O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou-se contra o abuso de prisioneiros por parte da Agência Central de Inteligência (CIA) e quer fechar a prisão de Guantánamo. Mas ele tolera a existência da prisão militar de Bagram, no Afeganistão, onde mais de 600 pessoas estão encarceradas sem nenhuma acusação formal. Segundo um dos promotores militares, comparada a Bagram, Guantánamo parece "um bom hotel".
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"Bagram é uma segunda Guantánamo que foi esquecida", afirma o especialista em direito militar norte-americano Eugene Fidell, professor da Faculdade de Direito da Universidade Yale. "Mas, aparentemente, continua havendo a necessidade desse tipo de lugar, mesmo durante o governo Obama".
"Desde o início Bagram já era pior do que Guantánamo", afirma Tina Foster, advogada de Nova York, que trabalhou em vários casos defendendo os direitos de detentos em tribunais dos Estados Unidos. "Bagram sempre foi uma câmara de torturas".
E o que diz Obama? Nada. Ele nunca menciona Bagram nos seus discursos. Quando fala sobre os maus tratos dispensados pelos Estados Unidos a detentos, ele só se refere a Guantánamo.
Tradução: UOL
Texto da Der Spiegel, no UOL.
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