quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A hora e a vez de Eduardo Azeredo

O caso das denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já começa a esfriar na mídia e deve acabar sendo deixado de lado em breve, tão logo o Procurador-Geral da República apresente a sua denúncia sobre o mensalão tucano, esquema que teria como chefe o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

O maior problema do mensalão tucano é que as primeiras alegações dos próceres do PSDB já começaram a fazer água. Quando estourou o esquema petista e o empresário Marcos Valério foi apresentado ao distinto público, a denúncia sobre o caixa dois da campanha de Azeredo também ganhou as páginas dos jornais, mas acabou ficando em segundo plano em função da grande repercussão das falcatruas envolvendo o PT, algo que pelo critério jornalístico era "mais notícia", uma vez que falcatruas tucanas eram então consideradas corriqueiras... De todo modo, o que disseram os líderes do PSDB à época foi que o caso de Azeredo não se configurava como mensalão porque não havia dinheiro público envolvido.

Pelo que se sabe agora, o Procurador-Geral vai demonstrar que houve, sim, desvio de recursos públicos no mensalão tucano, desmoralizando a argumentação inicial. Teve dinheiro da Cemig, do governo de Minas e outras autarquias. Azeredo, é claro, nega tudo e reafirma que as peças publicitárias fictícias (e que foram usadas para justificar o desvio) existiram.


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