sábado, 14 de março de 2015

Lista do HSBC tem Luís Frias e outros empresários de mídia

Na lista dos 8.667 brasileiros que, em 2006 e 2007, tinham contas numeradas no HSBC da Suíça, aparecem donos, diretores e herdeiros de veículos de comunicação, além de jornalistas. Um levantamento feito pelo GLOBO, em parceria com o UOL, com base nos documentos oficiais que foram vazados por um ex-funcionário da instituição financeira, indica que há ao menos 22 empresários e sete jornalistas brasileiros entre os correntistas do HSBC suíço.

Os correntistas localizados negaram a existência das contas e qualquer irregularidade.
Nos documentos, constam os nomes de proprietários do Grupo Folha, ao qual pertence o UOL. Tiveram conta conjunta naquela instituição os empresários Octavio Frias de Oliveira (1912-2007) e Carlos Caldeira Filho (1913-1993). Luiz Frias (atual presidente da Folha e presidente/CEO do UOL) aparece como beneficiário da mesma conta, que foi criada em 1990 e oficialmente encerrada em 1998. Em 2006/2007, os arquivos do banco ainda mantinham os registros, mas, no período, ela estava inativa e zerada.
Quatro integrantes da família Saad, dona da Rede Bandeirantes, também tinham contas no HSBC na época em que os arquivos foram vazados. Constam entre os correntistas os nomes do fundador da Bandeirantes, João Jorge Saad (1919-1999), da empresária Maria Helena Saad Barros (1928-1996) e de Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet, filho e sobrinha de João Jorge.
Confira no Diário do Centro do Mundo, que reproduz O Globo.
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Quem financia os meninos do golpe?

David Koch se divertia dizendo que fazia parte “da maior companhia da qual você nunca ouviu falar”. Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares, eles só se tornaram conhecidos por suas maldosas operações no cenário político do país.
Se esses poderosos personagens são desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá no Brasil? No entanto eles estão diretamente envolvidos nas convocações para o protesto do dia 15 de março pela deposição da presidenta Dilma.
Segundo a Folha de São Paulo o “Movimento Brasil Livre”, uma organização virtual, é o principal grupo convocador do protesto. A página do movimento dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados. Segundo o The Economist, o grupo foi “fundado no último ano para promover as respostas do livre mercado para os problemas do país”.

Confira no Pragmatismo Político ( que reproduz "Outras Palavras"). 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Fernando Rodrigues perdeu o monopólio da Swissleaks e mais dados são revelados

Depois de divulgar que empreiteiras envolvidas com a Lava Jato estavam na lista das contas secretas do HSBC da Suíça, com um hiato na divulgação de mais notícias e o ingresso de outros jornais nas tentativas independentes de investigação, o jornalista Fernando Rodrigues deixou para agora as informações de talvez maior impacto. Os dados são resultado da parceria de O Globo, que agora integra a equipe do ICIJ, consórcio de jornalistas que têm os arquivos suíços.
 
Dois ex-diretores do Metrô de São Paulo tinham contas na época em que foi firmado o acordo com a Alstom; assim como Paulo Roberto Grossi, denunciado de participação no mensalão petista e no mensalão tucano; dois advogados e o então procurador-geral do INSS, durante a Máfia do INSS; três condenados no caso SERPROS, de desvio do fundo de previdência complementar, entre 1999 e 2001.


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segunda-feira, 9 de março de 2015

PP gaúcho culpa diretório nacional e governo federal por crise

O PP gaúcho reuniu na segunda-feira sua executiva estadual pela primeira vez após a divulgação de que cinco deputados federais da sigla no RS e um ex-deputado foram incluídos na lista de investigados pelo esquema de desvios de recursos da Petrobras, descoberto na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Sob um clima tenso e de constrangimento, o presidente estadual do PP, Celso Bernardi, tentou se desligar da crise culpando o diretório nacional do partido e o governo federal pela situação. A divulgação dos nomes dos progressistas (que representa a totalidade da bancada federal do partido na legislatura passada) gerou a maior crise já contabilizada no PP gaúcho, que participa nacionalmente do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e do secretariado do governador José Ivo Sartori (PMDB) no Estado. 


Confira no Correio do Povo.

O panelaço da barriga cheia e do ódio

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.
Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.
O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.
Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando  aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade.

Continue lendo no blog do Juca Kfouri

Extremistas do EI degolam quatro acusados de homossexualismo

O movimento extremista Estado Islâmico degolou em público, nesta segunda-feira, quatro jovens que acusou de homossexualidade, na cidade de Mossul, no Iraque. O local é controlado pelos jihadistas desde o verão passado. Um funcionário da administração local, Mohamed Fares, disse que os combatentes da organização convocaram os habitantes do bairro Al Rashidia, no norte de Mossul, para assistir à execução dos quatro jovens, com idades entre 20 e 30 anos.


Leia mais no Correio do Povo

Sob censura: o brasileiro proibido de se manifestar no Facebook

No Brasil de 2015, século XXI, um cidadão está sob censura. Há dois anos Ricardo Fraga está proibido de se pronunciar a respeito da construção de três torres residenciais em seu bairro. Trata-se de um dos primeiros casos registrados de censura judicial a protestos em redes sociais no país.
Morador da Vila Mariana, Ricardo questionava a verticalização excessiva da cidade, promovia reflexão sobre o espaço urbano e organizou protestos pacíficos contra a construção das torres. Fundou assim o movimento “O outro lado do Muro”, no qual pessoas eram convidadas a subir em uma escada, olhar o enorme terreno por onde antes passava o córrego Boa Vista (já canalizado) e estimuladas a desenharem o que imaginariam ser a finalidade ideal. Claro que ninguém desejou prédios. Um abaixo assinado coletou 5 mil assinaturas contrárias à obra. A construtora Mofarrej não gostou da brincadeira (e até tem esse direito), mas resolveu entrar na justiça e censurar Ricardo.
Em 6 março de 2013 uma liminar proibiu Ricardo Fraga de publicar no Facebook qualquer comentário sobre a construtora, nem mesmo mencionar os prédios Ibirapuera Boulevard, nem de participar de qualquer protesto num raio menor que 1 km das torres. A página “O outro lado do Muro” na rede social também foi cassada. Liberdade de expressão e liberdade de manifestação, garantidas pela Constituição Federal, ignoradas e atropeladas. Por que?

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domingo, 8 de março de 2015

No jornalismo, mentira não tem vez

Não é só na Inglaterra que a mentira e a omissão, justificada pelo equilíbrio das contas, existem na mídia. A esmagadora maioria dos meios de comunicação do Brasil estão comprometidos com anunciantes. No interior a relação promíscua acontece quase sempre com as prefeituras. Nas grandes cidades com os anunciantes donos de contas gordas que ajudam a pagar os salários.
A lógica dos meios de comunicação se inverteu. O correto seria: Independência gera audiência. Audiência gera anúncios. Anúncios geram dinheiro. Dinheiro sustenta a independência.
O medo e a mediocridade inverteu a lógica que passou a ser: Anúncios pagam salários de jornalistas. Jornalistas devem entender que há temas proibidos. Temas proibidos fora da mídia alegram anunciantes. Anunciantes programam mais anúncios.