Agora você encontra ao lado enlaces que se atualizam automaticamente (feeds) para postagens dos membros de l'armata Blogoleone nos seus blogs particulares. Espero não ter esquecido ninguém.
Ordenei os enlaces para os blogs em ordem alfabética, o que dá destaque para os blogs começando com A, B etc. Para compensar a desvantagem dos outros fiz com que fossem apresentadas mais enlaces para postagens desses do que dos primeiros.
Mais abaixo você encontra outra novidade, enlaces para as palavras-chave utilizadas nas postagens do blog. É para facilitar a busca. Espero que facilite.
sábado, 7 de outubro de 2006
Fantasia libertista
"[...] do grande problema que a fantasia liberal não responde: a exclusão e sua filha, a barbárie.
-- Marco Weissheimer, Bolsa Família, p. 65
Pena de morte e matança de pobres
A idireita, a ala da direita movida pela pulsão de morte, não por razões de ordem conservadora, e freqüentadora principalmente do PP, propõe a pena de morte como solução para nossos problemas sociais. Eis uma ótima questão moral para tais pessoas:
Se não por outra razão, pode-se argumentar com esses sentimentos e posições a favor da pena de morte e do extermínio, do ponto de vista de sua eficácia. Seus defensores pregam tais práticas como solução para o problema da criminalidade. Mas estariam dispostos a assumir as conseqüências de tais posições? Estariam dispostos a apoiar a matança generalizada de todos os criminosos e presidiários do país? Em que isso resultaria mesmo para a sociedade? A defesa dessas teses equivale a declarar uma guerra contra milhares de pessoas, a esmagadora maioria delas oriunda dos estratos mais pobres da população.
-- Marco Weissheimer, Bolsa Família, p. 17
quinta-feira, 5 de outubro de 2006
O muro
Poucos dias após a aprovação do Senado norte-americano da lei que autoriza práticas de tortura de prisioneiros e "terroristas", o presidente Bush institui mais uma medida em nome da segurança nacional. Acaba de ser autorizada a construção do muro de 1.200km para separar os EUA do vizinho México. Estima-se o valor da obra em até 8 bilhões de dólares.
Prática semelhante é empregada por Israel nos territórios palestinos. Carlos Latuff retrata bem o sentimento de um povo feito prisioneiro em sua própria terra. Os Estados Unidos da América estão prestes a reproduzir tal símbolo de segregação a um preço absurdo que poderia ser revertido em políticas que tratassem dos movimentos populacionais de maneira adequada, se outros (obscuros) interesses não permeassem a questão. Ignacio Ramonet aponta o campo "ecológico e social" como um dos três "tabuleiros de xadrez sobre os quais se joga o nosso futuro". Segundo ele, existe a "necessidade de novas regras internacionais (para lutar contra a injustiça da ordem mundial que alimenta as tensões internacionais, para gerenciar as migrações (...). E também o destino das populações da Terra (África, pandemias, miséria, desigualdades quanto ao acesso à Internet, grandes aglomerações, fome, educação, trabalho, catástrofes naturais), onde predominam pobreza, desordens, perigos e caos."
Ignorando a advertência de Ramonet, a decisão tomada foi pela construção de um dique com mais de mil quilômetros de puro concreto, equipado com radares ultra-modernos e câmaras infravermelhas, que certamente não conterá um oceano de problemas das mais variadas origens. A água vai começar a acumular, e quando este dique romper, mais uma vez, os Estados Unidos enfrentarão um problema ainda maior - por eles mesmos criado e alimentado.
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Alckmin o direitista
Alckmin se diz à esquerda de Lula. Tá certo que Lula é um moderado, mas, para estar à esquerda de Lula, Alckmin precisaria:
- Ter tido alguma sensibilidade para com os menores da Febem paulista
- Ter se pronunciado contra a soldagem de celas de presos em cadeias paulistas
- Ter se pronunciado a favor dos quilombolas do litoral paulista ameaçados pela especulação imobiliária
- Não ser preconceituoso a ponto de tratar esquerdistas como criminosos e trabalhadores no poder como indecência
- Ter sido solidário com os funcionários do seu governo que foram assassinados por criminosos a serviço do PCC
Ser de esquerda é reconhecer politicamente aqueles que estão à margem da política. Menores pobres, encarcerados, quilombolas, gente com idéias como as minhas, funcionários públicos estão, nos casos acima, nas margens de um processo no qual Alckmin e seu grupo esteve ao centro. Em todos os casos acima aqueles à margem ou foram invisíveis para ele ou foram desprezados.
Esquerdista? Certamente não. O mínimo a dizer é que ele é um direitista. Talvez um direitista com caídas idireitistas. Mas espero que não.
