terça-feira, 22 de setembro de 2009

Retorno de Zelaya reacende pressão internacional para negociação em Honduras

O retorno do presidente deposto Manuel Zelaya a Honduras nesta segunda-feira reavivou a pressão dos internacional sobre o governo interino do país para que negocie a volta dele ao poder. Mas a reação do presidente interino Roberto Micheletti foi pedir que Zelaya, que está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, seja entregue à Justiça, enquanto o embaixador nicaraguense na OEA afirmou que o próprio presidente deposto não está disposto a aceitar a principal proposta de conciliação para encerrar a crise política.

Confira na Folha Online.

Confira também: Honduras pede que Brasil entregue Zelaya à Justiça;

Honduras decreta toque de recolher após a volta de Zelaya.

Um comentário:

José Elesbán disse...

A propósito, tem esta notícia velha da Folha de São Paulo, que eu não me lembro de ter visto em outro veículo:

EUA admitem uso de base durante golpe hondurenho

DA FRANCE PRESSE

O chefe do Comando Sul dos EUA, general Douglas Fraser, admitiu ontem o uso da base militar de Soto Cano, também chamada de Palmerola, em Honduras, no golpe de Estado contra o presidente do país, Manuel Zelaya, em 28 de junho. Mas disse que oficiais americanos não tiveram participação nos acontecimentos.
A base, ao norte de Tegucigalpa, abriga 600 militares dos EUA em operações contra o tráfico de drogas e outras missões na América Central. Como a Folha noticiou, em 15 de agosto, Zelaya contou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o avião militar que o sequestrou durante o golpe pousou em Palmerola antes de levá-lo à Costa Rica.
Segundo disse Fraser, em encontro com o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, "é verdade que a aeronave posou em Palmerola, mas trata-se de uma base hondurenha, não dos EUA. Há [ali] pessoal norte-americano, mas eles não tiveram nem participação nem conhecimento da chegada e da decolagem do avião".
O embaixador dos EUA em Tegucigalpa, Hugo Llorens, suspendeu no dia do golpe a ajuda e comunicação com as autoridades hondurenhas, prosseguiu Fraser, que disse desejar uma "solução pacífica" para a crise em Honduras.
Ortega queixou-se com Fraser sobre o uso das bases. Disse que não se tratava de "uma reclamação", mas que "os EUA têm de reconhecer que houve um golpe militar [em Honduras]". O nicaraguense também se disse "preocupado" pelo acordo entre EUA e Colômbia para o uso de sete bases no país sul-americano.
Palmerola foi construída pelos EUA na década de 1980, quando a América Central estava imersa em conflitos armados, e, recentemente, parte das instalações foi cedida a autoridades hondurenhas.

Na Folha de São Paulo, de 3 de setembro de 2009 - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0309200906.htm . Para assinantes.