sábado, 23 de março de 2013

IMPUNIDADE - Pará, terra sangrenta

“Fazemos o que queremos, quando queremos”
Há fatos que valem por rios de tinta, milhares de imagens ou infinidade de bytes. Revelam a verdadeira cara de uma pessoa ou grupo social. No Norte, no estado do Pará, há apenas duas semanas, a autoridade local do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) concedeu terra aos mandantes do assassinato, em maio de 2011, de José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, um casal de extrativistas e lutadores pela terra e pela ecologia.
José Rodrigues Moreira, principal acusado de ser o mandante da morte dos dois assentados e também pilares da resistência contra o avanço das empresas madeireiras na floresta amazônica, estava inscrito no INCRA como aspirante a colono, assim como sua esposa, Antônia Nery de Souza. Uma parceria de fato.  
 
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Engenharia jurídica

 

Charge de Robert Garcia para REBELION.ORG (23.03.2013)

MÍDIA, DITADURA E REGULAÇÃO: QUEM É QUEM


Os que derrubaram o governo Jango e revogaram os direitos e a democracia no país, em 1964, escreveram o laudo da história com a caneta dos vencedores. E continuam escrevendo-a, graças ao monopólio das comunicações, agora mais forte do que há 49 anos. Hoje são eles, os golpistas de ontem, que denunciam os 'grilhões dos regimes autoritários' nos projetos de regulação da mídia, que o governo Dilma decidiu engavetar na ingênua e temerária suposição de uma indulgência eleitoral que não terá. Quase 50 anos depois do golpe, e uma década de experiência à frente do Estado deveriam ter sido suficientes para os governantes do PT aprenderem que a 'síndrome de Estocolmo' que rege a sua relação com a mídia, antes de ser uma forma de astúcia política, constitui uma doença letal para a democracia.

(LEIA MAIS AQUI) (Carta Maior; Sábado,23/03/2013)

Cacique sofre ameaça em Marãiwatsédé depois da retirada de invasores



Damião Paridzané foi ameaçado por um antigo morador de Posto da Mata, uma das comunidades retiradas da terra indígena

Ruy Sposati,
de Campo Grande (MS)
A paz para os Xavante de Marãiwatsédé ainda parece algo distante. O cacique da aldeia, Damião Paridzané, sofreu uma ameaça em público no dia 8 de março, pouco mais de um mês depois de finalizada a desintrusão do território. A terra indígena fica situada nos municípios de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, nordeste do Mato Grosso. Os indígenas lutaram por quase meio século para garantir a permanência na área.
A ameaça aconteceu na área comercial do município de Bom Jesus do Araguaia. O cacique estava na cidade com um grupo de jovens guerreiros Xavante. Num momento em que Damião estava sozinho, foi abordado por um antigo morador de Posto da Mata, uma das comunidades retiradas da terra indígena. "Ele ameaçou e culpou o cacique Damião de ter tirado todos os posseiros de lá", relata o indígena Aquilino Tsere'ubu'õ Tsirui'a.   

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Sem acordo, CPI do Trabalho Escravo da Câmara encerra trabalhos sem relatório

Ivan Richard e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
 
Brasília – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, deputado Claudio Puty (PT-PA), acusou hoje (22) os parlamentares da bancada ruralista de tentarem usar o colegiado para flexibilizar a legislação que trata do trabalho escravo. Já os ruralistas argumentam que Puty encerrou os trabalhos de forma “arbitrária” e “intransigente”.
Como os deputados ligados ao agronegócio eram maioria na comissão, Puty, com o apoio do relator da comissão, Walter Feldman (PSDB-SP), preferiu encerrar os trabalhos da CPI sem votar o relatório final para evitar a aprovação de um relatório paralelo que seria apresentado pelos ruralistas. Dos 28 membros, 20 tinham ligação com o setor produtivo.
“A bancada ruralista ocupou dois terços do corpo da CPI com uma pauta que me parece absolutamente descabida para aquela comissão: flexibilizar leis que protegem o trabalhador rural, propor diminuição da fiscalização do trabalho no campo e alterar o conceito de trabalho escravo”, criticou o petista  


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sexta-feira, 22 de março de 2013

'THE ECONOMIST' IMPULSIONA CANDIDATURA AÉCIO

A revista britânica 'The Economist' enche o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de elogios em sua edição desta semana. Em artigo intitulado The Minas medicine (algo como 'o remédio de Minas'), a publicação louva a excelência na gestão de Aécio enquanto governador de Minas Gerais (2003 e 2010) e diz que "uma dose do remédio mineiro pode fazer bem ao Brasil".


