sábado, 22 de novembro de 2014

O Senado procura Aécio Neves, o homem que propôs uma oposição “incansável”

Um espectro não ronda a política brasileira: o espectro do comparecimento de Aécio Neves ao trabalho.
O senador mineiro prometeu, terminada a eleição, fazer uma “oposição incansável, inquebrantável e intransigente” ao governo.
Da tribuna, fez um discurso empolgado, com apartes ridículos de sicofantas como o colega Magno Malta.
“Ainda que por uma pequena margem, o desejo da maioria dos brasileiros foi que nos mantivéssemos na oposição, e é isso que faremos. Vamos fiscalizar, cobrar, denunciar”, disse. “Nosso projeto para o Brasil continua mais vivo do que nunca”. Falou por 30 minutos para um plenário e galerias lotados.
Passados vinte dias, Aécio virtualmente desapareceu. Não foi ao Senado nem na semana em que estourou a Operação Lava Jato para tirar sua casquinha do episódio.
No registro de presença, ele deu WO em seis das onze sessões. A desculpa de sua assessoria de imprensa é de que tirou uns dias para descansar depois da campanha. Ele já havia feito a mesma coisa logo após o pleito.

Quem são os bandidos que batem em jornalistas e pedem o impeachment de Dilma

Acostumados a se esgueirar pela noite, sempre em bandos, em busca de homossexuais e negrosandando desacompanhados (para cobrir de porradas, quem sabe matar), predadores neonazistasagora deram para exibir sua truculência à luz do dia.
Como participantes das manifestações que a direita paulistana vem promovendo para disseminar seus ideais golpistas, esses órfãos de Hitler parecem ter encontrado uma turma disposta a acolhê-los e legitimá-los, como se fossem apenas mais alguns entre os opositores do governo da presidente Dilma Rousseff, do PT, recém-eleita.
Seria apenas uma moçada jovem, careca e muitas vezes musculosa exercendo o sagrado direito democrático de manifestação e expressão.
Só que não.
Nas redes sociais, essa gente reúne-se em comunidades com nomes carregados de simbolismos de violência explícita, como Carecas do ABCCCC (uma homenagem ao velho Comando de Caça aos Comunistas, organização paramilitar de direita que teve seu apogeu nos anos 1970), Frente Integralista Brasileira (uma contrafação de organização nazista), Confronto 72 (anti-semita e skinhead), além do Combate RAC (Rock Contra o Comunismo) e do Front 88 (a oitava letra do alfabeto é o H; HH dá “Heil, Hitler”, a saudação dos nazistas).
Trata-se de grupos que cultivam o ódio como definição existencial, como se viu no ato públicorealizado no sábado (15/11) pelo impeachment de Dilma.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

GILMAR ATACA DE NOVO: MENSALÃO É CAUSA PEQUENA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), antecipou sua posição sobre o chamado escândalo do "petrolão", em mais uma declaração ácida, nesta quinta-feira. “No caso do mensalão, falávamos que estávamos julgando o maior caso de corrupção investigado e identificado. Agora, a Ação Penal 470 teria que ser julgada em juizado de pequenas causas pelo volume que está sendo revelado nesta questão”, afirmou.
A declaração de Gilmar é especialmente relevante porque ele, até segunda ordem, será o responsável por avaliar as contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, na corrida presidencial de 2014. 

Leia mais no Brasil 247.

Gilmar dá mais um passo em direção ao terceiro turno

Ontem, o Ministro Gilmar Mendes convocou técnicos do Tribunal de Contas da União, da Receita Federal e do Banco Central para se debruçarem na análise das contas de Dilma Rousseff.
As investigações serão tanto das contas do comitê de campanha, como da própria candidata Dilma Rousseff, segundo informações do blogueiro Fernando Rodrigues. Há uma montanha de documentos para serem analisados.
A análise das duas prestações de conta foi remanejada para Gilmar pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Antônio Dias Toffoli, mediante um conjunto de estratagemas.
(...)
Gilmar jamais se comportou com isenção em temas relacionados com seus aliados (do PSDB a Demóstenes Torres e José Roberto Arruda), aos quais protege, e com os adversários, que recebem sistematicamente votos contrários.

