sexta-feira, 12 de julho de 2013

Espionagem da CIA, FBI, DEA, NSA… E o silêncio no Brasil

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que "nunca soube de espionagem da CIA" no Brasil. O governo atual cobra explicações dos Estados Unidos, e a presidente Dilma trata do assunto com a cúpula do Mercosul, no Uruguai, nesta quinta-feira (11). O Congresso Nacional envia protesto formal ao governo de Barack Obama.
 
Vamos aos fatos. Entre março de 1999 e abril de 2004, publiquei 15 longas e detalhadas reportagens na revista CartaCapital. Documentos, nomes, endereços, histórias provavam como os Estados Unidos espionavam o Brasil.


Confira o Blog do Bob Fernandes

Governo vai aplicar Revalida para estudantes de medicina do Brasil

O Ministério da Educação (MEC) vai aplicar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida), feito hoje por médicos formados no exterior que queiram exercer a profissão no Brasil, para estudantes do último ano de medicina de instituições de ensino do País. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o objetivo é avaliar se a prova está adequada às diretrizes curriculares dos cursos.


Confira no Terra

Islamitas egípcios iniciam nova jornada de protestos contra o golpe militar

Os islamitas egípcios iniciaram nesta sexta-feira uma nova jornada de protestos convocada pela Irmandade Muçulmana e outros grupos contra o golpe militar que derrubou o presidente Mohammed Mursi no último dia 3 de julho.

Segundo o site do partido Liberdade e Justiça (PLJ), o braço político da Irmandade Muçulmana, os manifestantes já se encontram na Praça de Rabea al Adauiya, um reduto islamita situado ao leste do Cairo. Aliás, os islamitas estão acampados no local há duas semanas para defender a legitimidade de Mursi.

Algumas pessoas procedentes de outras províncias do país viajaram até dez horas para fazer parte dos protestos e pedir a restituição do islamita no poder, já que, como afirma o PLJ, ele eleito democraticamente em junho de 2012.


Confia a notícia da EFE, no UOL

"Perigo comunista" leva famílias às ruas

O coro que ganhou força, entretanto, foi o mote da manifestação, entoado pelas pessoas que seguravam uma grande bandeira do Brasil. “Cansei de esperar, militares já”, gritavam, aplaudidos por um homem no carro de som com o cartaz “socorro Forças Armadas”.
A democracia não parecia ser uma preocupação da manifestação de quarta-feira. Um pequeno grupo foi hostilizado pelo puxador do carro de som ao gritar “de-mo-cra-cia” em resposta à faixa "Fora Dilma! PT nunca mais! Queremos os militares novamente no poder". Depois, uma manifestante convenceu um colega a não dar entrevista para a reportagem de CartaCapital. “Você sabe muito bem por quê”, disse ao ser questionada.

Confira na CartaCapital

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Empresa do espião Snowden foi consultora-mor do governo FHC

A rápida reação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso às denúncias de que os EUA mantiveram uma base de espionagem no país, durante o seu governo, suscita interrogações e recomenda providências.

Dificilmente elas serão contempladas sem uma decisão soberana do Legislativo brasileiro, para instalação de uma CPI que vasculhe o socavão de sigilo e dissimulação no qual o assunto pode morrer.

Entre as inúmeras qualidades do ex-presidente, uma não é o amor à soberania nacional.

Avulta, assim, a marca defensiva da nota emitida por ele no Facebook, dia 8, horas depois de o jornal "O Globo" ter divulgado que, pelo menos até 2002, Brasília sediou uma das estações de espionagem nas quais funcionários da NSA e agentes da CIA trabalharam em conjunto.

Vejam mais em CARTA MAIORspio

A INSOLÊNCIA AMERICANA

         (JB)-Nota-se uma diferença de linguagem na reação do governo brasileiro à ampla invasão do sistema de comunicações de nosso país pelos serviços secretos norte-americanos. A presidente Dilma Rousseff, ainda que ponderada, foi muito mais incisiva do que o chanceler Antonio Patriota.  

      O ministro chegou a elogiar a disposição do Departamento de Estado em nos prestar esclarecimentos, pelas vias diplomáticas – como se isso fosse uma concessão do poderoso, e não uma prática da diplomacia clássica. Não se trata de verberar sua atitude, e menos ainda, de louvá-la, mas, sim, de entendê-la: Patriota tem notória simpatia pelos Estados Unidos, onde foi embaixador, antes de assumir a Secretaria-Geral do Itamaraty, e é casado com uma cidadã norte-americana.
     
