Realmente esta história do mensalão é de dar engulhos.
Por um lado, porque não agrega nada a cultura política do país (os
equívocos dantes cometidos são sumariamente repetidos – especialmente os
vinculados ao financiamento das campanhas), fica como um erro pontual e
não sistêmico, que é o caso – bem citado no texto "As lições não
aprendidas do mensalão", do Luis Nassif.
Só pra deixar bem claro: os problemas éticos e morais que o presidente Lula teve em sua base de apoio não foram muitos até o
mensalão (quando supostamente teria sido descoberta e alterada a forma
como se praticava a interlocução governo-congresso), os problemas com
certeza foram muito mais graves depois do mensalão, pois, para
garantir que não haveria contestações institucionais ao seu governo (já
que a porca oposição udenista que temos tentou dar um golpe com um
impeachment no presidente Lula – plano malfadado pela falta de apoio
popular), ele ampliou imensamente a base de sustentação do seu governo,
assimilando a pior escória da política brasileira. Assimilou esta
escumalha do jeito clássico criado por FHC: via emendas parlamentares e
cargos governamentais.
É isto que a ignorância moralista não consegue enxergar: o mensalão é um
embuste, mas coisa pior é aplicada sumariamente nos governos federal,
estaduais e municipais, o “mensalão branco”, via emendas e cargos.
Vejam o texto completo em POLÍTICA NADA IMPARCIAL
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