quarta-feira, 20 de maio de 2015
O debate pela revogação da “Lei Áurea” na Câmara
O deputado federal Ozimúrdio Atahyde (PMDB-TO) apresentou na última quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, o Projeto de Lei 1964 que revoga a lei n.º 3.353, mais conhecida como “Lei Áurea”.
Na ocasião, o parlamentar argumentou que a norma trará enorme benefício aos trabalhadores brasileiros: “Com essa nova concepção das leis laborais, eliminaremos o principal fator de insegurança para os trabalhadores brasileiros, que é o desemprego. No novo regime, não apenas teremos plena ocupação dos postos de trabalho, como este será compulsório. A meta é nenhum trabalhador sem seu tron…, digo sem função”. A meta, em suas palavras, é o pleno emprego.
Para Josenildo Feitosa, dirigente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PL representará também a solução para o problema da mobilidade urbana e rural, que resulta em tráfego intenso e demora nos deslocamentos em horário de pico. “O empregado não terá de se deslocar. Cada local de trabalho terá moradias coletivas, permanentemente vigiadas para dar segurança jurídica ao novo regime de trabalho”. O líder empresarial acredita ainda que teremos aumento significativo da produtividade.
Confira o texto de Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo.
O caso Araceli
Na manhã de 18 de maio de 1973, uma sexta-feira, Araceli Cabrera
Crespo foi à escola como sempre fazia. Feliz: levava na mochila um
bilhete da mãe à professora, pedindo que saísse mais cedo da aula. Sua
tarefa era apenas entregar um envelope lacrado num edifício de Vitória.
Faltava pouco mais de um mês para o seu aniversário de nove anos.
Criança simples, sorridente, ela adorava sua boneca de cabelinhos claros
repartidos ao meio, imitação barata da Barbie que não podia ter. Ela e
Carlinhos formavam o casal de filhos do eletricista Gabriel e da
boliviana Lola, moradores de uma casa modesta em Serra (ES).
O Brasil dos generais, ao som dos Secos&Molhados e dos motores de Fittipaldi, comemorava o “milagre econômico”. O governo Médici agia com mão pesada contra os opositores, mas não exatamente contra bandidos. O tráfico de drogas entrava no país com todo seu aparato: crime organizado, gente importante, corrupção. Araceli nem sonhava com isto. Ela sonhava com brinquedos. Porém naquela manhã, aos oito anos, todos os seus sonhos foram interrompidos. Ela não sabia, mas o envelope da mãe tinha drogas. Ao chegar no prédio, um grupo de rapazes de famílias ricas e importantes da capital, conhecidos por suas orgias regadas a cocaína e LSD, não deixou a menina ir embora. E Araceli foi espancada, dopada, torturada, estuprada e morta. Seu corpo tinha marcas de dentadas nos seios e vagina. A perícia constatou que ela foi asfixiada. Queimada. Quebraram seu queixo com socos. Seu corpo foi desfigurado, ficou dois dias no freezer do bar de um viciado e, depois, foi jogado num matagal com ácido para dificultar sua identificação.
Leia mais no Blog de Oscar Bessi, no Correio do Povo.
O Brasil dos generais, ao som dos Secos&Molhados e dos motores de Fittipaldi, comemorava o “milagre econômico”. O governo Médici agia com mão pesada contra os opositores, mas não exatamente contra bandidos. O tráfico de drogas entrava no país com todo seu aparato: crime organizado, gente importante, corrupção. Araceli nem sonhava com isto. Ela sonhava com brinquedos. Porém naquela manhã, aos oito anos, todos os seus sonhos foram interrompidos. Ela não sabia, mas o envelope da mãe tinha drogas. Ao chegar no prédio, um grupo de rapazes de famílias ricas e importantes da capital, conhecidos por suas orgias regadas a cocaína e LSD, não deixou a menina ir embora. E Araceli foi espancada, dopada, torturada, estuprada e morta. Seu corpo tinha marcas de dentadas nos seios e vagina. A perícia constatou que ela foi asfixiada. Queimada. Quebraram seu queixo com socos. Seu corpo foi desfigurado, ficou dois dias no freezer do bar de um viciado e, depois, foi jogado num matagal com ácido para dificultar sua identificação.
Leia mais no Blog de Oscar Bessi, no Correio do Povo.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Guga Noblat descobriu o óbvio: os paneleiros são doentes
O apresentador Guga Noblat descobriu a pólvora: os paneleiros são doentes.
Ele escreveu, no Facebook, que não imaginava que, carregando uma criança no colo, pessoas que protestavam contra Dilma pudessem hostilizá-lo.
Mas hostilizaram.
Quando nem um bebê é respeitado, é porque a doença é, definitivamente, grave.
E essa doença se chama ódio. É um tipo de ódio irracional, ilógico – e perigoso.
Sua origem é facilmente rastreável. Ele deriva do enxame de colunistas que, nos últimos anos, se dedicaram a fazer uma incessante e furiosa pregação contra o PT.
As grandes empresas de jornalismo se abarrotaram de pessoas com esse perfil: gente sem limites na agressividade antipetista.
Confira no Diário do Centro do Mundo.
PSDB prova do próprio veneno
"Pegaram um criminoso, réu confesso, preso por abuso de menores, para me acusar sem nenhuma prova. Coisa de bandido."
Não, a afirmação não é de nenhum suspeito na operação da moda, a Lava Jato. O desabafo é do governador Beto Richa, tucano de carteirinha, num vídeo publicado no Facebook. Richa, como se sabe, ganhou notoriedade nacional –e internacional– como o carrasco de professores do Paraná.
Nada como um dia depois do outro. Eis que um auditor da Receita paranaense, Luiz Antônio de Souza, fez o que o doleiro Alberto Youssef pratica período sim, período não. Entrega uma delação premiada em troca de redução de penas. O conteúdo fica ao gosto de um certo público qualificado.
Confira o texto de Ricardo Melo, na Folha de São Paulo, disponível em Colagens do Umbigo e da Mosca Azul.
domingo, 17 de maio de 2015
Debate: É possível derrotar o “ajuste”?
“Nos direitos e conquistas sociais não se mexe”
O que há em comum entre a votação das Medidas Provisórias (MP’s) 664 e 665 do Plano Levy e a impactante greve dos professores do Paraná contra o roubo da sua previdência?
A primeira coisa é que tanto a repressão da mobilização assim como a cooptação e desmoralização das organizações são meios que diferentes governos dispõem para impor o “ajuste” e, assim, tentar salvar o sistema capitalista em crise. É o que se pode ver agora também no Brasil, jogado no turbilhão mundial.
A segunda coisa em comum é que as votações reacionárias na Câmara dos Deputados de Eduardo Cunha (na MP 665) e na Assembleia Legislativa do Paraná (no PL 252) indicam o aprofundamento do fosso entre as instituições e o povo, entre a representação e os representados, fosso revelado nas manifestações de junho de 2013. (...)
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