Menos de cinco meses após o início de seu governo, o presidente do Peru, Ollanta Humala enfrenta uma crise com protestos contra grandes mineradoras na região de Cajamarca, no norte do país. Ele decretou estado de emergência, restringindo liberdades civis e políticas, e mudou 10 dos 17 ministros, inclusive o premiê - trocou o empresário Salomon Lerner pelo ex-militar Óscar Valdez, agora também um homem de negócios. A reforma sinaliza o endurecimento do presidente contra os movimentos sociais, que enfrentaram seu antecessor Alan García.
Há cerca de 200 conflitos em curso no Peru envolvendo organizações populares, grupos indígenas, organizações não-governamentais e grandes empresas, sobretudo nos setores de mineração, petróleo e infraestrutura. As disputas em Cajamarca
ocorrem em torno de um projeto minerador de US$5 bilhões e são as mais importantes neste momento.
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