terça-feira, 21 de abril de 2009

BRASIL: A condenação é refletir sobre sua violência machista

Fabiana Frayssinet

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Acosta teve a idéia dos grupos após constatar que trabalhar apenas com mulheres não reduzia a violência porque ao se separar o agressor repetia a violência com sua nova companheira, enquanto a agredida buscava uma nova companhia, que também costumava ser violenta. Ele também concluiu que a maioria dos agressores tem medo das mulheres e que as agridem justamente por isso. “É um recurso que os homens usam em todas as situações em que se sentem ameaçados em sua masculinidade, seja por medo das mulheres, seja por estarem impossibilitados de exercer seu papel de provedor, seja por ter alguma dificuldade relacionada com a sexualidade”, explicou o especialista. “Qualquer coisa que pode questionar a identidade masculina dominante é fator gerador de medo e, em consequência, um fator gerador de violência”, resumiu.

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Para alguns juizes, os homens agridem as mulheres por estarem desempregados, bêbados ou drogados, quando, na realidade, o movimento feminista entende que a violência é própria da cultura patriarcal”, destaco Calasans. O diretor do SerH compartilha dessa idéia. “A base da violência contra a mulher tem um modelo masculino patriarcal e de virilidade, que parte do abuso de poder que temos. Com base nesse modelo, praticamos a violência, especialmente contra as mulheres porque culturalmente acreditamos que somos superiores a elas”, analisou Acosta.


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(os trechos destacados acima são de responsabilidade deste editor)

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