Marcos Rolim - Direitos Humanos e Segurança - Imagine: "Vamos imaginar o seguinte: a Secretaria de Segurança do RS monta, com as universidades, um serviço de pesquisas de vitimização para medir a natureza e a incidência do crime e da violência. O Secretário explica que isto é imprescindível já que não se pode ter diagnóstico sério com base em registros de ocorrência, por conta da enorme subnotificação, como se sabe há, pelo menos, 30 anos. [...] Ao invés de se continuar comprando viaturas e armamento, os investimentos serão para a formação policial e para recursos de inteligência capazes de aumentar a capacidade de produção da prova e, portanto, diminuir a impunidade. O Secretário anuncia o fim da “improvisação” e das “frase feitas” na segurança pública com a implantação dos modernos recursos de mapeamento que permitirão identificar os pontos de concentração da prática de delitos (hot spots). Se dirigindo aos jornalistas, o Secretário explica que a criminologia identificou há muito a notável característica da concentração espacial dos crimes e sua impressionante regularidade por conta das condições facilitadoras.�Moral da história: PSDB por PSDB, os mineiros ao menos tem um governo que tomou notícia da criminalística, ciência desenvolvida no século 19, se não me engano. Já os gaúchos tem um governo que, na área de segurança, se contenta em cruzar a velha arte retórica com alguma novilíngua. (Foi assim que os desde sempre superlotados presídios se encheram por causa da "eficiência" e da "segurança" dos últimos 30 dias, não?)
[...] Bem que podia acontecer, né? Em Minas Gerais, por exemplo, muito disso já é realidade. Enquanto isso, por estas bandas, seguimos, sob aplausos, com as blitze e com as frases feitas. “Política de segurança” à moda John Wayne. Prá quem gosta de um bom faroeste. Yeahh!"
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Marcos Rolim - Direitos Humanos e Segurança - Imagine
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