sábado, 18 de abril de 2015

AJUDANDO QUEM?




Diante do caráter seletivo das investigações sobre corrupção no país, é difícil compreender a postura de parcelas do PT diante dos acusados da Lava Jato

Por Paulo Moreira Leite*

Há algo de muito estranho na postura de uma parcela de petistas diante da prisão do tesoureiro do PT João Vaccari Neto. No pior momento da história do Partido dos Trabalhadores, quando a legenda parece estar sendo conduzida calculadamente até a beira do abismo pela ofensiva do juiz Sérgio Moro, eles preferem tomar distância dos acusados, exigem que entreguem seus cargos no partido e só reapareçam depois que não houver um fiapo de dúvida a respeito de sua conduta. (...)
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Ato contra PL da terceirização balança Câmara, que adia votações

Na noite desta quarta-feira (22), o balanço foi de milhares de trabalhadores que foram às ruas de todo o país, desde o início do dia, contra a aprovação do Projeto de Lei que prevê o aumento da terceirização. Convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), outras sindicais, movimentos, associações e partidos apoiaram e levaram os manifestantes à ocupar as ruas em ao menos 21 estados brasileiros. Ainda que sem impacto simbólico em repercussão midiática, o barulho chegou ao Congresso e a Câmara dos Deputados adiou em uma semana a discussão das emendas.
 
A CUT chegou a pedir que todos os trabalhadores deixassem seus postos no dia de ontem para aumentar a paralisação. “Para que continuemos a ter dignidade nos nosso trabalhos e não permitir que eles tirem nosso direitos”, conclamou o presidente da Central, Vagner Freitas.
 
No estado de São Paulo, diversas fábricas foram paralisadas. Embraer, General Motors, Honda, Toyota, Mercedez-Bens, Volks tiveram suas atividades interrrompidas pela manhã. 
 
Operários metalúrgicos, petroleiros, bancários, funcionalismo público, estudantes, e movimentos sociais e populares, reuniram-se também na avenida Paulista, em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 


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sexta-feira, 17 de abril de 2015

O que dizem terceirizados sobre a terceirização? Fomos ouvi-los

O melhor método de formar uma opinião sobre as terceirizações é conversar com funcionários terceirizados.
Fiz isso na unidade em que eu trabalho na UFRJ.
Num universo de cinqüenta funcionários terceirizados, vários deles estão na terceira, quarta, quinta ou sexta empresa. As anteriores decretaram falência, perderam contratos e os demitiram ou simplesmente, um belo dia, desapareceram.
Uma funcionária que prefere não se identificar com medo de represálias, mas trabalha há mais de 20 anos como terceirizada no setor de limpeza e já passou por seis empresas, relata situações absurdas e de muito sofrimento.
A mais forte talvez seja a da empresa Vidal Brasil, na qual trabalhou por um ano e oito meses, os três últimos sem receber. Entrou na Justiça, venceu a causa, mas nunca recebeu nada.
Sim, os escritórios da empresa sumiram, os donos estão foragidos e os terceirizados ficam então sem receber, à espera de uma Justiça que nunca chega para os pobres. Ou quando chega é para prendê-los, por não terem suportado mais.

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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Vaccari preso e Perrela solto

Digito Vaccari, no Twitter, e dou no jornalista da Globo Jorge Bastos Moreno.
Num espaço de 140 caracteres, que é de um tuíte, Moreno julgou e condenou em rito sumário Vaccari.
E ainda se dispôs a dar uma advertência tonitruante aos petistas. “Quem, no PT, defender o agora réu e presidiário Vaccari merece o desrespeito, a indignação e a infâmia de toda a sociedade!”, escreveu Moreno.
Um detalhe que me chama a atenção é o ponto de exclamação, um recurso típico de redatores com escasso domínio da prosa.
A primeira tentação é dizer: “Calma, Moreno. Você anda lendo muito o Globo. Vai dar tudo certo.”
Mas meu ponto não é este.
No arroubo de Moreno vejo uma característica que nos últimos anos, por uma ação conjunta da Justiça e da imprensa, lamentavelmente parece ter-se incorporado aos brasileiros.
Passou a ser normal você, como Moreno, condenar sem julgamento e sem provas. Essa anomalia, se já existia antes, se manifestou com intensidade no Mensalão — e, agora, é parte do jogo no chamado Petrolão.
O ímpeto condenatório é seletivo, isso precisa ser notado. Vale, especificamente, contra o PT.

