sábado, 18 de outubro de 2014

O dia em que Marina prometeu que não subiria no palanque do PSDB

Em entrevista no dia 26 de junho, Marina Silva (PSB) disse que não subiria “em hipótese alguma, no palanque do PSDB”. Então pré-candidata a vice-presidência na chapa de Eduardo Campos (PSB), Marina fez a afirmação no programa “É Notícia”, na Rede TV. Para a Agência Estado, em maio, a candidata já havia descartado, de maneira mais discreta, a aliança com o PSDB.
Quase quatro meses depois, Marina descumpriu sua promessa. Após declarar o apoio ao tucano Aécio Neves, no último domingo 12, a candidata derrotado no primeiro turno subiu ao palanque ao lado do candidato nesta sexta-feira 17.

Confira no Pragmatismo Politico

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Marina divisora

A adesão de Marina Silva a Aécio Neves é o seu caminho convencional, mas, para formular os argumentos vazios que invocou, não precisava de tantos dias, bastavam minutos. Além disso, Marina já tem convivência bastante com a política para saber que nenhuma condição exigida de Aécio tem valor algum: se eleito e por ela cobrado, não esqueceria o velho refrão político "as circunstâncias mudaram". Ao espichar as atenções por mais uns dias, no entanto, Marina instalou a implosão em dois partidos. Um feito, sem dúvida.


Trecho de coluna de Jânio de Freitas, na Folha de São Paulo. Também pode ser lido em Colagens do Umbigo e da Mosca Azul

Turquia bombardeia posições dos rebeldes curdos no sudeste do país

Aviões turcos bombardearam nessa segunda-feira bases do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no sudeste do país, pela primeira vez desde o cessar-fogo decretado pelos rebeldes curdos em março de 2013. Os caças do exército turco apontaram contra posições do PKK, que atacava há três dias um posto das forças de segurança turcas em Daglica (sudeste), segundo uma fonte militar.

A operação aconteceu poucos dias depois das manifestações da comunidade curda na Turquia que terminaram em violência e deixaram 34 mortos, centenas de feridos e muitos danos. Os manifestantes protestavam contra a recusa do governo islamita conservador a intervir militarmente para salvar a cidade curda síria de Kobane, cercada há várias semanas pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).


Leia mais no Correio do Povo

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Aécio Neves esconde que votou contra a valorização do salário mínimo

Aécio Neves contou uma mentira em seu programa eleitoral exibido na tarde do último sábado (11). O presidenciável tucano disse que apoiou a atual política que garante um aumento real do salário mínimo e disse que a medida foi criada pelo Congresso Nacional.
Na verdade, a regra do aumento real do salário mínimo foi criada no governo Lula, em 2006, em um pacto firmado com todas as centrais sindicais. Em seu primeiro ano de mandato, em 2011, Dilma Rousseff enviou ao Congresso Nacional uma proposta para manter a política de valorização salarial até 2014. Aécio Neves e todo o seu partido, o PSDB, votaram contra. Perderam, mas votaram contra. Além disso, Aécio e o PSDB entraram no STF alegando que a regra era inconstitucional. Perderam também no STF.

Confira no Pragmatismo Político

Meritocracia à Aécio

Aos 17 anos, Aécio foi nomeado secretário de gabinete parlamentar na Câmara dos Deputados. Seu pai, Aécio Cunha, era deputado federal pela Arena.
Segundo o site da Câmara, Aécio permaneceu nesta posição até os 21 anos.
Há, aí, um fato intrigante: conforme perfil feito pela insuspeita revista Época, Aécio fazia faculdade no Rio no mesmo período em que era secretário de gabinete.
Algum jornalista se interessou em esclarecer essa suposta ubiquidade meritocrática?
Mundo imperfeito, mundo imperfeito.
Aos 23 anos, de volta a Minas depois da estada no Rio, foi nomeado assessor pelo avô, o governador Tancredo Neves. Como avós sempre encontram méritos nos netos, Aécio poderia hoje dizer que ganhou o cargo graças à meritocracia.
Tancredo morreria em 1985, pouco antes de tomar posse como primeiro presidente civil depois da ditadura militar. (Ele vencera, ao lado do vice Sarney, eleições indiretas.)
Com Sarney na presidência, Aécio deu um salto. Aos 25 anos, era diretor da Caixa Econômica Federal.
O que o candidato Aécio diria, hoje, de um neto de político indicado para uma diretoria da Caixa aos 25?

Leia o texto completo no Diário do Centro do Mundo

Apoio a Aécio provoca debandada no PSB gaúcho

O vice de Marina é Beto Albuquerque, do Rio Grande do Sul.
Pois veio justamente do Rio Grande Sul, da cidade de Santo Ângelo, 80 mil habitantes, terra natal do saudoso Fausto Wolff, um gesto de indignação que desmente cabalmente as acusações de “fim da política”.
Membros da executivo do PSB e filiados não aceitaram o apoio de seu partido ao projeto neoliberal de Aécio Neves, e decidiram por uma desfiliação coletiva.

