O dia começou cedo no último domingo, 22 de janeiro, em São José dos Campos, interior de São Paulo. Depois de chuva forte, havia muita lama por toda a área do Pinheirinho. Às 5 horas da manhã, todos estavam recolhidos em casa, relativamente mais calmos depois que a ordem de despejo, imaginavam, havia sido suspensa.
Janaína (que pede para não ter o sobrenome citado), seu marido e filhos dormiam. Então veio o estrondo, seguido por sons diversos, despertando as famílias que vivem na área para um pesadelo.
Ela conta, com um olhar distante e um semblante tranquilo, algumas horas mais tarde, o que aconteceu nessa madrugada: “A maioria estava dormindo quando eles entraram. Eu acordei com o barulho do helicóptero. Abri o portão e meu vizinho estava gritando. Eles já estavam quebrando. Não tinha como ficar. Eles entraram em casa atirando. É uma covardia o que eles estão fazendo”.
Um susto. Porta arrombada. Gás. Na rua, caos, correria. Barulhos de tiros. Gritos. Todos saindo de casa atordoados.
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3 comentários:
Para os que gostam de comentar anonimamente por aqui, eu diria que, em última instância por esta violência policial é do governador Geraldo Alckmin, que como diz na continuação desta reportagem, em seu Twitter, estava desejando um "feliz ano novo chinês" aos seus seguidores...
Infelizmente não vi também manifestação da ministra Maria do Rosário.
E sempre lembrando que há comentarista anônimos que gostam de reclamar direitos humanos em Cuba, mas não em São Paulo (ou no Rio de Janeiro, lembrando que dias atrás uma testemunha contra mílicias foi assassinada lá, conforme citamos aqui).
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