Não gosto de generalizar. Mas dá vontade de dizer que os políticos são todos iguais - só muda o idioma. Quando aparece uma pesquisa com altíssimo porcentual da vontade da população, eles não conseguem se conter.
Como sabem todos os revólveres, fuzis, capacetes e granadas, o Exército nas ruas para contrastar a violência urbana é pura ação marqueteira, de "fachada".
As formações, preparações, são diversas. E não venham com os exemplos de sucesso no Haiti, Kosovo balcânico e Albânia. Nesses locais as tropas militares colocaram os capacetes-azuis das Nações Unidas, ou seja, atuam de forma atípica (ou atuaram, no caso da Albânia), em missão de paz, diante de tragédias e calamidades. Aliás, um comandante brasileiro, no Haiti e em depressão, suicidou-se.
Os soldados são preparados para as guerras, ou melhor, para se moverem num teatro de guerra. Já os policiais, membros das polícias civil ou militar, são (ou deveriam, no Brasil) adestrados segundo uma cultura de mediação social e não de "morte ao inimigo".
Neste domingo, na Itália - cujo governo de Sílvio Berlusconi se sustenta numa coalizão com neofacistas e separatistas -, o ministro da Defesa Ignazio La Russa, da ultra-direita e adepto da tese da criminalização dos imigrantes clandestinos com pesado encarceramento, colocou na ruas 2.500 soldados. Eles auxiliarão no policiamento, em dez cidades: Roma, Milão, Torino, Florenza, Genova, Napoli, Bari, Bologna, Veneza e Palermo.
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