A Assembléia Geral da ONU acaba de votar, pela 20ª vez, uma moção que pede o fim do embargo comercial contra Cuba. Dos 191 países presentes apenas dois manifestaram-se contra a suspensão do cerco comercial iniciado em 1962: EUA e Israel. Para que a decisão da Assembléia Geral tenha efeito executivo ela deve se transformar em resolução do Conselho de Segurança da ONU, onde os EUA tem poder de veto. Os EUA tem relações comerciais com outros Estados que se autodefinem comunistas. O caso mais notório é o da China. As exportações norte-americanas para a China alcançaram US$ 103 bilhões no ano passado, com expansão de 37%; as importações de produtos chineses pelos EUA passaram de US$ 283 bilhões. Cuba é um símbolo. O atrevimento de um pequeno país, ao escolher um caminho próprio para o desenvolvimento, talvez seja um exemplo mais perigoso --porque alastrante-- do que o natural respeito soberano entre gigantes. E o fato é que Cuba, apesar de tudo, não se dobrou.
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