O movimento ultraconservador do Tea Party superou o depreciativo status de folclore político para se tornar uma força real no cenário eleitoral norte-americano. Criado dentro do Partido Republicano, o grupo dissidente surgiu no ano passado, na forma de grupos locais e comunidades na Internet, e ganhou notoriedade quando seus integrantes organizaram protestos contra a reforma do sistema de saúde proposta pelo presidente Barack Obama.
Segundo análise do jornal New York Times, 33 candidatos apoiados pelo Tea Party concorrem em acirradas disputas para a Câmara e oito possuem boas chances de conquistar uma cadeira para o Senado. Entre os principais embates do seu programa estão o recuo das reformas da saúde e da regulação do sistema financeiro - recentemente aprovados pelo governo Obama - e uma maior redução de impostos.
Para o Partido Republicano, a ascensão do Tea Party provocou até agora mais danos do que benefícios. Republicanos moderados temem a radicalização do discurso do movimento. Além disso, em alguns estados, candidatos apoiados pelo movimento ganharam as indicações para concorrer a vagas no Congresso e a cargos de governador, derrotando republicanos com anos de carreira política e que contavam com o apoio do partido. Em Utah, o senador republicano Bob Bennett perdeu o direito de tentar a reeleição ao ser derrotado na primária pelo adversário do Tea Party, Mike Lee. Seu filho, Jim Bennett, coordenador de sua campanha, passou a trabalhar para o concorrente democrata.
Correio do Povo
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