Conifra no Jornal GGN

O cavalo de Toffoli do terceiro turno

A nova frente de batalha, agora, é o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e a maior ameaça é o presidente Ministro Antonio Dias Toffoli. Ele está no centro da operação para derrubar Dilma.
 
Nos últimos tempos, vários sinais indicaram que  se alinhou a Gilmar Mendes.
 
O gatilho teria sido a animosidade dele com Dilma. Nas reuniões palacianas, Dilma ainda na Casa Civil levantou a voz com ele e a reunião terminou em bate-boca dos bravos.
 
A má vontade de Toffoli aumentou com a não atenção do Palácio às suas demandas. 
 
Mas foi apenas um álibi para Toffoli desembarcar da canoa petista e aderir aos seus novos aliados. Hoje em dia, come na mão de Gilmar.
 
Recentemente surpreendeu o TSE com uma defesa do regime militar e um lobby escancarado em favor de Paulo Maluf, com a alegação de que Maluf foi importante para a abertura política. Passou a defender a PEC da bengala - pela qual os Ministros do Supremo só poderão se aposentar aos 75 anos. A PEC foi imaginada unicamente para tirar de Dilma o poder de indicar a maioria do STF nos próximos anos.


Confira no Blog do Luís Nassif

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Nepotismo e número excessivo de políticos

Desde os gregos que a comparação é um exercício de civilização.
Estou em Paris como professor visitante na Sorbonne.
Atualizo comparações.
O cego ideológico só vê a corrupção do adversário.
O deslumbrado idealiza o estrangeiro.
Toda a corrupção deve ser denunciada.
O sistema em que se insere deve ser explicitado.
Muita gente acha que tem senador demais no Brasil.
São 81 senadores e 513 deputados numa população de 200 milhões de habitantes.
A França tem pouco mais de 65 milhões de habitantes e 348 senadores e 577 deputados.

Corrupção e jogo sujo por baixo dos panos

Corrupção, corrupção, corrupção.
Depois do escândalo chamado Bigmalyon, vulgo financiamento ilícito da campanha de Nicolas Sarkozy, o ex-primeiro ministro Françøis Fillon, do partido de Sarkozy, com quem disputa a presidência da UMP e direito de ser candidato a chefe da nação, em 2017, teve uma conversa com um assessor do inimigo, François Hollande, para pedir que a justiça seja mais severa com seu antigo chefe. Entenderam? Fillon pede a Hollande para ferrar Sarkzoy. Pode isso, Arnaldo?
Que deu na direita francesa? Quer todos os escândalos para ela?
A situação é grave. Nunca se viu tanta corrupção. O novo caso envolve um empresário de primeira grandeza, senador e dono de um importante jornalão de direita, dinheiro para compra de votos (em torno R$ 150 milhões), um contador fiel e capaz de levar e trazer dinheiro de contas no exterior, especialmente na Suíça e no Liechtenstein, um transportador da bufunfa, apelidado de “carregador de malas”, e uma operação complexa envolvendo sacos de dinheiro depositados no canto de um escritório situado na mais charmosa e dinâmica avenida do país.


Morre aristocrata com maior número de títulos no mundo

A espanhola María del Rosario Cayetana Fitz-James Stuart y Silva, a duquesa de Alba, aristocrata com maior número de títulos no mundo, conhecida por sua vida social e suas excentricidades, morreu nesta quinta-feira aos 88 anos, informou um porta-voz da família. "Ela faleceu esta manhã", afirmou um porta-voz do Palácio de Dueñas, residência da duquesa em Sevilha, a cidade andaluza onde vivia e onde foi hospitalizada no domingo por pneumonia.


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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Armado por Toffoli e Gilmar, já está em curso o golpe sem impeachment

O processo de impeachment exige aprovação de 2/3 do COngresso. Já a rejeição das contas impede a diplomação. A decisão fica com o Judiciário. Este é o golpe paraguaio.
Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.
As etapas do golpe são as seguintes:


terça-feira, 18 de novembro de 2014

PSDB TEM NOVO NOME NA JUSTIÇA: "MAIS ALGUNS"

Ao reportar o depoimento de Ildefonso Filho, presidente da empreiteira Queiroz Galvão, à Justiça Federal, o jornal Estado de S. Paulo informa que a construtora fez doações ao PT, PMDB, PP e "mais alguns"; embora exista certo interesse em confinar o escândalo aos partidos da base aliada, Ildefonso Filho foi quem negociou o pagamento de US$ 10 milhões ao ex-presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, para que uma CPI sobre a Petrobras fosse colocada em fogo brando; então, fica combinado: PSDB, a partir de agora, se chama "mais alguns"; detalhe: o empreiteiro não foi questionado sobre o pagamento a Sergio Guerra.