Vejam mais no blog do MAURO SANTAYANA

terça-feira, 9 de julho de 2013

Exclusivo: Funcionária da Receita Federal foi condenada por sumir com processo da Globopar; câmera flagrou a retirada

A funcionária da Receita Federal Cristina Maris Meinick Ribeiro foi condenada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por, entre outras coisas, dar sumiço nos processos que eram movidos pela Receita Federal contra a Globopar, controladora das Organizações Globo.
Um dos processos resultou numa cobrança superior a 600 milhões de reais — 183 milhões de imposto devido, 157 milhões de juros e 274 milhões de multa. Foi resultado do Processo Administrativo Fiscal de número 18471.000858/2006-97, sob responsabilidade do auditor Alberto Sodré Zile. Como ele constatou crime contra a ordem tributária, pelo menos em tese, abriu a Representação Fiscal para Fins Penais sob o número 18471.001126/2006-14.
A existência dos processos na Receita Federal foi primeiro revelada pelo blog O Cafezinho, de Miguel do Rosário, que publicou algumas páginas da autuação (leia os documentos na íntegra no pé do post).
Desde então, blogueiros e internautas se perguntavam sobre o andamento do processo, cujo último registro oficial data de 29/12/2006. Consultas ao site da Receita revelam que ele está “em trânsito”.

Confira no Vi o Mundo

Para analistas, 'espionagem' abala, mas não põe em risco relação Brasil-EUA

Não é exatamente a agenda que Brasil e Estados Unidos pretendiam enfatizar, a apenas três meses da visita com honras de Estado que a presidente Dilma Rousseff fará a Washington, em outubro.

Mas as denúncias de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) coletou milhões - possivelmente bilhões - de dados de ligações e e-mails trocados no Brasil passam e ter destaque nas preocupações bilaterais após serem reveladas pelo jornal "O Globo" no domingo.


Confira a notícia da BBC Brasil, disponível no UOL .

Seguidores de Mursi convocam novo protesto após a morte de islamitas no Cairo

Os seguidores do deposto presidente egípcio Mohammed Mursi voltarão às ruas nesta terça-feira (9) após a morte de pelo menos 51 pessoas ontem, a maioria de islamitas, em frente à sede da Guarda Republicana no Cairo.

Grupos islamitas convocaram para novas concentrações na Praça Rabea al Adauiya, situada no leste da capital egípcia, em protesto pelos fatos registrado na véspera, os quais foram qualificados como um "massacre" pela Irmandade Muçulmana.

O "massacre" em questão se refere ao assassinato de mais de 50 pessoas, incluindo muitos manifestantes pacíficos, registrado ontem pelas Forças Armadas, que "seguem o exemplo de Bashar al Assad e querer levar o Egito ao mesmo destino que da Síria para tomar o poder".


Confira a notícia da EFE, disponível no UOL.

Israel mantém 2.000 refugiados africanos em cadeia no deserto

Na prisão de Saharonim, que fica no deserto do Negev, no sul de Israel, se encontram homens, mulheres e crianças do Sudão e da Eritreia, que tentaram entrar no país a pé, através da península egípcia do Sinai.

Desde que Israel concluiu a construção da cerca que separa o Sinai do sul do país, em 2012, houve uma queda de mais de 99% no número de refugiados africanos que conseguem entrar no território israelense.

Os poucos que conseguem ultrapassar a cerca (desde o inicio de 2013 foram apenas 34) são imediatamente levados para a prisão de Saharonim.

No entanto, de 2007 a 2012, cerca de 60.000 cidadãos da Eritreia e do Sudão, que fugiram de seus países para salvar suas vidas, conseguiram entrar em Israel.


Confira no Opera Mundi

Caso Eike põe em xeque apoio do BNDES a megagrupos nacionais 85

O colapso do grupo EBX, do magnata brasileiro Eike Batista, põe em xeque as políticas de apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em relação a grandes grupos nacionais.

Essa é a avaliação tanto de Aldo Musacchio, professor da Harvard Business School, quanto de Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), que vêm estudando as práticas e escolhas do banco e seus efeitos sobre a economia brasileira.



Confira a reprodução de notícia da BBC Brasil, no UOL Economia.

O ódio ganhou as ruas

Cafezinho com Wanderley

Os discursos de ódio foram às ruas

Wanderley Guilherme dos Santos

Os Discursos de Ódio designam insultos contra indivíduos e grupos com o objetivo de provocar o ódio contra eles, e eventual violência, simplesmente porque são quem são. Referem-se às discriminações contra raças, religiões, etnias, gêneros e preferências sexuais. No Ocidente, têm sido os negros, os islâmicos, as mulheres, os judeus e os homo-afetivos as vítimas notórias dos discursos de ódio. Existe legislação no Canadá, na Dinamarca, na Nova Zelândia, na Alemanha e na Inglaterra regulando e punindo criminalmente a publicação e difusão de panfletos, livros, jornais, impressos de qualquer natureza que estimule sentimentos e ações destruidoras da dignidade de terceiros.

