domingo, 3 de julho de 2011

É possível fabricar ódio midiático?

Fernando Buen Abad Domínguez
Rebelión/ Universidad de la Filosofía

O "ódio de classe" sim será televisado. Virtualmente não há discurso nas mass media oligarcas, nem explícito nem implícito, que não contenha, direta ou indiretamente, alguma forma, caduca ou rejuvenescida, do ódio burguês contra o proletariado. Trata-se de uma espécie de obsessão patológica que, consciente ou inconscientemente, inocula-se como moral histórica desqualificadora, persecutória, repressora ou francamente criminosa. Trata-se de um ódio maleável e rentável que serve tanto para satanizar como para invisibilizar o proletariado e suas lutas emancipadoras. Alguns tem feito disto uma "arte", inclusive publicitária.

Cada vez que se denunciam as ofensivas midiáticas da direita, consegue-se caracterizar o comportamento de um grupo, geralmente destabilizador e golpista, ao mesmo tempo que se evidenciam as mil e uma debilidades com que os povos assistem a uma batalha assimétrica e descomunal mas ao mesmo tempo indispensável. Com as advertencias não alcança. A guerra midiática é um cenário de luta de classes que, também, reproduz todos os problemas gerais da guerra histórica pela emancipação dos povos. É um cenário que evidencia agudamente as necessidades de programa revolucionário, de formação de quadros, de liberação das vanguardas e retaguardas e de transformação revolucionária das linguagens. Mas é principalmente mais um cenário da guerra ideológica na qual se trava uma luta de morte contra o modo burguês na produção de símbolos.

Vejam o texto original (castelhano) em REBELIÓN.ORG e uma tradução livre no blog NEBULOSA.DE.ÓRION

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