segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O incêndio da base antártica

                                                                                                                Ulisses Capozzoli


            O incêndio que destruiu a base antártica brasileira comandante Ferraz, na ilha Rei George, no arquipélago das Shetland do Sul – separada da Península Antártica pelo Estreito de Bransfield – pode ter seu lado positivo.
A não ser pelas duas mortes de militares que tentaram apagar o fogo, evidentemente.
Vidas humanas são perdas irreparáveis, sem compensações materiais.
Do ponto de vista de exploração antártica, no entanto, o acidente que destruiu a estação deve estimular uma reflexão sobre o que o Brasil deseja na Antártida.
Tanto a base quanto a infraestrutura disponível ainda hoje em trabalhos antárticos resultam de uma improvisação, no começo dos anos 80, quando o Brasil temeu pela decisão de uma eventual partilha de terras, com a revisão do Tratado Antártico em 1991, 30 anos depois de adotado pelos países interessados em pesquisar a região.  

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