Às 2h da manhã de sábado, uma explosão acordou a todos na Estação Comandante Ferraz, a base militar e científica brasileira na Antártida. Depois da explosão, veio um incêndio que destruiu quase toda a base – e boa parte do trabalho científico feito nela. Dois militares morreram tentando conter o fogo e um ficou ferido; as demais pessoas, cerca de 60, escaparam ilesas. Para o pesquisador Jefferson Simões, o acidente expõe a crise do programa brasileiro na Antártida. É uma boa oportunidade de conhecer o que o Brasil anda fazendo por lá.
A Estação Antártica Comandante Ferraz nasceu em 1984 a partir de oito contêineres, mas em 2004 ela já contava com mais de 60 módulos. A base tinha de tudo: laboratórios, oficinas, heliponto, cozinha industrial, padaria, biblioteca, lavanderia, academia, enfermaria e mais. Uma reforma realizada em 2006 ampliou o espaço útil de 1.650 para 2.250m². Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), sugere que a base era propícia a incêndios: “a estrutura é praticamente toda feita de madeira e plástico, com muitos eletroeletrônicos; todo o material é altamente inflamável”. O ambiente aquecido também teria contribuído para alastrar o fogo.
E o que pesquisadores brasileiros fazem na Antártida? Estudam mudanças ambientais em nível global – como aquecimento global, efeito estufa e o buraco na camada de ozônio – além de estudar o próprio ambiente antártico. A base servia como estação de pesquisa nas áreas de biologia, geologia, ciências espaciais e ciências atmosféricas. Você pode conferir parte da pesquisa no documento “O Brasil e o Meio Ambiente Antártico” (PDF), elaborado pelo MEC e Ministério do Meio Ambiente.
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