Assim Maria José Rosado, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, define a exploração política do aborto
Maria José Rosado, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, está chocada com o tratamento eleitoral dado ao tema aborto. “É abominável. Nossos corpos, nossas vidas, não podem ser objeto de barganha.” Segundo ela, o assunto não pode ser submetido a princípios religiosos. “É uma questão de saúde pública.”
CartaCapital: Como a senhora enxerga a discussão eleitoral sobre o aborto?
Maria José Rosado: É claro que o aborto é um tema que interessa à sociedade. Grande parte da população brasileira é formada por mulheres em idade reprodutiva. E o aborto ilegal é a quarta causa de mortalidade de mulheres. Agora, não faz sentido tratar do assunto a partir de interesses meramente eleitorais. É algo abominável. Nossos corpos, nossas vidas, não podem ser objeto de troca, de barganha eleitoral. Considero, isso sim, um desrespeito à vida.
CC: O tema acaba tratado mais da perspectiva moral e religiosa do que de saúde pública.
MJR: A discussão está malposta, quando o que interessa é saber se alguém é contra ou a favor do aborto. A opinião pessoal dos candidatos e os valores pelos quais pautam suas decisões individuais só dizem respeito a eles.
Vejam a entrevista e comentários em CARTA CAPITAL
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