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A receita de Eduardo Cunha para virar heroi da mídia

Eduardo Cunha, candidato à presidência da Câmara, descobriu uma coisa aos 56 anos: basta ser contra o governo para virar um herói da mídia.
Cunha concede entrevistas, nestes últimos tempos, como se fosse um supercraque da Champions League.
Ele é um personagem ubíquo em jornais, revistas e sites das grandes empresas jornalísticas.
Bater em Dilma e no governo opera um milagre da transformação em seu perfil como personagem da mídia.
Cunha agora aparece dando sermões sobre corrupção – ele que no A a Z da malandragem preenche virtualmente todas as letras.
É que ele passou a ser amigo da imprensa.

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Teste de virgindade é critério de admissão na polícia da Indonésia

A organização humanitária Human Rights Watch (HRW) exigiu, nesta terça-feira, que a polícia da Indonésia suspenda os testes de virgindade aplicados às candidatas a agentes - uma prática considerada discriminatória. As mulheres que desejam ser policiais no maior país muçulmano do mundo devem ser solteiras e virgens, segundo a HRW. Os testes de virgindade continuam sendo praticados na Indonésia, embora as autoridades policiais neguem a prática. 


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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

ESTADO É PRIMEIRO GRUPO DE MÍDIA A PROPOR GOLPE

Jornal Estado de S. Paulo, da família Mesquita, pede, em editorial, que a presidente Dilma Rousseff seja enquadrada pelo Congresso Nacional por crime de responsabilidade e cassada num processo de impeachment; "Dilma Rousseff de tudo participou como ministra de Minas e Energia e da Casa Civil e, depois, como presidente da República"; um dos herdeiros do grupo, Fernão Lara Mesquita, recentemente foi às ruas com um cartaz onde se lia "Foda-se a Venezuela"; no sábado, em nota, o PSDB sugeriu punição à presidente Dilma; começa a campanha pela derrubada de uma presidente reeleita há menos de um mês no Brasil.


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Paulo Francis não morreu

Entre as muitas páginas publicadas desde sábado (15), apenas a Folha de S. Paulo dá espaço para os dois pontos que irão definir o alcance da ação policial. Num deles, o colunista Luiz Fernando Viana (ver aqui) critica a omissão da imprensa em buscar as origens do esquema de corrupção que envolve gestores públicos e fornecedores de produtos e serviços ao Estado. O jornalista questiona: “Por que passamos a achar que nos cabe apenas noticiar os acontecimentos mais recentes, sonegando ao leitor informações que ampliariam sua capacidade de discernimento?”
No outro exemplo, o articulista Ricardo Melo observa (ver aqui), muito a propósito, que, em 1997, o jornalista Paulo Francis afirmou, em comentário no programa Manhattan Connection, que havia um esquema de roubalheira na Petrobras. O então presidente da empresa, Joel Rennó, em vez de tomar alguma providência, abriu um processo de US$ 100 milhões contra Francis, lembra o articulista da Folha.
(...)
Portanto, está definido o ponto mínimo de movimentação da imprensa diante do escândalo, sem o qual o noticiário deixa de merecer credibilidade: quais eram os fatos a que se referia o polêmico comentarista.
O jornalista Franz Paul Heilborn, que assinava sua coluna nos jornais e se apresentava na TV como Paulo Francis, morreu menos de um mês depois de ser informado por seus advogados de que não tinha como se defender no processo movido pela Petrobras na corte de Nova York. Como havia acusado sem provas, baseado em fontes que não podia revelar, entrou em depressão e sofreu um estresse que causou sua morte por um ataque cardíaco, segundo revelou sua mulher, a jornalista e escritora Sonia Nolasco.