Em pleno colapso do neoliberalismo, a direita venceu as eleições na Espanha, no último domingo, não tanto por seus méritos e votos, mas pela rendição do PSOE aos mercados e o elevado nível de abstenção. O universo eleitoral do conservadorismo cresceu pouco mais de 600 mil votos em relação a 2008, já o PSOE perdeu 4,5 milhões de eleitores. A novidade, de fato, foi o avanço das forças à esquerda, entre as quais destaca-se o movimento Esquerda Unida, que saltou de 2 para 11 deputados, com forte apoio dos 'indignados'. Para falar sobre essa travessia política, de cuja irradiação depende uma saída progressista para a crise européia, o correspondente de Carta Maior em Madrid, Oscar Guisoni, conversou com o coordenador geral da Izquierda Unida, Cayo Lara; leia nesta pág. Leia também a coluna da editora de Política, Maria Inês Nassif, sobre o desafio de reconstrução do PT: como renovar um partido de esquerda pós a experiência do poder? Sobre o mesmo tema, publicamos ainda um artigo de Tarso Genro na edição deste fim de semana.
(Carta Maior; Sábado; 26/11/ 2011)