Terceirização e política

No último dia 8, a Câmara dos Deputados aprovou o texto base do Projeto de Lei 4.330, que regulamenta a contratação de trabalho terceirizado para empresas privadas e o serviço público. Os destaques estão sendo votados no dia de hoje, momento em que escrevo esse artigo. O projeto é uma imensa derrota para os trabalhadores brasileiros, pois ao permitir a contratação de mão de obra terceirizada para o exercício de atividades fim, certamente contará com a adesão rápida de um sem número de empresas, inclusive de órgãos públicos. Essa modalidade de serviço é atrativa ao capitalista ou administrador, porque é mais barata. Mas esse é um barato que sai caro para os trabalhadores e para o país. Os sindicatos serão praticamente impossibilitados de usar a greve e sua ameaça como barganha, pois trabalhadores em greve podem ser facilmente trocados, sem maiores consequências para a empresa contratante. Acordos coletivos vão também desaparecer. A facilidade de demissão, a falta de planos de carreira nas empresas provedoras de trabalho de aluguel e de garantia de direitos trabalhistas são outros elementos que, somados ao enfraquecimento dos sindicatos, vai produzir acentuada queda dos níveis salariais.
Entusiastas da medida, entre eles o "Jornal Folha de S. Paulo", propalam a mitologia de que a liberalização e desregulação vão expandir o emprego. O provável é que ocorra o contrário. (...)

Leia mais no SRZD, via Jornal GGN

terça-feira, 14 de abril de 2015

Editor-executivo da Folha culpa momento econômico por demissões

Assim como ocorrido em 2013, o editor-executivo da Folha de S. Paulo, Sérgio Dávila, voltou a relacionar o momento econômico brasileiro e a consequente queda de anúncios publicitários às recentes demissões de profissionais da redação do diário. Em carta direcionada aos jornalistas na tarde de segunda-feira, 13, o gestor afirmou que a redução no quadro de funcionários faz parte “ajustes em sua equipe”.
“A redução é efeito da crise econômica que afeta o país e atinge a publicidade”, escreveu o editor-executivo ao se dirigir aos colaboradores. Com outras palavras, a afirmação vai ao encontro do episódio de junho de 2013, quando outra série de demissões atingiu a redação. “O fraco desempenho da economia e seu reflexo na publicidade dos jornais obrigaram a Folha a fazer ajustes pontuais em suas despesas, com corte de vagas de trabalho”, afirmou Dávila dois anos atrás.

Confira no Comunique-se.

A operação Datafolha

O noticiário de terça-feira (14/4) ainda faz o rescaldo das manifestações realizadas no domingo anterior, e os principais diários de circulação nacional tentam compor um quadro no qual a cena central é o movimento da própria imprensa em favor do impeachment da presidente da República.
O conteúdo das reportagens sobre a crise política, editoriais, artigos e até algumas notas daquelas colunas de inconfidências e fofocas convergem para uma ideia estapafúrdia: justificar um pedido de interrupção do mandato da presidente com base numa pesquisa Datafolha. A lógica dessa manobra depõe não apenas contra a honestidade intelectual dos autores da ideia e dos editores que a abrigam, mas chega a lançar uma sombra de dúvida sobre a sanidade das mentes que conduzem as decisões editoriais da mídia tradicional.
Trata-se do seguinte: se o Datafolha registra que 63% dos consultados são a favor de um processo de impeachment, então há uma maioria de brasileiros que querem reverter o resultado das eleições. Observe-se que não se está falando apenas da lógica falaciosa que se tornou parte central do discurso jornalístico no Brasil. Diferente do paralogismo – que, segundo filósofos e estudiosos da linguística, não é produzido de má-fé, com intenção de enganar, mas nasce da ignorância de quem o produz –, o que estamos observando é a utilização de sofismas maliciosos como suporte para uma proposta moralmente indefensável.

