O deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, teria dito a interlocutores que já espera novas denúncias apresentadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo informações da Folha, Cunha está preocupado com o depoimento de Julio Camargo, que assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Cunha foi citado pelo doleiro Alberto Youssef, um dos principais réus delatores da Lava Jato, como "destinatário final" de propina paga pelo aluguel de navios-sonda para a Petrobras, em 2006, lembrou o jornal. A ocorrência é alvo de uma ação penal a que respondem Youssef, o operador do PMDB, Fernando Baiano, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e Júlio Camargo, que teria intermediado o contrato.
O próprio empresário teria mencionado, em 2011, o nome de Cunha a Youssef, em conversas sobre o pagamento da propina. Em depoimento prestado em maio, porém, Camargo negou que tenha envolvido o presidente da Câmara. "Interlocutores de Cunha dizem, porém, que ele foi avisado de que Camargo teria mudado sua versão em depoimento. Por isso, o peemedebista espera ser denunciado pela Procuradoria", publicou a Folha.
Como reação, Cunha já deu sinais de que pretende aumentar ainda mais a pressão sobre o governo, caso seja alvo de novos inquéritos na Lava Jato. Ele já avisou que no retorno do recesso parlamentar, pretende permitir a instauração de novas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) para desgastar ainda mais o Planalto. As duas mais visadas são a CPI do BNDES e dos fundos de pensão.
Confira no Jornal GGN.
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