O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez um forte ataque às estratégias militares globais dos EUA e da Otan (aliança militar ocidental), afirmando que nem o Brasil nem a América do Sul podem aceitar que "se arvorem" o direito de intervir em "qualquer teatro de operação" sob "os mais variados pretextos".
Ele criticou em especial a proposta ventilada nos EUA de "cortar a linha" que separa o Atlântico Sul do Norte para criar o conceito de "bacia do Atlântico".
Lembrou que os EUA não firmaram a Convenção sobre o Direito do Mar da ONU e portanto "não reconhecem o status jurídico de países como o Brasil, que tem 350 milhas de sua plataforma continental sob sua soberania".
"Como poderemos conversar sobre o Atlântico Sul com um país que não reconhece os títulos referidos pela ONU? O Atlântico que se fala lá é o que vai à costa brasileira ou é o que vai até 350 milhas da costa brasileira?"
Também referiu-se a uma "alta autoridade" americana que defendeu "soberanias compartilhadas" no Atlântico. "Ao que nós perguntamos: qual é a soberania que os EUA querem compartilhar, a deles ou a nossa?"
O texto continua na Folha.com .
2 comentários:
Eu nunca imaginei que leria notícias sobre Nelson Jobim falando assim.
Dale Jobim.
Esta linha é a justa.
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