Isabel (nome fictício), profissional do sexo na cidade de Niterói, foi agredida e ameaçada depois de denunciar publicamente o estupro e extorsão de profissionais do sexo pela polícia durante incursões ilegais e despejos realizados no dia 23 de maio. Cerca de 300 profissionais do sexo estão agora sem ter onde morar e a segurança de Isabel e sua família está em risco.
Isabel é profissional do sexo em Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Em 4 de junho, ela participou de uma audiência pública onde denunciou vários atos violentos cometidos por policiais contra ela e suas colegas em 23 de maio, quando a polícia invadiu um prédio onde cerca de 300 profissionais do sexo moravam e recebiam seus clientes. Além de extorsão, Isabel e outras profissionais do sexo afirmam que a polícia estuprou, roubou seus pertences e plantou evidências para incriminá-las falsamente, antes de detê-las sem mandados de interrogatório e fechando seus apartamentos como "cenas de crime".
Apesar dos "defeitos estruturais" que estão sendo citados como uma das razões para o fechamento do edifício, apenas os andares e apartamentos onde moram e trabalham as profissionais do sexo foram invadidos e fechados. A venda ou compra de serviços sexuais não é crime no Brasil e a Defensoria Pública reconheceu que as ações policiais foram ilegais. Apesar dos esforços para apresentar queixas contra a polícia, as profissionais do sexo relataram que a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) recusou-se a registar as suas alegações no dia da incursão, e que os advogados que as assistem foram proibidos de acompanhar os interrogatórios.
Confira na Anistia Internacional via Blog do Luis Nassif.
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