Para ele, a questão palestina é “insolúvel” e, portanto, não deve ser tratada como central na política israelense. Ao priorizar a economia em sua campanha e desprezar o conflito, Bennett alcança um eleitorado que, ao mesmo tempo em que está enfadado de discutir a disputa com os palestinos, tem uma visão determinista e extremista sobre os vizinhos. Bennett é contra o estabelecimento de um estado palestino, medida vista por ele como motivo de “conflito constante pelos próximos 200 anos”. Assim, afirma Bennett, Israel deve anexar os 60% do território da Cisjordânia onde estão atualmente os assentamentos e postos de controle militar israelenses. Os palestinos dessa área poderiam ter cidadania israelense ou se retirar para os 40% restantes da Cisjordânia.
A proposta, absurda do ponto de vista humanitário ou do direito internacional, é considerada aceitável por boa parte dos israelenses. O líder do Casa Judaica admitiu, em recente entrevista ao jornal britânico The Guardian, que a comunidade internacional consideraria todas essas medidas completamente ilegais, mas pareceu não se importar com isso. “O mundo não reconheceu Jerusalém como nossa capital, ou o Muro das Lamentações como parte de Israel, então esta seria apenas mais uma área que o mundo não reconheceria”, disse. É uma postura inusitada para quem almeja ser primeiro-ministro de um país.
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