Uma velha realidade assim como a humanidade, que hoje tem a particularidade de que se fala dela, estatísticas são feitas, investigam-se suas causas e buscam-se alternativas. Não é pouco.
Sem dúvida, o patriarcado está mais consolidado que nunca. Como disse bem Alicia Puleo, "nas sociedades ocidentais temos passado do 'patriarcado coercitivo' para um modelo de 'patriarcado de consentimento', de onde a mulher busca cumprir o mandato de uma lista imposta de forma voluntária."(2) Não é o caso do capitalismo, que faz águas por todos os lados, e em sua queda está levando as prósperas classes trabalhadoras européias a situações imprevisíveis.
A aceitação do patriarcado de consentimento se expressa, por exemplo, na falta de crítica e na adaptação das mulheres militantes às estruturas androcentricas de partidos, sindicatos e coletivos que conscientemente ou não miram com lupa a qualquer mulher que aspire a elaborar política e mais ainda se é feminista. O feminismo continua sendo visto com desconfiança, tanto na direita como na esquerda, porque as críticas ao gênero hegemônico não são do gosto de muitos homens e muitas mulheres e, muito menos, das classes dominantes. Mas hoje no estado espanhol, não nos resta mais remédio que denunciar ambas as coisas, porque a desculpa da crise econômica está deixando em evidência a profunda misoginia dos políticos e o poder dos setores de classes mais reacionárias. Duas contradições, a de classe e a de gênero que determinam o presente e o futuro das mulheres.
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