Uma inscrição sobre uma lápide preta se destaca sobre a espessa camada de neve. "Que este lugar, onde os nazistas assassinaram um milhão e meio de homens, mulheres e crianças, a maioria judeus de vários países da Europa, seja para sempre um grito de desespero e um alerta para a humanidade". Essa epígrafe, escrita em 21 idiomas, está gravada no memorial de Auschwitz-II-Birkenau.
Logo a neve vai derreter e a terra descongelará. Os destroços dos galpões de madeira e das câmaras de gás e crematórios serão, mais uma vez, submetidos aos movimentos do solo. É preciso protegê-los para evitar que acabem desmoronando.
É somente um dos trabalhos indispensáveis para a preservação do antigo campo de concentração e de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Em janeiro, o Museu do Estado Auschwitz-Birkenau, que administra os antigos campos, as visitas e as exposições, tornou públicas suas necessidades: 60 milhões de euros para as reformas mais urgentes, 120 milhões para o financiamento total da conservação. Se nada for feito, o local está simplesmente ameaçado de desaparecer.
Texto completo do Le Monde, no UOL Mídia Global.
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