segunda-feira, 24 de junho de 2013

Meus 20 centavos sobre o discurso da Dilma


Traduzo. Aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre (onde tudo começou) e, depois, em São Paulo.
 
Mas também havia quem não quisesse que permanecesse assim. Ardilosamente, como sói acontecer nesses momentos, a extrema direita conservadora, que só se manifesta pela mídia reacionária, deixou claro que tomaria para si o movimento.
 
Editoriais em jornais incitaram a violência policial, sabendo bem que isso seria o estopim para a ampliação do movimento. Jabor, em uma participação memorável, joga a gota que faltava.
 
Pronto. O que era local transforma-se, como queriam, em nacional. O que era passagem de ônibus vira um sem número de cartazes vazios de conteúdo. Bem ao gosto de quem pretende ver o povo nas ruas, sabendo que povo nas ruas sempre foi a grande oportunidade para todo tipo de desclassificado esconder o rosto e praticar vandalismo.
 
O passo seguinte foi tão claro, que assusta ver gente que não percebeu a manobra. Dali pra frente, a mídia começa a elogiar o movimento como “pacífico” e a dizer que os atos de vandalismo eram praticados por uma minoria. #sóquenão
 
Ao mesmo tempo em que mostravam um discurso, a prática era outra. As imagens continuavam mostrando apenas o “patrimônio público” sendo depredado.  Qualquer criança sabe que essa é uma arma poderosa: apelar para o patrimônio público. Seja de forma direta (pelo discurso), ou indireta (pela imagem), esse tipo de apelo tem o condão de unir as pessoas em torno daquilo que de mais instável o ser humano tem: suas emoções.



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