Grupos ligados à esquerda petista, e a movimentos sociais e sindicais, promovem um ato em defesa da convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para o Sistema Político, neste sábado, em São Paulo. “Chega desse Congresso balcão de negócios. O Supremo Tribunal Federal prova a cada dia que está a serviço das elites”, diz o manifesto do ato. Será que o PT está retomando a iniciativa política e se engajará nessa campanha?
por Igor Felippe, no Escrevinhador
A realização de um plebiscito para a convocação de uma Assembleia Constituinte – que terá a missão de reformar o sistema político brasileiro – surgiu como um raio em céu de brigadeiro no contexto das mobilizações de massa de junho, em discurso da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão.
O recado dado por Dilma à sociedade brasileira era claro: as demandas apresentadas nos protestos não poderiam ser atendidas sem estourar a trama de interesses sustentada pelo atual sistema político. E que a maioria dos parlamentares do Congresso Nacional não deixaria que uma proposta de transformação da política institucional fosse levada a cabo.
A proposta tocou o nervo dos donos do castelo do poder no nosso país, tanto que houve uma reação violenta da oposição ao governo, dos partidos conservadores da base e dos grandes meios de comunicação. O PMDB abriu guerra ao governo, a oposição passou a fazer acusações de “chavismo” e os jornais fizeram uma série de editoriais contra a Constituinte. Até mesmo parlamentares do próprio PT, já adaptados às características do modelo institucional, rejeitaram a ideia.
A pressão foi tão grande que, depois do tiroteio, a presidenta recuou e deixou a Constituinte em banho maria. No entanto, movimentos populares, organizações sindicais, entidades estudantis viram uma porta entreaberta para ocupar a arena política e passaram a empunhar a bandeira da Constituinte.
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