quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

No Pará, assentados sofrem pressões de grileiros e madeireiros


A estrada que liga o Trairão ao Projeto de Assentamento (PA) Areia foi aberta por madeireiros para escoar as toras via BR 163 e é riscada por diversas vicinais e ramificações ao longo do seu percurso. Em 2005, os colonos do assentamento ficaram ilhados por dois meses numa época de chuva incessante.
O sobrenome do Areia poderia ser Esquecimento. No assentamento, todas as roças são de subsistência. A luz veio só este ano e, desde que chegou, as contas de energia vêm com a cobrança da taxa de iluminação pública, embora não haja nenhum poste de luz na rua. O orelhão não funciona há mais de dois anos. A médica só aparece no posto de saúde uma vez por mês. Poucos se lembram da última vez que uma ambulância entrou lá.
Não há emprego para ninguém e as famílias vivem da aposentadoria dos mais velhos (quando têm), do Bolsa Família e da indústria ilegal da madeira, que chega a pagar 870 reais por mês para um trabalhador.

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