Embora poucos agora se recordem, a Irlanda aprovou, antes de todos os demais, um grande pacote de austeridade e contenção de despesas: reduziu em 20% os vencimentos dos funcionários públicos e em 10% os benefícios sociais, além de efetuar cortes em diversos programas de gastos públicos e sociais. Enquanto isso colocou à disposição de bancos quebrados dezenas de bilhões de euros que jogaram às nuvens o déficit e a dívida do Estado.
Ao tomar estas medidas, a Irlanda foi novamente citada como um exemplo a ser seguido por outros países. Os meios de comunicação neoliberais, a Comissão Europeia e – claro – o FMI aplaudiram sua política de austeridade e contenção de gastos frente à crise.
Este último organismo, gabando-se de sua forma desavergonhada de fazer prognósticos econômicos, afirmou, para poder aplaudir as medidas adotadas como se tivessem fundamento, que graças a estas a economia irlandesa cresceria cerca de 1% em 2009.
Sem embargo, seu efeito real foi diverso, como os economistas críticos previam que iria ocorrer, tanto ali como em outros países onde aquelas políticas fossem aplicadas: em 2009, o PIB irlandês, em vez de crescer, baixou 11%.
Confira o texto, oriundo do Rebelión, no blog do Luís Nassif.
2 comentários:
Exemplo das receitas liberal-conservadoras.
Lembro perfeitamente da "Missão a Irlanda" feita exatamente no governo Olivio Dutra:
http://www.revistadigital.com.br/caderno_especial.asp?NumEdicao=100&CodMateria=71
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