A Justiça argentina condenou nesta quinta-feira, 28, à prisão perpétua o general da reserva Antonio Bussi, interventor na província de Tucumán durante a ditadura (1976-83), a qual chegou a governar também durante o período democrático, e seu chefe militar, o ex-general Luciano Menéndez, pelo assassinato de um senador.
Indiciados por centenas de crimes de lesa-humanidade, Bussi, de 82 anos, e Menéndez, de 81, foram julgados pelo seqüestro, tortura e assassinato do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse, em um processo iniciado em 5 de agosto por um tribunal federal de Tucumán (norte).
O senador e físico com militância universitária tinha 33 anos quando foi seqüestrado de sua casa, em Tucumán, na madrugada do golpe de Estado de 24 de março de 1976, diante de sua mulher e dos dois filhos pequenos, cujos depoimentos foram ouvidos no tribunal.
Antes do anúncio do veredicto, de condenação aos militares, ambos os acusados remontaram à ditadura e às suas políticas de terrorismo de Estado, enquadrando-as em uma "guerra contra a subversão marxista".
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