- Ter tido alguma sensibilidade para com os menores da Febem paulista
- Ter se pronunciado contra a soldagem de celas de presos em cadeias paulistas
- Ter se pronunciado a favor dos quilombolas do litoral paulista ameaçados pela especulação imobiliária
- Não ser preconceituoso a ponto de tratar esquerdistas como criminosos e trabalhadores no poder como indecência
- Ter sido solidário com os funcionários do seu governo que foram assassinados por criminosos a serviço do PCC
Ser de esquerda é reconhecer politicamente aqueles que estão à margem da política. Menores pobres, encarcerados, quilombolas, gente com idéias como as minhas, funcionários públicos estão, nos casos acima, nas margens de um processo no qual Alckmin e seu grupo esteve ao centro. Em todos os casos acima aqueles à margem ou foram invisíveis para ele ou foram desprezados.
Esquerdista? Certamente não. O mínimo a dizer é que ele é um direitista. Talvez um direitista com caídas idireitistas. Mas espero que não.
Alckmin presidente venderia a Petrobrás pelo valor do lucro trimestral da empresa?
Muito provavelmente. Foi o que o PSDB de FHC fez com a Vale do Rio Doce.
terça-feira, 3 de outubro de 2006
Serra: "Finge que funciona"
A divertida notícia de um fato lamentável saiu no jornal Agora, de São Paulo, em 20 de janeiro de 2006. Encontrei no Orkut. Publiquei no Animot em janeiro de 2006.
A historinha da foto é a seguinte. José Serra, como todos nós sabemos um branco-rico-decente, foi inaugurar um posto de saúde. Quis fazer uma operação fotográfica na qual aparecia tendo sua pressão medida. Sabe como é, para mostrar como é um prefeito que faz coisas que funcionam. Mas o aparelho escolhido para a photo-op não funcionava, e ele esqueceu de avisar à profissional da saúde que era tudo mero fingimento para as câmeras. Ela tenta usar o aparelho, o mesmo não funciona. E daí ela ouve aquilo que diria um sujeito decente numa situação dessas: "Finge que funciona".
Mais uma lição de como se faz política sem tramóias, certo?
A historinha da foto é a seguinte. José Serra, como todos nós sabemos um branco-rico-decente, foi inaugurar um posto de saúde. Quis fazer uma operação fotográfica na qual aparecia tendo sua pressão medida. Sabe como é, para mostrar como é um prefeito que faz coisas que funcionam. Mas o aparelho escolhido para a photo-op não funcionava, e ele esqueceu de avisar à profissional da saúde que era tudo mero fingimento para as câmeras. Ela tenta usar o aparelho, o mesmo não funciona. E daí ela ouve aquilo que diria um sujeito decente numa situação dessas: "Finge que funciona".
Mais uma lição de como se faz política sem tramóias, certo?
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
L.C. Azenha responde ao preconceito do Estadão
Em outro comentário publicado neste site, afirmei que nossos comentaristas estavam defasados em relação às mudanças que aconteceram no Brasil.Sobre o preconceito do Estadão ver a postagem Elite Branca Apela Para O Racismo - E Só Comprova Que É Racista.
Para desqüalificar uma eventual eleição de Lula em primeiro turno, eles já ensaiavam um coro: a velha história de que o Brasil atrasado, dos grotões, daria outro mandato ao presidente.
Quando eles falam em Brasil atrasado querem dizer, sem dizer, que os paraíbas nunca aprendem.
Em meu comentário, eu dizia que graças à ascensão social da classe C, resultado de doze anos de políticas públicas de transferência de renda e de avanços significativos obtidos durante o governo Lula, os coronéis locais estavam tendo seu poder qüestionado nas franjas.
É importante notar que este poder foi mantido, essencialmente, através de concessões de rádio e tevê obtidas em troca de favores durante os mandatos de José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.
O resultado mais interessante da eleição, até agora, foi sem dúvida a vitória do petista Jacques Wagner para governador da Bahia.
A oligarquia perdeu seu coronel mais simbólico, Antônio Carlos Magalhães.
Roseana Sarney, senhora de engenho do Maranhão, vai ter de enfrentar um inesperado segundo turno.
José Sarney, concorrendo ao Senado pela capitania do Amapá, suou sangue para derrotar uma ex-policial.
São, pois, ótimas notícias, muito mais relevantes do que a eleição de Maluf - aliás, eleito no colégio eleitoral supostamente mais bem informado e sofisticado do Brasil: São Paulo.
