No centro da Praça do Sol, em Madrid, um par de chinelos velhos e gastos está em exposição. Um cartaz ao lado explica: esse calçado participou de 450 reuniões, pintou 160 cartazes, impediu a prisão de um imigrante, provocou cinco discussões familiares e até um fracasso amoroso. Ganhou uma revolução.
O relato do jornal espanhol El País mostra que, aos poucos, os indignados do movimento 15-M reocupam o principal palco dos protestos realizados há dois meses por uma “democracia real”. Durante o último mês, mais de 500 pessoas do movimento percorreram a Espanha, iniciativa denominada de Marcha Popular Indignada. As colunas de indignados recrutaram pessoas pelas cidades e povoados do país. Seus integrantes defendem o lema: “novas vias de participação e transformações sociais, democráticas e pacíficas”. Hoje, as oito colunas se encontram na Praça do Sol, onde já foram montadas as barracas de alimentação e a estrutura para receber as assembléias populares. Com a ocupação da praça por essas 500 pessoas, espera-se que um número ainda maior se una ao grupo vindo de diferentes partes da Espanha.
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