS3. Bebida com video-game é mesmo uma combinação irresistível. O aparelho pesa 362 gramas e mede 20 x 9 x 9 cm.

O preço da comodidade de um refrigerador portátil? US$ 33,00 (R$ 58,75), neste site. Achou que vale a pena?

Blu-ray conquista 94,9% das vendas no Japão

O formato para DVDs de última geração Blu-ray, liderado pela Sony, varreu seu rival HD-DVD no mercado japonês das gravadoras de vídeo, uma vantagem que pode ser definitiva na guerra global da imagem de alta definição. O porta-voz da Sony, Masayo Endo, explicou que os discos Blu-Ray dominaram o mercado japonês no mês de dezembro, com 94,9% das vendas.

Com esta vitória, as empresas aliadas a este sistema de armazenamento de dados, principalmente a Sony, Panasonic e Sharp, deram mais um passo para que o Blu-ray se converta no formato padrão para os DVDs de última geração. Para enfrentar essa concorrência, a Toshiba e a NEC vem dando grandes descontos para fazer o formato HD-DVD deslanchar.

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A derrocada do capitalismo e o fim dos jornais

"De acordo com o Instituto Verificador de Circulação (IVC), a tiragem dos 93 jornais filiados ao IVC cresceu 11,8% em 2007. São 4,1 milhões de exemplares por dia. ­ O crescimento é bastante significativo ­ declara Ricardo Costa, diretor-geral do IVC. ­ Os números contradizem todas as apostas de que os jornais acabariam. O aumento foi cerca de 80% superior à alta de 6,5% em 2006, onde a média de circulação diária era de 3.705.849 exemplares. Para o diretor-geral do IVC, além da conjuntura econômica favorável, houve mudanças gráficas, criação de novos cadernos e campanhas para atrair um número maior de leitores." Fonte: Jornal do Brasil de hoje.