quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Tailândia: Dissolução do partido governista não resolve a crise

"O impacto será importante, crítico, possivelmente catastrófico", afirma à AFP Thitinan Pongsudhirak, analista político da Universidade Chulalongkorn de Bangcoc.

"Eliminaram quase uma geração inteira de políticos tailandeses", argumenta.

Um total de 75% dos políticos do país, membros das diretorias dos partidos dissolvidos, foram punidos por fraude nas eleições de dezembro de 2007, que terminaram com o governo militar depois que o ex-premier Thaksin Shinawatra foi derrubado por um golpe de Estado em 2006.

Os seguidores da Aliança do Povo pela Democracia (PAD), rivais de Thaksin, protestavam desde maio contra o governo, que acusavam de ser um fantoche do ex-primeiro-ministro.

Giles Ji Ungpakorn, também analista político da Chulalongkorn, afirmou que o veredicto é um "golpe de Estado judicial" e criticou a participação cada vez maior dos tribunais na vida política do país.

"Não vai resolver os problemas. Mostra que a elite se alinhou contra o governo e contra a maioria dos eleitores".

A sentença represente o fim político do cunhado de Thaksin, Somchai Wongsawat, mas não necessariamente o fim do governo.

O Partido do Poder do Povo (PPP) anunciou que seus membros se reagruparão em uma nova formação e pretendem apresentar uma nova candidatura ao posto de premier.

Notícia completa da EFE, no Google News.


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