domingo, 29 de julho de 2012

Deriva?

Em 1921, o antropólogo e linguista alemão Edward Sapir propôs a tese de que há mudanças previsíveis na língua. Em sua coluna de julho, Sírio Possenti discute a questão e arrisca algumas previsões de mudanças no português do Brasil. 


Uma das poucas coisas que se sabem com absoluta segurança sobre as línguas é que, aconteça o que acontecer, nenhuma será no futuro como é hoje. Ou seja, é certo que as línguas mudam. As variações que podem ser facilmente observadas são sua origem e seu mais forte sintoma.
Vejamos um exemplo: coexistem formas como [peixe] e [pexe], [outro] e [otro]. A queda da semivogal (i, u) implica a eliminação de ditongos. Mas o fenômeno não é linear; obedece a certas restrições que levam em conta uma relação entre a semivogal e a consoante que a segue. Por exemplo, ocorre [otro] (outro), mas não [oto] (oito). Ou seja, o /u/ cai antes de /t/, mas o /i/ não.

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2 comentários:

José Elesbán disse...

Caro Zé Justino,

O linque está quebrado...

zejustino disse...

De novo????????

Tô indo lá resolver. Obrigado (novamente) pelo aviso, Zealfredo.