Desesperados ante tal cenário e na iminência de perderem suas terras, os indígenas aumentam o tom e a frequencia dos protestos, bloqueando estradas. Em 9 de maio o governo declara Estado de Emergência em cinco estados da Amazônia. Está aberto o caminho para a disseminação da violência oficial...
“Causa indignação o fato de a população limenha estar, em sua maioria, desinformada pelos meios de comunicação, que exibem informações tendenciosas [que horror! isso jamais acontece aqui no Brasil, Claudio]: fala-se em 12 policiais e 3 indígenas mortos, mas na zona de conflito a imprensa local faz estimativas de algo entre 50 e 100 mortos entre os indígenas (além de centenas de feridos), pois vários corpos teriam sido queimados e outros jogados em um rio; é patente que a polícia ostentava grande quantidade de francoatiradores que disparavam para matar”.
Mais aqui.
3 comentários:
Texto importante. Longo, mas que vale a pena ser lido.
As primeiras coisas que pensei foi sobre o recente projeto de ocupação da Amazônia, aguardando sanção (ou, esperamos, veto) presidencial. Parecem-se um pouco. Outra coisa é torcer para que o PT não se torne no APRA.
Para além disso,o artigo é abrangente, falando da história do Peru, e dando uma boa perspectiva do conflito.
Que mais e mais parece merecer uma investigação internacional. Onde está a Unasul numa hora destas?
E por falar em história cabe lembrar que por muito tempo Bolívia e Peru foram uma só administração da coroa-espanhola. Ambos faziam parte do Império Inca pré-colombiano. A Bolívia era chamada de "Alto Peru".
Talvez os peruanos devessem de fato ouvir com atenção o que o presidente Evo Morales diz.
Um dia sai em algum lugar... sai e não volta mais.
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