Leia mais no Tijolaço

Estado Islâmico afirma que entrega prisioneiros yazidis como escravos

O grupo Estado Islâmico (EI) afirmou que entregou mulheres e crianças yazidis capturadas no norte do Iraque a seus combatentes como prêmio de guerra, com a pretensão de ter restabelecido a escravidão em seu "califado". Na edição mais recente de sua revista de propaganda, Dabiq, publicada nesse domingo, a organização extremista sunita admite pela primeira vez  a medida de forma aberta.


Leia mais no Correio do Povo

domingo, 12 de outubro de 2014

Tarso denuncia a conspiração político-midiática em curso contra a democracia




* O governador gaúcho Tarso Genro gravou um novo depoimento para retomar o tema abordado no vídeo que divulgou na última sexta-feira e que teve mais de 3 milhões de visualizações na internet. Tarso denuncia aconspiração político-midiática em curso, um golpe de novo tipo contra a democracia e para intervir de modo fraudulento no processo eleitoral, cujo objetivo central é derrotar a presidenta Dilma. Veja acima.

Treze razões para não votar em Dilma

Depois do primeiro turno, acrescentei três razões à minha lista para que não se vote em Dilma.
Vai mal o Brasil. Essa primeira razão fala por si.

Líder, PT perde 18% dos votos para deputado federal; PSDB ultrapassa PMDB

O PT, campeão de votos para deputado federal, teve uma queda de 18,3% nas eleições deste ano em comparação com o pleito de 2010, segundo levantamento feito pelo G1 com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Há quatro anos, a sigla recebeu 16,6 milhões de votos, número que inclui os nominais e na legenda nos 26 estados e no Distrito Federal. Em 2014, foram 13,5 milhões.


Leia mais no G1, com infográficos

Nobel da Paz vai para Kailash Satyarthi e Malala

A paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos, e o indiano Kailash Satyarthi venceram o Prêmio Nobel da Paz, anunciou nesta sexta-feira a Academia Sueca.


Leia mais no Correio do Povo

Carta para além do muro (ou por que Dilma agora)

Agora, no segundo turno, a eleição é entre os dois candidatos que a população escolheu: Dilma Rousseff e Aécio Neves. E eu não vou fugir dessa escolha porque, embora tenha fortes críticas a ambos, acredito que existam diferenças importantes entre eles.
A candidatura de Aécio Neves – com o provável apoio de Marina Silva (e o já declarado apoio dos fundamentalistas MAL-AFAIA e Pastor Everaldo; do ultrarreacionário Levy Fidélix; da quadrilha de difamadores fascistas que tem por sobrenome Bolsonaro e do PSB dos pastores obscurantistas Eurico e Isidoro) – representa um retrocesso: conservadorismo moral, política econômica ultraliberal, menos políticas sociais e de inclusão, mais criminalização dos movimentos sociais, mais corrupção (sim, ao contrário do que sugere parte da imprensa, o PT é um partido menos enredado em esquemas de corrupção que o PSDB), mais repressão à dissidência política e menos direitos civis.
Mesmo com todos as críticas que eu fiz, faço e continuarei fazendo aos governos do PT, a memória da época do tucanato me lembra o quanto tudo pode piorar. Por outro lado, Aécio representa uma coligação de partidos de ultradireita, com uma base ainda mais conservadora que a do governo Dilma no Parlamento. Esse alinhamento político-ideológico à direita entre Executivo e Legislativo é um perigo para a democracia.

Confira o posicionamento de Jean Wyllis, na CartaCapital

“Nós desaconselhamos o voto em Aécio Neves”, diz Luciana Genro

Em coletiva realizada em São Paulo na tarde desta quarta-feira (8), a ex-candidata à presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, declarou que seu partido não apoiará nenhuma candidatura. Como justificativa, Genro disse que a chapa de Aécio Neves (PSDB) representa o “retrocesso” e que Dilma Rousseff (PT) é um “continuísmo conservador”.
Especificamente sobre o voto, a ex-deputada federal explicou que, embora não faça aliança com ninguém para o segundo turno, o PSOL libera seus filiados e militantes “para livremente escolherem em que votar”. No entanto, refutou o voto no candidato tucano. “Nós desaconselhamos o voto em Aécio Neves”, frisou.

Leia mais na Revista Fórum (via Jornal GGN).

Por que malafaias e bolsonaros estão com Aécio Neves

Aécio Neves recebeu o apoio da hidrofobia ostensiva de Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. Previsível?
(...)
Não é à toa que os dois tenham se aliado ao que Aécio Neves representa. Não é à toa que se juntem às hostes de cidadãos que não enxergam nada demais em sugerir que se jogue uma bomba atômica no Nordeste.
Não é apenas um projeto conservador de país o dos malafaias e bolsonaros. É um chamado para que qualquer avanço na sociedade seja atirado no esgoto. São autoritários que, cinicamente, estimulam o desprezo e a violência numa “ditadura comunista” enquanto falam o que lhes dá na telha.
Aécio ganha um reforço de medo e ressentimento que vai lhe servir de combustível no segundo turno. Eles vão continuar pregando o terror porque pessoas com pavor não pensam com clareza.
Essa é a plataforma que Aécio está herdando. A histeria como patrimônio.