Confira no Brasil 247.

O mapa das violações à liberdade


Relatório inédito, divulgado mundialmente pela ONG internacional ARTICLE 19, revela que 52 jornalistas e defensores de Direitos Humanos sofreram graves violações à liberdade de expressão no ano de 2012 no Brasil, e 207, no México. O lançamento do documento foi realizado simultaneamente no Brasil e no México no dia 14 de março de 2013. A íntegra do relatório no Brasil estará disponível no site nacional www.artigo19.org e no site internacional www.article19.org
No Brasil, o levantamento identificou casos de homicídio (30%); tentativas de homicídio (15%); ameaças de morte (51%); e sequestros ou desaparecimento (4%). As vítimas sofreram retaliações por denunciarem publicamente atos de violência praticada por policiais; conflitos agrários; crimes ambientais ou práticas de corrupção.
O relatório também apresenta um panorama comparativo das violações à liberdade de expressão no mundo. No Brasil, as regiões Centro-Oeste e Sudeste foram as que apresentaram o maior número de ocorrências.

terça-feira, 19 de março de 2013

Charge do Latuff


Charge do Latuff vista em BRASIL DE FATO(19.03.2013)

O Papa e os filhos de si mesmos

Mauro Santayana   

É significativo que o novo papa tenha falado tanto em perdão. Essa insistência coloca em dúvida a defesa que dele fazem diante das acusações de que teria colaborado com o regime militar argentino e com o sequestro de filhos dos militantes de esquerda, feitos prisioneiros uns e assassinados outros. Essas crianças, das quais roubaram a identidade, foram entregues a casais ligados ao sistema. Esse mesmo crime, com a hipócrita justificativa da caridade, foi também praticado pelos bispos espanhóis da Opus dei, durante o franquismo. Ao não conhecerem sua verdadeira origem, as vítimas dos sequestros se tornam filhos de si mesmos. Renegam, e com razão, os que os adotaram, e não têm onde ancorar o seu afeto.   


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Os ultramultimilionários


A relação de ultramultimilionários do mundo voltou a alcançar máximas históricas, informa a 'Forbes': agora essa lista é formada por 1426 nomes com um valor patrimonial líquido de aproximadamente 5,4 trilhões de dólares. É algo inquietante. A pior crise econômica global desde a Depressão de 30 segue sem horizonte de terminar, enquanto aumenta a concentração de riqueza. O artigo é de Alfredo Zaiat, do Página/12.  

 

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Dilma cresce; mídia busca um ‘Capriles Nieto’ brasileiro

A restauração conservadora fareja frestas e flancos para romper o colar de governos de centro-esquerda que, nos últimos dez anos, estendeu suas contas formando um cinturão de políticas progressistas no interior da América Latina.

Vive-se, grosso modo, um interregno entre dois ciclos.

Um, que parece ter se completado com a consolidação de políticas sociais e salariais, que remodelaram a dinâmica da cidadania e do consumo em largas fronteiras da América Latina.

Em graus distintos, esse estirão foi favorecido pelo afrouxamento do gargalo externo, marcado por uma década de preços altos das commodities.

Não há automatismos na história. 


