
O economista Carlos Lessa costuma dizer que o
Estado brasileiro inventou o keynesianismo em 1930, antes de Keynes, com
Getúlio Vargas. O Brasil é uma criação do Estado, ironizava Celso
Furtado sobre a esquálida capacidade de iniciativa da sempre festejada
'iniciativa privada'. A verdade é que em praticamente todo os ciclos de
crescimento coube ao Estado brasileiro determinar o nível de
investimento, fixar prioridades, induzir e financiar a participação
privada no arranjo macroeconômico. Por que seria diferente agora? Ou
melhor, porque é tão difícil agora reproduzir a mesma alavanca, quando
seu papel contracíclico mais que nunca é necessário face ao colapso da
ordem neoliberal?
A interrogação perpassa o pacote de concessões
de infraestrutura lançado pelo governo Dilma nesta 4ª feira. Nele
alguns enxergaram 'a rendição à lógica das privatizações'; mas há uma
novidade importante.
Vejam o texto completo em CARTA MAIOR-Blog das Frases-Saul Leblon
Nenhum comentário:
Postar um comentário