Não é preciso revogar a anistia para julgar os crimes cometidos pela ditadura, afirma o pesquisador Peter Kornbluh, colaborador da Comissão Nacional da Verdade e uma das maiores autoridades mundiais sobre as relações entre os Estados Unidos e as ditaduras na América Latina durante a Guerra Fria. Para marcar os 50 anos do golpe de 1964, ele e seus colaboradores divulgaram em 1º de abril um relatório secreto dos EUA nos anos 70 descrevendo a tortura em Osasco e fornecido à comissão.
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Kornbluh enxerga uma certa ironia poética em casos como o do Brasil, onde os militares ainda se recusam a colaborar e entregar documentos enquanto o farto material americano, devido ao apoio do país às ditaduras, ajuda a preencher a lacuna criada pela resistência interna. “É preciso dar crédito ao governo americano, que já a partir de 75 começou a liberar documentos”, diz ele. O documento revelado ontem é um exemplo disso, pois fornece um relato direto das violações dos direitos humanos pelo regime militar em 1973.
Confira no Terra.
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