sábado, 14 de fevereiro de 2015

Lalá maior


O Carnaval brasileiro teria muito menos graça se não tivessem existido Lamartine Babo (1904-1963) e Braguinha (1907-2006), nossos dois maiores criadores de músicas para a festa. Às vezes, no entanto, parece que, exatamente por serem os reis das marchinhas (embora tenham feito de tudo um pouco), eles são vistos como compositores menores, superficiais.
Talvez o politicamente correto atrapalhe. Deve haver hoje quem se constranja em cantar "O Teu Cabelo Não Nega", por considerá-la racista. No mesmo ano desse estouro, 1932, Lamartine também fez sucesso com "Só Dando com uma Pedra Nela", cujo título já diz tudo. Outros tempos, outros Carnavais.

Confira o texto de Luiz Fernando Vianna, publicado na Folha de São Paulo, disponível também em Colagens do Umbigo e da Mosca Azul

Brasil perde título de país mais mortífero do Ocidente para trabalho da imprensa

O Brasil ficou na 99ª posição no ranking de liberdade de imprensa divulgado nesta quinta-feira, 12, pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com a análise das condições de trabalho para a imprensa em 180 países. A colocação representa um ganho de 12 posições em relação à 111ª posição que o país ocupou no ranking de 2013.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O golpismo e a última pesquisa Datafolha

O impeachment é um processo que qualquer deputado pode pedir à Mesa da Câmara baseado em parecer jurídico? Sim. Porém, como o próprio Ives Gandra Martins reconheceu no parecer que fez sob encomenda de um dos diretores do Instituto FHC, publicado na Folha de S.Paulo e responsável por levar o tema novamente para o fogo alto, a conclusão é sempre muito mais política do que jurídica.
E é com essa perspectiva que todo um cenário favorável ao pedido da derrubada de Dilma se articula através de um golpe travestido de impeachment. É um golpe dado no tapetão. Se depois absolvido, como foi Collor, daí paciência. O objetivo terá sido alcançado.
Como se cria esse cenário, quem é o principal estimulador e proprietário do tapete? É complexo, mas o maior responsável é aquilo que se chama “grande mídia”.

A transferência de responsabilidades

No caso da crise hídrica de São Paulo, a causa tem nome e sobrenome: o governador Geraldo Alckmin, assim como seus antecessores diretos, todos eles ligados ao mesmo grupo político. Não é possível que setores da população de São Paulo continuarão com essa incapacidade patológica de responsabilizar claramente quem tem a responsabilidade direta sobre o problema. Foi tal incapacidade que se expressou, por exemplo, na maneira errática com que setores hegemônicos da imprensa trataram o problema e suas causas, sem aquele ímpeto investigativo conhecido de todos quando é questão de explorar as responsabilidades do governo federal. Foi ela que deu a tais governos a sensação de impunidade, de poder fazer o que bem entender, escondendo informações da população, jogando com a sorte para ver se chove no lugar certo. Tudo isso até chegarmos nesse ponto deplorável.

Confira o texto de Vladimir Safatle, na CartaCapital

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Época: PF intercepta ligação de Gilmar Mendes a investigado no STF

Com autorização judicial, a Polícia Federal interceptou ligações telefônicas entre o ex-governador do Mato Grosso do Sul Silval Barbosa (PMDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no dia em que o peemedebista foi preso durante a Operação Ararath. (...)

De acordo com reportagem de Filipe Coutinho na revista Época, Silval recebeu duas ligações no mesmo dia da prisão, logo após pagar R$ 100 mil de fiança. Nas conversa com Gilmar, o ministro do STF se oferece para conversar com José Dias Toffoli, o relator da Ararath no STF. Foi ele quem autorizou a PF a executar o mandado de busca e apreensão na casa do então governador. “Que absurdo! Eu vou lá [conversar com Toffoli], depois, se for o caso, a gente conversa”, afirmou Gilmar, despedindo-se da ligação com “um abraço de solidariedade”.
Apesar da relação próxima, o ministro do STF, acrescenta a revista, não se declarou suspeito de votar em uma ação relacionada com a investigação. Ele foi convocado a desempatar um julgamento na primeira turma do STF. A Procuradoria-Geral da República queria que o principal operador do esquema, Éder Moraes, secretário da Casa Civil, da Fazenda e chefe da organização da Copa do Mundo em Mato Grosso nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa, fosse preso novamente. O argumento é que ele tentaria fugir novamente. Gilmar votou contra o pedido.

Confira no Congresso em Foco