Perto do fim da escravidão, 60% dos negros trazidos ao país eram crianças

Brasil e Portugal estão no topo de um ranking que não traz nenhum motivo de orgulho: os dois países são os maiores protagonistas do site Slave Voyages (em inglês, viagens escravas), onde estão catalogadas 29 mil travessias transatlânticas, que carregaram 9 milhões de escravos. No total, barcos com bandeira de Portugal/ Brasil chegaram a transportar 5,8 milhões de escravos. Em segundo lugar no número de escravos comercializados para a América, está o Reino Unido, com 3,3 milhões de escravos, especialmente com destino à Jamaica.


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Conheça cinco livros essenciais para entender a obra do escritor Eduardo Galeano


Do microcosmo, Eduardo Galeano, que morreu nesta segunda-feira (13/04), pretendia alcançar toda a humanidade. Com os pequenos fatos cotidianos, recriar a história oficial, contada para que os pequenos, os pobres, as mulheres, os negros, os indígenas não tivessem voz. Trabalhou toda a vida para inverter a perversa ordem.

De "As Veias Abertas da América Latina", obra histórica visceral, símbolo da esquerda latino-americana, Galeano passou ao relato poético e breve, mas não menos essenciais. Classificar suas obras nas categorias existentes é uma difícil e às vezes impossível missão já que mistura poesia, história, análise, relatos.

Confira no Opera Mundi

Escritor Eduardo Galeano morre no Uruguai



jornal El País, do Uruguai, noticiou na manhã desta segunda-feira a morte do escritor Eduardo Galeano, aos 74 anos. Segundo o periódico, Galeano faleceu na sua cidade natal, Montevidéu. A informação do falecimento foi confirmada pelo ensaísta e tradutor Eric Nepomuceno, cujo irmão é casado com a filha do uruguaio.

De acordo com o jornal, Galeano estava internado no hospital del Casmu há vários dias e seu estado de saúde era considerado grave. No dia 1º de março, ele recebeu o presidente da Bolívia Evo Morales em sua casa, mas para atender a visita teve que fazer um grande esforço já que não estava bem de saúde. 

(...)

Autor de obras referenciais, como "As Veias Abertas da América Latina' (1971) e "Memória de Fogo" (1982-86), Galeano gostava de transcender gêneros ortodoxos, combinando narrativa documental, jornalismo, análise histórica e política. O que os une é sua obsessão pela memória, "sobretudo a dos condenados ao esquecimento".


Confira no Correio do Povo.

domingo, 12 de abril de 2015

Repórter fotográfico do Extra é ameaçado após registrar PMs com touca ninja

O repórter fotógrafo Fabiano Rocha, do Extra, foi ameaçado e ofendido em grupos do Facebook e WhatsApp após ter registrado um policial militar do Batalhão de Operações Especiais (Bope) usando uma touca ninja em ação no Complexo do Alemão. O uso de máscaras é proibido pela Secretaria de Segurança e a foto foi publicada na capa da edição dessa terça-feira, 7, do jornal carioca.


Confira no Comunique-se.

Polícia do Paraná constrange jornalistas a revelarem suas fontes

A Polícia do Paraná está, há dois anos, tentando identificar as fontes de pelo menos cinco jornalistas que cobrem segurança pública no Estado. Os profissionais têm sido chamados desde 2013 para prestar depoimentos, como testemunhas, em diversos inquéritos e procedimentos. O interesse dos investigadores, no entanto, não é apurar os malfeitos apontados pelos repórteres dentro da corporação, mas tentar identificar a fonte das informações publicadas nas reportagens.


Leia mais no Comunique-se