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UM ESPIÃO INDISCRETO CONTRA CHÁVEZ


Eduardo Fernandez é um nome comum. Tão comum que é impossível encontrar informações sobre um determinado Eduardo dentre milhares deles em dezenas de países da América Latina. Mas o argentino-americano Eduardo Fernandez não é um homem nada comum. Entre 2004 e 2009, era ele quem dirigia o Development Alternatives (DAI) em Caracas, que recebia milhões de dólares da Usaid para seguir o plano estabelecido pelo Departamento de Estado dos EUA para a Venezuela: fortalecer grupos de oposição, dividir o chavismo e isolar Hugo Chávez internacionalmente. (Leia mais sobre a estratégia da USAID)
O papel de Fernandez talvez passasse despercebido como o nome comum, não fosse o seu temperamento explosivo, desbragadamente machista e indiscreto – o que o levou a ser investigado por comportamento impróprio na empresa em que trabalhava – e que desapareceu da noite para o dia da Venezuela.
Como relataram seus ex-funcionários, ele era do tipo que se referia às mulheres colocando as mãos sobre os próprios peitos, para sugerir seios fartos, e chegou a dizer que o escritório da DAI em El Rosal, Caracas, era “ineficiente como um bordel”. Diante do caso de uma funcionária grávida, reagiu: “Se vocês conseguissem segurar uma pílula entre os joelhos, eu não teria que gastar dinheiro pagando por licença-maternidade”. Outra funcionária ficou tão desconcertada com os olhares sedentos do chefe à sua saia, que resolveu fechar a fenda com um clipes de papel. Dias depois Fernandez perguntou quando ela iria usar “aquela saia com o clipes” de novo.


Continue lendo na Agência Pública.

PASSO A PASSO, O PLANO DA USAID PARA ACABAR COM O GOVERNO DE CHÁVEZ


Após o fracasso do golpe contra Hugo Chávez em 2002, a embaixada americana em Caracas resolveu tomar para si a tarefa de reorganizar a oposição venezuelana, apostando em uma estratégia de longo prazo que minaria o poder do governo. Em agosto de 2004, mesmo mês do referendo revocatório promovido pela oposição com amplo apoio da missão americana, o texano William Brownfield chegou a Caracas, nomeado por George W. Bush, para assumir o posto de embaixador no país. Pragmático e sucinto, William Brownfield elaborou um plano de 5 pontos para acabar com o chavismo em médio prazo, como revela um documento do WikiLeaks analisado pela Agência Pública.
O documento secreto, enviado por Brownfield a Washington em 9 de novembro de 2006, relembra as diretrizes traçadas dois anos antes. “O foco da estratégia é: 1) Fortalecer instituições democráticas, 2) Infiltrar-se na base política de Chávez, 3) Dividir o Chavismo, 4) Proteger negócios vitais para os EUA, e 5) Isolar Chávez internacionalmente”, escreveu Brownfield, hoje secretário anti-narcóticos do Departamento de Estado – órgão que cuida do treinamento de forças policiais estrangeiras pelos EUA, incluindo em dezenas de países latinoamericanos.


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segunda-feira, 18 de março de 2013

Julio Gambina: Papa vem impor disciplina neoliberal à América Latina


Francisco I vem para disputar consenso social
sugerido pelo Wagner Iglecias, no blog do Julio Gambina*
A Igreja é parte do poder mundial e não só do poder econômico. A Igreja disputa historicamente o consenso da sociedade. É uma realidade a considerar em tempos de crise capitalista, considerada também uma crise de civilização, já que esta civilização contemporânea está organizada pelo regime do capital, ou seja, pela exploração do homem pelo homem, pela depredação da Natureza.
Quando o sistema mundial estava desafiado pelo avanço dos povos e pelo socialismo (como forma que tentava ser alternativa da ordem mundial), se abriu caminho à Teologia da Libertação, em aberta confrontação com o poder institucional de uma Igreja retrógrada. Assim, a Igreja dos pobres se mostrava desde o Sul do mundo, mais precisamente de Nossa América. A Igreja oficial não podia negar esse rumo que se sustentava entre os padres de base e que causou um grande debate mundial no seio da Igreja. 

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O jornal que incomoda fardas e batinas Na manhã seguinte ao anúncio de um Papa argentino, o jornal ‘Página 12’ sacudiu Buenos Aires com a manchete: ‘!Dios, Mio!’

Na 6ª feira, dois dias depois, como relata o correspondente de Carta Maior, Eduardo Febbro, direto do Vaticano, o porta-voz da Santa Sé reclamou do que classificaria como ‘acusações caluniosas e difamatórias’ envolvendo o passado do Sumo Pontífice.

Em seguida atribui-as a ‘elementos da esquerda anticlerical’.

Alvo: o ‘Página 12’ .  

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