Mursi, primeiro governante eleito livremente na história egípcia, foi deposto em 3 de julho, após várias semanas de intensos protestos nas ruas pedindo sua renúncia. Muitos egípcios estavam frustrados por sua incapacidade de fazer frente aos problemas econômicos e sociais, e temiam que ele estivesse levando o país para um regime islâmico.
Desde então, os EUA evitavam descrever como "golpe" a intervenção militar que derrubou o presidente, já que isso acarretaria sanções como o corte da ajuda militar de 1,3 bilhão de dólares por ano.
Mas na quinta-feira o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, adotou um novo tom, declarando durante visita ao Paquistão que o Exército estava "restaurando a democracia" ao derrubar o presidente.
"Os militares foram chamados a intervir por milhões e milhões de pessoas, todas elas temerosas de um mergulho no caos e na violência", disse Kerry a uma TV paquistanesa.
Confira a notícia da Reuters, reproduzida no UOL.
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