-- Vi o Mundo
O papa especialista em ocultar delitos
Notícia no Sapo:
Comentário do Marcelo, no Boa Noite Pro Porco:
Um documento secreto do Vaticano, elaborado pelo então cardeal Joseph Ratzinger, o actual Papa, terá sido utilizado durante 20 anos para instruir os bispos católicos sobre a melhor forma de ocultar e evitar acusações judiciais em caso de crimes sexuais contra crianças.Ao eleger como papa um indivíduo que ensina a ocultar crimes contra fiéis sob a ameaça de excomunhão dos mesmos a tal igreja católica consegue se mostrar muito mais podre do que poderíamos imaginar.
Segundo a BBC, que ontem divulgou a existência desta cartilha num programa televisivo intitulado Crimes sexuais e o Vaticano, o documento de 39 páginas, escrito em latim em 1962 e distribuído pelos bispos católicos de todo o mundo, impõe um pacto de silêncio entre a vítima menor, o padre que é acusado do crime e quaisquer testemunhas ou pessoas a par do ocorrido. Quem quebrasse esse pacto seria excomungado pela Igreja Católica.
Comentário do Marcelo, no Boa Noite Pro Porco:
Por vezes até torço para Deus existir. Na hora do acerto de contas ele mostraria o quão longe dele estão aqueles que se julgam os mais próximos.
Rigotto e o Destino
A grande e indiscutível vencedora do primeiro turno das eleições para governador no RS é Yeda Crusius. É de se esperar que ela finalmente se retrate das observações racistas sobre Alceu Collares e deixe claro sua postura pessoal e política ante as diversas etnias que compõem o RS. E também que ela explique os planos do seu candidato a vice-governador para a educação, os quais - não está claro - parecem incluir o fechamento de escolas estaduais de ensino secundário.
O grande perdedor é o governador Germano Rigotto. E sua postura não está à altura do acontecimento, pois é ressentida, culpa o Destino.
Diz ele que fatos além do seu poder o impediram de governar bem. Trocando em miúdos, o acaso governou, ele nada pôde fazer.
É o mais lamentável discurso que um administrador pode apresentar. Se quem manda é o Destino nós precisamos de sorte, não de governador em um estado da federação. Mas, obviamente, quem manda no sentido relevante não é o acaso, e o que esperamos de um governador é que ele decida e atue de acordo com os fatos que a ele se apresentam ao invés de lamentar a carência de outros fatos mais bonitinhos.
O irônico nessa história é que Rigotto teria se comportado melhor se houvesse lido "Hegel e o Destino", um brilhante artigo acadêmico sobre ética escrito por João Carlos Brum Torres, seu secretário de Coordenação e Planejamento. A postura chorosa de Rigotto é uma exemplificação bem apropriada daquilo que Brum Torres retrata no seu artigo como ressentimento frente ao Destino.
Ironia da ironia, Rigotto se lamenta pelas más colheitas destinadas pelo acaso ao mesmo tempo em que contou, o tempo todo, com incríveis potenciais não explorados porque desconhecidos. Potenciais intelectuais como aqueles do seu secretário, potenciais econômicos como aqueles de um estado trabalhador como o RS.
Até o momento, e talvez por acaso, o RS ganha ao deixar de lado alguém que não está à altura dos acontecimentos. Ó Destino!
O grande perdedor é o governador Germano Rigotto. E sua postura não está à altura do acontecimento, pois é ressentida, culpa o Destino.
Diz ele que fatos além do seu poder o impediram de governar bem. Trocando em miúdos, o acaso governou, ele nada pôde fazer.
É o mais lamentável discurso que um administrador pode apresentar. Se quem manda é o Destino nós precisamos de sorte, não de governador em um estado da federação. Mas, obviamente, quem manda no sentido relevante não é o acaso, e o que esperamos de um governador é que ele decida e atue de acordo com os fatos que a ele se apresentam ao invés de lamentar a carência de outros fatos mais bonitinhos.
O irônico nessa história é que Rigotto teria se comportado melhor se houvesse lido "Hegel e o Destino", um brilhante artigo acadêmico sobre ética escrito por João Carlos Brum Torres, seu secretário de Coordenação e Planejamento. A postura chorosa de Rigotto é uma exemplificação bem apropriada daquilo que Brum Torres retrata no seu artigo como ressentimento frente ao Destino.
Ironia da ironia, Rigotto se lamenta pelas más colheitas destinadas pelo acaso ao mesmo tempo em que contou, o tempo todo, com incríveis potenciais não explorados porque desconhecidos. Potenciais intelectuais como aqueles do seu secretário, potenciais econômicos como aqueles de um estado trabalhador como o RS.
Até o momento, e talvez por acaso, o RS ganha ao deixar de lado alguém que não está à altura dos acontecimentos. Ó Destino!
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