Por Cristian Klein
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A história política brasileira recente, no entanto, é mais original. Permite uma terceira via, híbrida, mestiça. É o país onde há o petismo, oriundo de um partido social-democrata de massa, ao velho estilo das organizações europeias. E onde há o lulismo, movido pelo carisma, pela trajetória e pela força pessoal do presidente da República. Essa mistura, em que se combinam traços de partidarismo e personalismo, é uma das marcas do sistema político brasileiro. O petismo não responde por todo o quadro político, mas sua trajetória serviu de exemplo para outras legendas ao mostrar quão longe pode ir uma agremiação que investe em sua marca partidária. Seu percurso é europeu. Já Lula não corresponde exatamente ao perfil do empresário político americano a que se referia Weber. O PT não foi uma máquina partidária, uma criação personalista sua, pois, como se sabe, o partido surgiu da união de sindicalistas, segmentos da Igreja e da intelectualidade. Mas, com a força atual de sua popularidade – e mesmo antes dela – não há como negar que seu comando sobre o partido em alguns momentos se assemelha ao de um empreendedor e dono da empresa.
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