sexta-feira, 19 de maio de 2017

O poder está nas ruas. E a legitimidade também: Diretas, já!

Reordenar a sociedade a partir de agora é uma tarefa que só a rua poderá exercer integralmente, devolvendo-lhe a prerrogativa das urnas

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Por Saul Leblon, na Carta Maior*

O Brasil adormeceu nesta quarta-feira, 17 de maio de 2017, sem saber as respostas para muitas das perguntas essenciais cobradas pelo passo seguinte de sua história.

Mas a principal delas para ir direto ao ponto --dispensando-se o retrospecto da implosão da frente golpista, com as gravações de pedidos de propinas feitas aos donos do JBS por Aécio Neves e Michel Temer— é saber se a mobilização popular será capaz de pr...eencher o vazio vertiginoso que se abriu agora não apenas na cúpula política, mas na estrutura do poder na sociedade.

As instituições que dão coesão a uma sociedade fundada em conflitos de interesses agudos, como é o caso da brasileira, cujos abismos de desigualdade são sabidos, estão no chão.

Não há legitimidade no parlamento.
O judiciário tornou-se a armadura desfrutável do assalto das elites contra as urnas, na farsa de um impeachment – confirma-se agora-- arquitetado com uma escória a soldo.
A mídia foi a voz da exortação e da institucionalização desse esbulho. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

2 comentários:

Anônimo disse...

Diferentemente da saída de Dilma, não há multidões nas ruas, e as que há, advogam apenas a volta do Antigo Regime ao poder (o mesmo PT já eviscerado pela Lava Jato).

Anônimo disse...

Eleição direta agora é golpe. Porque contraria a lei. Mudá-la apenas para favorecer um candidato é antidemocrático, rasteiro e inaceitável.

É no mínimo estranho ver tanta gente que chamou o impeachment de golpe defendendo agora o atropelo da lei em nome de interesses próprios. É vergonhoso. É muita cara de pau.