Não há coincidência na definição precisa do crime embutido em discursos de ódio nem na extensão e conteúdo das penas. Nos Estados Unidos o debate acadêmico é intenso nos dias atuais, agregando-se às históricas brutalidades contra negros e mulheres os recentes preconceitos e abusos verbais de que tem sido objeto a comunidade islâmica desde a derrubada das torres gêmeas. Uma avaliação dos argumentos contra e a favor de legislação que coíba os discursos de ódio, efetuado por prestigiado jurista pró-legislação, Jeremy Waldron, encontra-se em The harm in hate speech (O dano em discurso de ódio), Harvard University Press, 2012. Sua tradução e circulação ajudariam a entender aspectos emergentes da política brasileira.
Vejam mais em O Cafezinho.

As grandes lambanças

Mauro Santayana

O caminho encontrado pelos Estados Unidos para ampliar a sua espionagem no mundo pode ser definido com um vocábulo bem brasileiro: tratou-se e se trata de uma grande lambança. Dominada a República pelo fundamentalismo mercantil (a expressão é de Celso Furtado), o governo de Washington, já a partir de Bush, terceirizou a mais grave obrigação dos estados nacionais — a segurança de suas fronteiras e de seus povos. Depois de contratar mercenários para os combates, passou a contratá-los para definir a estratégia internacional do país. 

Espionar os eventuais inimigos é uma prática universal, desde que se desenharam as fronteiras políticas. Os espiões têm que ser recrutados com extremo cuidado a fim de que se garanta a sua lealdade. Ainda assim, os riscos são imensos, porque não há só a espionagem; existe também a contraespionagem. Por isso mesmo, o mais famoso agente-duplo do mundo, o britânico Harold Russel Kim Philby, que chefiava uma das seções mais poderosas do M-16, era também o chefe da espionagem soviética no Reino Unido. Philby deu um sério conselho aos jovens que sonham com o romantismo e as emoções da espionagem: trabalhassem sempre por dinheiro, porque nunca saberiam a que país estariam  servindo realmente. 


Vejam mais no JORNAL DO BRASIL

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Até Alberto Dines apoiou o golpe de 1964

Historiador tem o triste papel de fazer emergir o passado.
Em “Jango, a vida e a morte no exílio”, trago à tona o que tempo escondeu.
Por exemplo, o lamentável papel da imprensa no apoio aos militares. Pode-se dizer que essa submissão da mídia vem sendo desmascarada. Os editoriais dos grandes jornais são conhecidos e citados. Mas alguns personagens marcantes do jornalismo atual continuam a brilhar como resistentes sem que se fale de como se comportaram no momento em que os coturnos dos militares marcharam sobre o governo de Jango. Um pouco de desconstrução não faz mal a ninguém. Segue um trecho do meu livro:


domingo, 7 de julho de 2013

A classe médica brasileira tem medo de quê?

Mas a última dessas batalhas do grêmio médico é, de longe, a mais complexa: o convite a médicos estrangeiros para trabalhar no território nacional. Esse assunto é particularmente sensível porque atinge ao mesmo tempo o status outorgado pelo ingresso às escolas médicas, posturas políticas, questionamento da liderança e o temor de concorrentes novos no mercado de trabalho.
O ingresso às escolas médicas no Brasil acontece através de um penoso processo que visa excluir aqueles provenientes de camadas com menores recursos e oportunidades. Na visão oposta, trata-se da seleção dos “melhores”, como se nessa lógica inversa a qualidade de um médico fosse garantida pela seleção que teve para entrar, e não pela formação adquirida dentro da escola médica.
Os médicos estrangeiros representam um desafio a esse paradigma: muitos países têm processos de seleção muito mais acessíveis para o ingresso. A seleção real acontece dentro da escola de medicina. Os alunos são constantemente avaliados, reprovados e jubilados, se necessário, durante o processo de formação médica. Diferentemente do que acontece no Brasil, entrar na escola de medicina não significa que o aluno será médico seis ou sete anos mais tarde.

Confira o texto completo na CartaCapital

FALTA DE VERGONHA!



O ultrachavismo sem chaves da Rede Globo

O presidente do Supremo Tribunal Federal, o ídolo dos coxinhas, Joaquim Barbosa,  é hoje o principal trunfo político da Rede da Globo. Ancelmo Gois incensa-o regularmente desde que ele tomou as dianteiras da Ação Penal 470. Outro colunista, Roberto Damatta não apenas afirmou que votaria sem pestanejar nele, como achava que Barbosa levaria fácil no primeiro turno. Merval Pereira e ele estão sempre se telefonando, e o colunista publica a conversa no dia seguinte sem escrúpulos de chapa-branquismo. O ex-presidente do STF anterior, Ayres Brito, escreveu o prefácio do livro de Merval enquanto ainda tocava o julgamento do mensalão.  É uma falta de vergonha inacreditável. (...)
CLIQUE AQUI   para ler mais. (via O Cafezinho e O Boqueirão Online)