Um espectro não ronda a política brasileira: o espectro do comparecimento de Aécio Neves ao trabalho.
O senador mineiro prometeu, terminada a eleição, fazer uma “oposição incansável, inquebrantável e intransigente” ao governo.
Da tribuna, fez um discurso empolgado, com apartes ridículos de sicofantas como o colega Magno Malta.
“Ainda que por uma pequena margem, o desejo da maioria dos brasileiros foi que nos mantivéssemos na oposição, e é isso que faremos. Vamos fiscalizar, cobrar, denunciar”, disse. “Nosso projeto para o Brasil continua mais vivo do que nunca”. Falou por 30 minutos para um plenário e galerias lotados.
Passados vinte dias, Aécio virtualmente desapareceu. Não foi ao Senado nem na semana em que estourou a Operação Lava Jato para tirar sua casquinha do episódio.
No registro de presença, ele deu WO em seis das onze sessões. A desculpa de sua assessoria de imprensa é de que tirou uns dias para descansar depois da campanha. Ele já havia feito a mesma coisa logo após o pleito.
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