sábado, 2 de janeiro de 2016

Falta um 11º mandamento na lista bíblica de Dallagnol

Todo dia o procurador Deltan Dallagnol aparece em sua campanha pelos 10 pontos a serem alterados na lei para combate à corrupção.
Se fosse uma campanha efetivamente isenta, o 11º ponto seria a obrigação do Procurador Geral da República e do Supremo Tribunal Federal (STF) de abrir os dados em relação a todo pedido de vista ou todo inquérito engavetado. E de se criar formas que impeçam o uso político do vazamento seletivo de inquéritos.
No STF, o ex-Ministro Ayres Britto engravetou por dez anos, sem nenhuma explicação, o inquérito sobre o mensalão mineiro. Tinha que apresentar em uma sessão, foi tomar um café no intervalo, e na volta simplesmente deixou de falar sobre o inquérito.
Do mesmo modo, desde 2010 dorme na gaveta do PGR um inquérito contra Aécio Neves, acusado de ter conta no paraíso fiscal de Liechtenstein em nome de uma offshore. Como o próprio Procurador Geral observou, na denúncia contra Eduardo Cunha, o uso de offshores visa esconder a verdadeira identidade dos titulares da conta. E se visa esconder, é porque o dinheiro é de procedência duvidosa.

Confira o artigo completo no Blog do Luís Nassif

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Violência contra a mulher: Os números do Brasil

Violência contra a mulher

Os números do Brasil

106 mil mulheres mortas entre 1980 e 2013 no país
  • 5 posição do Brasil em lista dos países mais violentos do mundo com mulheres
  • 18 anos a idade em que mais mulheres foram assassinadas no Brasil em 2013
  • 27,1% porcentagem de homicídios femininos ocorridos no lar, quase o triplo dos masculinos
  • 7 em 10 casos de atendimentos hospitalares de mulheres em que o agressor foi parente, parceiro ou ex-parceiro


Confira no Jornal GGN

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

EUA monitoram constantemente posts em redes sociais de turistas estrangeiros, diz Obama

Sobre a questão de analisar redes sociais de quem está obtendo visto, acho que eu não fui tão claro. É importante distinguir entre as mensagens que são públicas – uma página do Facebook – contra comunicações privadas através de redes sociais ou aplicativos. Nossos profissionais da polícia e de inteligência estão monitorando constantemente posts públicos, e isso faz parte do processo de análise do visto – essas pessoas estão investigando o que os indivíduos disseram publicamente, e fazem questões sobre quaisquer declarações que foram feitas.
Mas no caso de comunicações privadas entre duas pessoas, isso é mais difícil de discernir, por definição. E uma das coisas que vamos fazer é nos envolver com a comunidade da alta tecnologia para descobrir como podemos, de uma forma adequada, fazer um trabalho melhor se tivermos uma pista, para podermos rastrear suspeitos de terrorismo.
Mas nós precisamos reconhecer que nenhum governo terá a capacidade de ler mensagens de texto, e-mails ou posts em redes sociais de toda e qualquer pessoa. Se não for postado publicamente, então teremos questões de viabilidade que são provavelmente insuperáveis em algum nível. E você sabe que isso levanta algumas dúvidas sobre os nossos valores.
Tenha em mente que, há apenas dois anos, estávamos tendo um grande debate sobre se o governo estava se tornando muito parecido com o Grande Irmão. E no geral, eu acho que nós já atingimos o equilíbrio ideal em proteger as liberdades civis e garantir que a privacidade dos cidadãos americanos seja preservada.

Reprodução de palavras do presidente Barack Obama. Confira a reportagem do Gizmodo.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Marcos Nobre: “O impeachment é estratégia de defesa contra a Lava Jato”

P. E o que fez com que as manifestações contra o Governo fossem tão grandes em março de 2015?
R. Alguns fatores. O primeiro é a eleição de 2014, que polarizou o país em questões fundamentais. O segundo é o que eu chamo de peemedebismo, uma característica fundamental do sistema político brasileiro, que impede que o desejo das pessoas se expresse de maneira satisfatória no Congresso. Essa situação de que você tem um país dividido em dois projetos diferentes e quando chega no Congresso, todo mundo apoia o Governo, seja qual for o Governo, distorce tudo. O terceiro fator é que a Dilma disse uma coisa em campanha e passou a fazer outra quando eleita. E o quarto é a irresponsabilidade do senador Aécio Neves, que estimulou esses movimentos no que eles têm de mais obscurantista. Por exemplo, existe uma crença conspiratória de que a urna eletrônica não é confiável. O que fez o Aécio? Foi e pediu auditoria. Isso só significa uma coisa: dificuldade em aceitar a regra do jogo democrático, a derrota. Outra coisa importante de dizer é que, em março, a maior parte das pessoas que foi para a rua não falava em impeachment. Era um descontentamento contra o Governo, mas sem essa palavra de ordem.

Confira a entrevista completa de Marcos Nobre, ao El País